TECNOLOGIA DOS MEIOS MATERIAIS

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Materiais e meios importados

Nosso comprometimento com os resultados é um dos fatores que nos move. Na nossa experiência, de mais de 20 anos com laboratório de Reprodução Humana Assistida, utilizamos diversos materiais para produção de embriões. Acompanhamos todas as novidades e fizemos inúmeros testes ao longo de todos esses anos. A conclusão mais óbvia que chegamos é que sempre deve-se usar os melhores e mais nobres materiais. Mesmo que o resultado seja somente ligeiramente melhor, para nós, uma gravidez a mais já é o suficiente!
Alguns exemplos são os cateteres de transferência embrionária, meios de cultivo e placas onde ficam os embriões. Todos esses materiais utilizam o que há de mais recente em tecnologia, são importados e embriotestados, ou seja, materiais que comprovadamente produzem uma quantidade constante de blastocistos, não comprometendo a consistência dos resultados.

Dois materiais que se destacam em tecnologia e inovação, utilizados em nossos laboratórios são o EmbryoGlue® e o OVOIL®. São materiais caros e, por isso, muitas vezes ignorados nos tratamentos de Reprodução Assistida.

O óleo tem funções fundamentais no cultivo embrionário. A principal delas é na proteção das gotas de cultivo (onde estão os embriões), funcionando como um escudo contra a variação de pH, osmolaridade, temperatura e prevenindo de contaminações. O OVOIL®, em comparação com outros óleos do mercado, protege de maneira extremamente eficiente contra fatores oxidativos, como a foto-oxidação e radicais livres. Além disso, promove melhor desenvolvimento dos embriões, inclusive formando mais blastocistos.   Tabela PGT-A

O EmbryoGlue® tem a composição básica de um meio de cultura para blastocistos, mas contém uma alta concentração de ácido hialurônico e albumina humana recombinante. Foi desenvolvido para mimetizar as condições do útero visando auxiliar na implantação dos embriões após a transferência.  

O ácido hialurônico é encontrado em elevada concentração no útero durante a implantação do embrião, diminuindo para os níveis considerados normais no dia seguinte. São encontrados receptores destas moléculas tanto na parede uterino como no embrião, sendo essa a razão pela qual o ácido hialurônico auxilia na implantação, aumentando a adesão do embrião ao endométrio.  

Durante o tratamento de fertilização in vitro, os embriões são transferidos para o EmbryoGlue® cerca de uma hora antes da transferência ao útero para permitir que o ácido hialurônico possa se ligar. Quando os embriões são transferidos para o útero, o ácido hialurônico do EmbryoGlue® atua como uma ponte entre o embrião e o útero, tendo um efeito semelhante à uma “cola”. Tabela PGT-A
Marcelo Rufato

Marcelo Rufato

CRBio 64065/01

Embriologista e diretor dos Laboratórios do CEFERP.
Referências:
  • Bontekoe et al. Adherence compounds in embryo transfer media for assisted reproductive technologies (Review). The Cochrane Collaboration 2014. Published by John Wiley & Sons, Ltd.
  • Bontekoe et al. Adherence compounds in embryo transfer media for assisted reproductive technologies (Review). The Cochrane Collaboration 2014.
  • Lee and Ax. (1984). J Dairy Science 67.
  • Suchanek et al. (1994). Fert Steril 62.
  • Rodiguez-Martinez et al. (1998). In Gametes: Development and Function, Serono symposia.
  • Kano et al. (1998). Biol of Reprod 58.
  • REF: 1. Tae, J.C. et al. J. Assist Reprod & Gen. 2006 2. D. Linck, SIRT, Australia, 2008

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