Qual a diferença entre fecundação natural e assistida?

Qual a diferença entre fecundação natural e assistida?

Qual a diferença entre fecundação natural e assistida?

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A fecundação do óvulo pelo espermatozoide é o processo que dá origem a uma nova vida, um novo ser. Este encontro, quando bem sucedido, permite que os gametas masculino e feminino combinem seu material genético, formando o embrião.

Esta etapa é a base do processo reprodutivo de nossa espécie, fundamental para o desenvolvimento de uma gestação. Independentemente de acontecer de forma natural ou assistida, ela desperta curiosidade e admiração. Então, se você quiser saber mais sobre este assunto, continue a leitura deste artigo!

Como ocorre a fecundação?

Quando um casal decide iniciar as tentativas de engravidar, uma das primeiras etapas é a suspensão dos métodos contraceptivos que possam estar utilizando. Desta forma, se iniciam as relações sexuais desprotegidas em busca da concepção.

Para que o encontro dos gametas seja possível, é importante que os fatores diretamente relacionados à ocorrência da gestação estejam normais e em perfeita sintonia. Dessa forma, de maneira sucinta, é necessário que a mulher ovule, que o óvulo consiga percorrer o caminho das trompas para estar disponível para o encontro com o espermatozoide, e também é necessário que os espermatozoides tenham qualidade suficiente para percorrer o caminho de encontro ao óvulo.

Depois deste encontro e da formação do embrião, é fundamental que ele encontre um local apto a receber sua implantação, o útero da mulher.

Parece algo simples, mas a trajetória é complexa e o processo todo requer uma linda sincronia de diversos eventos para culminar na felicidade da implantação embrionária bem sucedida e evolução adequada da gestação.

Os espermatozoides são liberados no fundo da vagina e devem percorrer o caminho até as trompas de Falópio, que envolve passar por algumas modificações de suas características principalmente na passagem pelo colo do útero. Este trajeto dos espermatozoides pode levar de 20-30 minutos, mas este prazo é variável e depende também de outros possíveis obstáculos.

Por esse motivo, a concentração considerada normal de espermatozoides no ejaculado é de pelo menos 15 milhões por ml, conforme a última padronização da Organização Mundial da Saúde. Conforme percorrem esse trajeto, ocorre uma seleção dos “melhores” espermatozoides, até que apenas um atinja o óvulo e consiga fecundá-lo. Além dos espermatozoides, é necessário também que tenha ocorrido ou esteja próximo de ocorrer a ovulação da mulher, fenômeno em que o ovário libera o óvulo preparado naquele ciclo para se encontrar com o espermatozoide.

Após toda essa jornada, quando ocorre o encontro entre o óvulo e o espermatozoide, é essencial que haja interação adequada do material genético de ambos, para que a divisão celular continue e ocorra a formação do embrião, que deverá atingir a cavidade uterina para começar o processo de nidação.

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Existe diferença entre fecundação natural e assistida?

Na Reprodução Humana, existem diversos tipos de tratamentos para engravidar. Uma divisão clássica para melhor compreensão dos tratamentos é quanto à complexidade. Tratamentos de baixa complexidade são aqueles que proporcionam o encontro entre óvulo e espermatozoide, a fecundação em si, dentro do organismo da mulher. Por outro lado, tratamentos de alta complexidade proporcionam o encontro entre óvulo e espermatozoide em laboratório, por isso o termo in vitro.

Dessa forma, podemos compreender que em tratamentos de baixa complexidade, a fecundação ocorre exatamente como em uma gravidez espontânea. Já em um tratamento de alta complexidade, ela ocorre com o auxílio do laboratório de embriologia, que pode envolver desde mecanismos mais simples, como a FIV clássica a outros mais complexos, como a Super ICSI. Porém, após o encontro entre óvulo e espermatozoide, independentemente da forma como tenha ocorrido, o processo de interação entre estas células e continuidade da divisão celular se desenvolve da mesma forma.

Entendendo um pouco mais sobre os tratamentos de reprodução humana assistida

Caso a gravidez não ocorra de forma natural, é importante buscar auxílio de um médico especialista para considerar os possíveis tratamentos para aumentar a família.

Entre os tratamentos existentes estão o namoro programado, a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV). Os dois primeiros são considerados tratamentos de baixa complexidade, enquanto a FIV é um tratamento de alta complexidade.

O tratamento de namoro programado consiste em induzir a ovulação e acompanhar a resposta dos ovários a fim de identificar o período mais propício para o casal manter relações sexuais e aumentar a probabilidade de concepção.

Na inseminação artificial, também há a estimulação dos ovários e acompanhamento da resposta, porém no período fértil é realizada coleta de espermatozoides para preparo do sêmen, que será inserido diretamente no interior do útero, facilitando a fecundação.

Já na FIV, os espermatozoides e os óvulos são manipulados em laboratório para que haja a fecundação, e após a formação do embrião, ele é transferido para o útero em que ocorrerá a gestação.

Como pudemos perceber, independentemente da forma, o encontro entre óvulo e espermatozoide é um processo complexo, com diversas particularidades, porém que gera a perfeição do desenvolvimento de uma nova vida.

Neste texto, explicamos de forma bem resumida os tratamentos de reprodução assistida. Caso tenha interesse ou queira saber mais, entre em contato conosco!

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Dra. Camilla Vidal

Médica ginecologista com especialização em Reprodução Humana na HCFMRP – USP. CRM-SP 164.436
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