Conheça quais os possíveis sintomas após a transferência de embriões

Conheça quais os possíveis sintomas após a transferência de embriões

Conheça quais os possíveis sintomas após a transferência de embriões

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Após uma série de etapas que o casal passa na fertilização in vitro (FIV), desde a realização de exames, estimulação ovariana, coleta dos gametas femininos e masculinos, fecundação e transferência dos embriões, eis que surge o momento mais esperado, aguardar o tão sonhado positivo. 

Desde a transferência dos embriões até a confirmação da gestação, muitos sintomas podem surgir e deixarem dúvidas se são normais, preocupantes ou se são sugestivos de gravidez.

A gestação é um momento mágico, que envolve muitas mudanças fisiológicas e emocionais. Cada mulher pode experimentar sintomas diferentes, algumas podem demorar mais para sentir, outras podem não sentir nada, cada corpo irá reagir de uma forma. 

Entenda nesse artigo quais são os principais sintomas após a transferência e o que podem significar!

Quais sintomas podem surgir após a transferência? 

Desde o momento da transferência embrionária na FIV até a confirmação da gravidez por meio do exame de beta hCG, há uma janela de 14 dias. Neste período, alguns sintomas podem ser mais frequentes. Porém, algumas pacientes podem se manter assintomáticas até a realização do exame. Quando ocorre a interação adequada entre o embrião e o endométrio, após alguns dias da transferência, se inicia a nidação, fenômeno que marca o início da implantação e evolução da possível gestação. 

Existem alguns sintomas que podem estar associados à nidação. No entanto, eles podem variar de acordo com cada organismo, e não substituem de forma alguma o acompanhamento médico e a realização do exame beta hCG. 

Após a transferência embrionária, o processo de implantação se dá da mesma maneira a uma gestação natural. Portanto, os sintomas também podem ser os mesmos. Abaixo, vamos listar os principais sintomas e explicar melhor o porquê de, mesmo na presença deles, não necessariamente significarem gravidez ou alguma complicação após a transferência.

Cólicas ou dor abdominal

Quando ocorre a gravidez, o fenômeno de implantação exige que o embrião consiga penetrar de forma cada vez mais complexa o . Portanto, este processo pode levar a mulher a perceber cólicas ou desconfortos abdominais inespecíficos. 

Um leve desconforto e sensação de inchaço na região abdominal no primeiro trimestre podem ocorrer pelo início do crescimento do útero e também pelas alterações hormonais. 

Por outro lado, durante o tratamento de FIV, sabemos que são utilizadas diversas medicações hormonais que podem levar ao surgimento de cólicas, inclusive por alterações de hábitos intestinais. Importante lembrar também que em alguns casos a transferência de embriões ocorre poucos dias após a coleta dos óvulos, o que pode justificar a presença de desconforto abdominal devido ao estímulo e procedimento recente nos ovários.

Sangramento 

Quando acontece a nidação, outro sintoma que pode ser percebido é o surgimento de sangramento vaginal, geralmente com aspecto de “borra de café”. Ele ocorre pois a implantação necessita do rompimento de alguns vasos para que se forme a vascularização adequada para desenvolvimento do embrião.

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No caso de pacientes pós transferência embrionária, ele também pode estar presente pela manipulação recente do útero e colo uterino (podendo ter manipulado estruturas delicadas que gerem sangramento leve) e também pela variação dos níveis hormonais das medicações utilizadas.

Tonturas e náuseas 

Durante a gravidez, as modificações podem levar a mudança na dilatação dos vasos sanguíneos, que resultam em quedas de pressão arterial, podendo ocorrer da mulher sentir tonturas e náuseas. Os enjoos, portanto, costumam ser comuns, tendendo a melhorar após o primeiro trimestre.

Existem várias teorias que tentam responder sobre o porquê mulheres grávidas sentem enjoos. A mais popular sugere que é uma reação do corpo devido ao aumento do HCG, o principal hormônio da gravidez. 

Quando se trata do momento após a transferência embrionária, estes sintomas também podem estar presentes devido ao uso dos medicamentos hormonais. Principalmente nos casos de transferências a fresco (logo após a coleta dos óvulos), é esperado que a mulher esteja em um ciclo com níveis hormonais acima do que estaria em condições fisiológicas, fazendo com que estes sintomas sejam mais presentes.

Mudança nas mamas

Outra alteração bastante comum na gestação é o aspecto dos seios, que costuma apresentar uma mudança no volume e sensibilidade devido à ação de hormônios que estimulam as glândulas mamárias, preparando a mulher para uma possível amamentação. 

Durante o tratamento, muitos destes hormônios também são administrados, podendo levar à percepção dos mesmos sintomas.

Sonolência e cansaço

O aumento repentino de sono e sensação de cansaço costumam ser frequentes no início da gestação. Isso também ocorre devido às alterações hormonais deste período, principalmente o aumento da progesterona. 

Para a transferência embrionária, a progesterona também desempenha papel fundamental para o preparo do endométrio e para a janela de implantação. Portanto, este hormônio é utilizado no tratamento, frequentemente em doses elevadas, associando-se em algumas mulheres a queixas de sonolência e cansaço, pelos mesmos mecanismos que ocorrem na gestação espontânea.

Como saber, então, se há gestação? 

Como pudemos perceber, muitos sintomas podem ser percebidos entre a transferência embrionária e o dia do teste de gravidez. Porém, a presença ou ausência destes acaba sendo inespecífica para predizer a evolução embrionária, já que podem se associar tanto à gravidez quanto ao uso de medicações hormonais e ao momento do tratamento.Dessa forma, a maneira mais segura de saber o desfecho da transferência é a realização do exame de beta hCG. Ele é o único capaz de diferenciar se os sintomas são devidos a uma possível gestação ou a outros mecanismos, como o efeito das medicações. Podem ser realizados testes de farmácia, mas o método mais confiável é a dosagem sanguínea que identifica o hormônio beta hCG. 

Sabemos que a espera por um bebê é um momento marcante para toda a família, portanto envolve muita ansiedade e expectativa. Para que esse momento se torne mais leve e agradável, é fundamental procurar manter pensamentos positivos e atividades que auxiliem a tirar o foco e, consequentemente, o peso da espera dos longos 14 dias. Conte sempre com uma equipe que possa te dar suporte e tirar as dúvidas para auxiliar neste período de angústias!

Gostou do artigo sobre os principais sintomas após a transferência? Se ainda possui alguma dúvida deixe nos comentários!

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Dra. Camilla Vidal

Médica ginecologista com especialização em Reprodução Humana na HCFMRP – USP. CRM-SP 164.436
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