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doação de espermatozóides

Por diferentes motivos, a doação de espermatozoides pode ser necessária no tratamento de reprodução humana em pessoas que não conseguem engravidar de forma natural. 

Alguns homens tem dúvidas de podem vender sêmen ou vender espermatozoides. Mas, vale deixar bem claro que a doação de sêmen no Brasil é um ato voluntário e anônimo, que visa auxiliar pessoas que enfrentam dificuldades em atingir uma gestação.

Se você possui dúvidas a respeito do tema e quer entender mais sobre como funciona essa prática no Brasil e em quais situações ela é indicada, continue a leitura do artigo! 

O que é a doação de esperma?

A doação do sêmen acontece quando um homem cede de maneira voluntária seus espermatozoides para um banco de doação. 

Dessa forma, pessoas que não conseguem engravidar naturalmente podem recorrer ao banco de sêmen para que os gametas masculinos disponíveis sejam utilizados em procedimentos de reprodução humana, como a inseminação artificial ou de fertilização in vitro.

Com este ato voluntário, de verdadeiro amor e empatia ao próximo é possível ajudar casais a realizar o sonho de formar uma família. 

Quem pode realizar a doação? 

Para ser doador de esperma, é preciso que o voluntário atenda a alguns pré-requisitos básicos. 

Existem bancos específicos de doação de esperma no Brasil e também a doação pode ser feita em clínicas de reprodução humana. 

Entre os critérios, o homem deve ter entre 18 a 45 anos e realizar alguns exames físicos para verificar se está tudo bem com a fertilidade e saúde do doador. Os parâmetros seminais precisam atender às exigências mínimas regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). 

Como falamos acima, a doação é feita de forma totalmente anônima, tanto para o doador quanto para os pacientes que precisarão do material. 

A doação precisa ocorrer de forma espontânea, sem remuneração e nenhum caráter lucrativo. Desde que passe pelos exames e requisitos necessários, qualquer homem pode realizar a doação. 

Quando casais recorrem ao banco de esperma? 

Os bancos de esperma são uma solução para diversos casais e mulheres que estão passando por tratamentos de reprodução assistida.

Após a doação, o esperma será congelado e ficará disponível para casais que enfrentam problemas com infertilidade masculina, casais homoafetivos femininos ou mulheres que desejam a maternidade independente.  

Como funciona o processo de doação do sêmen?

Primeiramente, será realizada uma avaliação médica no homem. Para isso será solicitado um exame chamado espermograma que avalia a qualidade do sêmen e dos espermatozoides. Serão pedidos exames de sangue e, em alguns casos, testes genéticos.

No dia anterior à doação, o doador deverá realizar abstinência sexual e de ejaculação de 2 a 5 dias antes da coleta para garantir maior qualidade da amostra. 

Para a coleta há uma sala especial nos bancos de sêmen para que o material seja coletado por meio de masturbação. 

Após, será realizado o processamento, onde o sêmen é preparado e os espermatozoides passarão por análises qualitativas e quantitativas. Em seguida, caso seja necessário, o material é criopreservado.

Na criopreservação, os espermatozoides são congelados e armazenados em tanques de nitrogênio líquido para serem utilizados nos tratamentos de reprodução humana. 

O que diz a lei sobre doação de esperma? 

No Brasil, as normas relacionadas à reprodução assistida são regidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

É possível conferir na resolução CFM N° 2168/2021 todas as regras a respeito da doação de esperma, entre alguns pontos principais estão:

  • a doação deve ser voluntária, sem nenhum caráter lucrativo;
  • a idade limite dos doadores é de 45 anos;
  • a identidade dos doadores e receptores não pode ser revelada, exceto na doação de gametas para parentesco de até 4º grau que não incorra consanguinidade;

 

Embora seja obrigatório que a identidade do doador se mantenha anônima e sigilosa, os casais que recebem as amostras poderão acessar algumas características do doador. Entre algumas delas, estão:

  • estado da saúde do doador;
  • cor de pele e olhos;
  • cor e textura dos cabelos;
  • se possui algum tipo de deficiência ou alergias;
  • altura e peso;
  • fator RH;
  • fator ABO;
  • religião e ocupação;
  • se o doador possui gêmeos na família.

Conclusão

Como foi possível entender sobre o cenário da doação de esperma no Brasil, diferente de outros países, aqui a doação de esperma não pode ser remunerada.

No momento da doação, o homem assinará um termo se ausentando dos direitos e responsabilidades relacionados à criança e um contrato visando garantir a confiabilidade e gratuidade do ato. 

Ao realizar o ato de doação o homem estará permitindo a possibilidade de muitos casais e mulheres que desejam produção independente realizar o sonho de gerar o próprio filho por meio da reprodução assistida. 

Gostou do artigo sobre como funciona a doação de esperma no Brasil? Se você ainda possui dúvidas, deixe um comentário abaixo que responderemos assim que possível!

Fertilização in Vitro (FIV)

A Fertilização in vitro (FIV) é a mais complexa técnica de reprodução humana, que consiste na fecundação do óvulo e espermatozoide em laboratório. Os embriões formados crescem por até sete dias e, após isso, são então congelados ou transferidos ao útero da futura mamãe.

Neste artigo vamos tratar a respeito de toda a jornada da FIV, do momento da coleta dos gametas até a fase de transferência dos embriões. Confira abaixo os tópicos que vamos abordar:

● O que é um tratamento de reprodução assistida?
● Quando a FIV costuma ser recomendada?
● Como é realizado o procedimento?
● Qual a taxa de sucesso de tratamentos de fertilidade?
● Como funciona a análise genética do embrião?
O que é um tratamento de reprodução assistida?

 

A reprodução humana trata-se do conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar um casal a alcançar a gravidez por meio de técnicas laboratoriais.

O tratamento para a infertilidade pode seguir diversas frentes, pois é necessário uma investigação individualizada do histórico clínico do casal.

Leia mais: Saiba quando procurar uma clínica de reprodução humana!

Caso o tratamento de reprodução assistida seja recomendado ao casal, é possível que seja realizado por técnicas de baixa complexidade (Inseminação Artificial) ou alta complexidade (FIV convencional ou ICSI – injeção intracitoplasmática de espermatozoides).

Quando a FIV costuma ser recomendada?

Existem várias situações que uma FIV pode ser recomendada. A técnica foi desenvolvida especialmente com a finalidade de auxiliar mulheres com problemas de fertilidade causados por obstrução nas trompas uterinas a engravidar, mas atualmente existem outros públicos que também podem ser beneficiados com o tratamento.

Entre as pessoas que podem realizar a fertilização in vitro estão:

● pessoas com endometriose
● distúrbios da ovulação, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP);
● casais que após 12 meses mantendo relações sexuais sem o uso de contraceptivo não alcançaram uma gravidez espontânea;
● mulheres com tubas uterinas obstruídas;
● casais homoafetivos;
● homens com baixa concentração ou mobilidade de espermatozoides;
● idade materna avançada;
● histórico de alterações genéticas na família;
● mulheres que desejam engravidar por produção independente.
Como é realizado o procedimento?

Basicamente, a FIV é dividida em cinco etapas. Confira abaixo o passo a passo desta jornada:

Estimulação Hormonal

Quando as mulheres são submetidas à FIV, a primeira etapa é a de estimulação hormonal.

Nessa fase, serão aplicados hormônios injetáveis, e/ou compridos, com a finalidade de estimular os folículos (onde ficam os óvulos) a atingirem a maturidade. O acompanhamento é realizado pelo ultrassom, realizado normalmente de dois em dois dias.

Coleta dos óvulos

Antes que a ovulação aconteça, é realizada a coleta dos óvulos. Com o auxílio de uma agulha fina, acoplada a um guia ultrassonográfico que é introduzido no canal vaginal, os óvulos são coletados. O procedimento é rápido, realizado no Centro Cirúrgico da clínica e requer o uso de anestesia.

Coleta dos espermatozoides

Existem três maneiras de realizar a coleta dos espermatozoides: masturbação, punção ou biópsia do testículo/ epidídimo, ou através de bancos de sêmen.

Os espermatozoides com melhor motilidade e morfologia são selecionados.

Fertilização

A etapa da fertilização ocorre quando o espermazoide é injetado dentro do óvulo com o auxílio de um micromanipulador com uma agulha tão fina que é possível perfurar o óvulo.

Dessa forma, no dia seguinte é possível o embriologista verificar se a fertilização de fato ocorreu.

Os embriões serão cultivados em laboratório por no máximo sete dias, quando o embrião atinge a fase de blastocisto.

Transferência dos embriões

Sendo a última etapa da fertilização in vitro, os embriões são transferidos para o útero da paciente com o uso de um cateter. O procedimento é rápido e não é necessário o uso de anestesia.

Depois de duas semanas é possível a paciente realizar um teste de gravidez para verificar o resultado do tratamento.

Qual a taxa de sucesso de tratamentos de fertilidade?

Existem diferentes formas de se avaliar as taxas de sucesso de tratamentos para fertilidade, como taxa de gestação clínica (após duas semanas do beta hCG positivo), ou o resultado positivo do teste de gravidez (taxa de gravidez). No entanto, a mais importante é a taxa de “bebês em casa”, a qual analisa a quantidade de bebês que nasceram por transferência embrionária.

Um dos principais fatores que influenciam na taxa de sucesso de um procedimento de reprodução humana é a idade materna, a qual influencia tanto na qualidade dos óvulos, como na quantidade disponível (reserva ovariana).

O CEFERP preparou para você um e-book gratuito sobre as taxas de sucesso do tratamento conforme a idade da mulher. Clique abaixo e baixe o seu!

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Como funciona a análise genética do embrião?

A FIV também é recomendada para casais que necessitam de uma investigação de doenças genéticas no embrião por meio da biópsia das células embrionárias.

Atualmente, o estudo genético embrionário é definido como teste genético pré-implantacional (PGT). Essa técnica permite a identificação de possíveis doenças genéticas no embrião antes da sua transferência para a o útero.

Leia mais: Diagnóstico genético pré-implantacional: saiba como funciona!

Dessa forma, são transferidos ao útero da mulher os embriões que foram analisados geneticamente, aumentando a probabilidade de sucesso do tratamento e evitando riscos como abortos espontâneos ou o bebê possuir alguma síndrome genética.

Leia mais: A importância do estudo genético para a identificação de aneuploidia

Esperamos ter respondido todas as suas dúvidas a respeito do que é e como funciona a jornada da fertilização in vitro (FIV)! Entre em contato conosco para agendar a sua consulta!

embrião a fresco ou congelado

A transferência embrionária é a etapa final e uma das mais importantes do tratamento de reprodução assistida. 

 

Graças aos avanços constantes na área da medicina reprodutiva, por meio de pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias, atualmente há a possibilidade de realizar a transferência de embriões frescos ou congelados. 

 

Você deve estar se perguntando qual a melhor opção na transferência entre embrião congelado ou embrião a fresco, não é mesmo? Nesse artigo vamos responder essa e outras dúvidas a respeito do tema. Boa leitura! 

Como funciona a transferência de embrião a fresco e congelado? 

 

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica bastante avançada de reprodução assistida que permite a realização do sonho de muitos casais com problemas de fertilidade de gerar um filho biológico. 

 

Na FIV, toda a fase de formação do embrião é realizada em laboratório, após a união dos gametas femininos (óvulos) e masculinos (espermatozoides). 

 

Este encontro para a fertilização pode ser realizado a partir de três métodos: o clássico, em que os óvulos e espermatozoides ficam em uma placa aquecida, e a fecundação ocorre naturalmente, ou por meio de uma injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), onde os espermatozoides são injetados no interior do óvulo por meio de uma agulha muito delicada. Outro método é a técnica super ICSI ou ICSI magnificada, onde é utilizado um equipamento que permite melhor visualização dos espermatozoides.  

 

Após o encontro do óvulo com o espermatozoide e de ter havido a fertilização, o embrião se mantém em cultivo no laboratório, podendo esta fase durar até 7 dias. Até este período, deve-se definir o destino dos embriões: transferência a fresco ou congelamento. Importante ressaltar que antes desta etapa também pode ser decidido transferir ou congelar os embriões, a depender de cada caso.

 

O termo transferência a fresco se refere ao fato de o embrião ser formado e logo transferido ao útero após poucos dias. Já a transferência de embrião congelado se refere àqueles que após o processo de fertilização passaram pelo congelamento, processo chamado de vitrificação, e armazenamento em botijões de nitrogênio líquido. 

 

Qual alternativa é a melhor?

 

No passado, as taxas de sucesso eram melhores para embriões a fresco do que congelados. Isso se devia ao fato do processo de congelamento e descongelamento envolver taxas mais altas de perdas dos embriões. Atualmente, com o avanço das tecnologias em reprodução e principalmente da vitrificação, a segurança no processo de congelamento e descongelamento aumentou consideravelmente. Dessa forma, as taxas de sucesso comparando-se transferências a fresco ou congelado são semelhantes, fazendo-se necessária a avaliação do contexto geral do tratamento para definição da melhor estratégia a ser seguida.

 

Em ambos os casos, a transferência é indolor e tranquila, sendo realizada por um médico especialista, com o auxílio de uma ultrassonografia pélvica. Também é preciso estar com a bexiga urinária cheia durante o procedimento. Portanto, podemos perceber que a técnica de transferência embrionária em si é a mesma, independentemente de se tratarem de embriões frescos ou congelados.

Quando é recomendado o congelamento dos embriões? 

 

Uma das etapas do tratamento de reprodução humana é a estimulação ovariana, feita por meio de medicamentos hormonais com a finalidade de induzir o corpo a amadurecer um número maior de óvulos, para que possam ser coletados e em seguida fertilizados na FIV. 

 

Nessa fase de estímulo ovariano, algumas mulheres podem apresentar uma resposta exagerada às medicações, a chamada síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO). Devido ao alto nível de hormônios circulando no corpo nestes casos, a transferência de embriões a fresco pode ser prejudicial para o processo de implantação bem como trazer riscos de piora do quadro de hiperestímulo no início da gravidez. 

 

Logo, quando há riscos que essa síndrome se desenvolva é recomendado realizar o congelamento dos embriões, garantindo assim a segurança da paciente e melhores chances de sucesso no tratamento. 

 

Em um caso como este, é necessário aguardar o próximo ciclo menstrual da mulher e, portanto, congelar os embriões após sua formação para que possam aguardar o momento mais oportuno para a transferência. 

 

Existem outros motivos que podem levar à indicação de congelar os embriões. Um deles é a análise genética embrionária, ou seja, quando é indicada a realização de biópsia no embrião para compreender melhor sua carga genética.

 

Nesse caso, após 5 a 7 dias de desenvolvimento do embrião, no estágio de blastocisto, é feita a biópsia a partir da retirada de algumas células para serem encaminhadas ao laboratório de genética. Geralmente, após a biópsia os embriões são congelados para que aguardem o resultado da análise genética e programação de transferência em seguida.

 

Outra situação onde pode ser indicado o congelamento de óvulos ou de embriões é a preservação da fertilidade, pois sabemos que a idade exerce fator importante nas chances de sucesso da gestação, principalmente no caso das mulheres. Por isso, caso não haja programação de gestação até os 35 anos ou caso existam fatores que sabidamente possam impactar na reserva ovariana (necessidade de cirurgia ovariana, por exemplo), é importante considerar técnicas de preservação da fertilidade. O congelamento de embriões pode ser a opção para mulheres que pensem em produção independente no futuro, visto que podem ser utilizados espermatozoides de doador anônimo, ou também para casais com relacionamento estável que desejem preservar a fertilidade de forma conjunta. 

 

Como pudemos observar, muitos fatores devem ser levados em consideração na decisão por transferência a fresco ou congelado. Importante destacar que a transferência de embriões congelados é uma técnica muito segura, inclusive pelo fato de que o congelamento por si ou o tempo de manutenção do embrião congelado não interferem diretamente na qualidade do embrião ou em suas chances de sucesso.  

 

Tendo em vista que as taxas de sucesso de embriões a fresco ou congelados são semelhantes, as duas são opções possíveis no tratamento de reprodução humana e devem ser discutidas em conjunto entre o casal e o médico especialista, considerando-se todas as particularidades, a fim de ter um tratamento mais seguro e tranquilo. 

 

Esclarecemos todas as dúvidas a respeito de embrião congelado ou a fresco? Assine a nossa newsletter e receba mais conteúdos direto na sua caixa de e-mail! 

Primeira consulta

Uma das dúvidas mais frequentes de nossas pacientes que recebemos no consultório é qual o momento certo de realizar a primeira consulta de reprodução humana

A procura por um especialista nem sempre pode parecer uma decisão fácil, e conforme surgem dúvidas, alguns casais por falta de informação podem até mesmo abandonar a ideia de realizar o sonho de gerar o próprio filho.

Nesse momento, é importante não deixar o constrangimento ou a frustração tomarem conta, e buscar o máximo de informações possíveis a respeito do tema.

Neste artigo vamos responder se é possível ir à primeira consulta de reprodução humana menstruada, e também como é feita a primeira consulta no tratamento de fertilidade

Como é a primeira consulta de reprodução humana? 

Após alguns meses de tentativas de gestação sem sucesso, eis que o casal chega à conclusão de buscar o auxílio de um especialista em reprodução humana para investigar os motivos da infertilidade. Este prazo depende de diversos fatores, mas em média é de um ano nos casos de mulheres até 35 anos, e de 6 meses para mulheres após esta idade.

No CEFERP, tudo se inicia com uma conversa. O médico especialista em reprodução humana irá ouvir a história clínica detalhada do casal, buscando compreender as necessidades, expectativas e frustrações. A partir daí, podem ser solicitados exames de acordo com a necessidade e realizada, em conjunto, uma proposta de tratamento.

É comum os casais chegarem na primeira consulta com muitos receios. Nesse momento, é importante ter calma e tranquilidade, pois a primeira consulta servirá para entender melhor os fatores que possam estar impactando nas tentativas de gravidez e buscar o melhor caminho para a solução. Ou seja, ela é o passo inicial da jornada rumo à realização do seu sonho, portanto, esteja confiante! Você não estará sozinha!

Leia mais: A primeira visita ao CEFERP: descubra o que acontece!

Posso ir menstruada na primeira consulta?

Como falamos acima, já na primeira consulta o especialista em reprodução humana irá fazer várias perguntas para analisar a história clínica do casal e assim, iniciar a investigação das causas da infertilidade.

Confira abaixo o vídeo do Dr. Anderson Melo, especialista em reprodução assistida do CEFERP, sobre os exames que são solicitados ao casal já na primeira consulta:

 

Logo, poderão ser solicitados exames médicos tanto para o homem, quanto para a mulher. Um dos exames que já pode ser feito de início é a contagem de folículos antrais da mulher, que tem o objetivo de medir a reserva ovariana. Nesse caso, é ideal que a mulher esteja preferencialmente menstruada para a realização do exame. Portanto, ao contrário do que estamos acostumadas nas consultas ginecológicas, onde a menstruação pode impactar na realização de alguns exames, para a avaliação da reserva ovariana a menstruação é o período ideal para a realização da ultrassonografia. Entenda o porquê neste texto onde explicamos mais sobre o ciclo menstrual e sua relação com a fertilidade: Ciclo menstrual: fases, hormônios e a relação com a fertilidade

O que é a contagem de folículos antrais e como ela é feita? 

A contagem de folículos antrais é um dos exames realizados para medir e avaliar a reserva folicular da mulher.

As mulheres já nascem com os folículos ovarianos prontos, que são formados ainda na vida intrauterina, assim como os ovários, elementos essenciais do aparelho reprodutor feminino para atingir uma gestação. 

Logo ao nascer, estima-se que a menina possua em torno de 2 milhões de oócitos. Isso é o que chamamos de reserva ovariana, que sofre uma constante diminuição até a primeira menstruação (menarca), quando a menina tem cerca de 300 mil oócitos. 

Como pudemos perceber, a reserva ovariana vai se reduzindo constantemente, tendo seu marco de fim em torno dos 50 anos, quando ocorre a última menstruação, a menopausa. 

Ao longo da vida da mulher, em cada ciclo uma certa quantidade de folículos fica disponível para o crescimento, no entanto, apenas um se desenvolve e se rompe sob ação hormonal, liberando assim o óvulo que já estará pronto para ser fecundado.

Leia mais: Folículo dominante: como ele afeta o tratamento de reprodução humana?

Os folículos recebem diversas denominações, a depender de seu estágio de desenvolvimento. A nomenclatura de folículo antral se refere aos folículos com tamanho de 2 a 9mm, já visíveis ao ultrassom. Portanto, estas são as estruturas que são contadas para avaliação da reserva ovariana, sendo o momento mais fidedigno de contagem o início do ciclo menstrual.Para programar um tratamento de fertilidade, é essencial saber qual a reserva ovariana da mulher, pois assim é possível estimar a resposta ao tratamento que será proposto. 

A contagem desses folículos é feita por meio de uma ultrassonografia transvaginal, que geralmente permite visualizar com bastante precisão os ovários e folículos. O exame deve ser realizado até o terceiro dia do ciclo menstrual, preferencialmente. 

O que a contagem de folículos pode mostrar? 

O objetivo da contagem de folículos, como mencionamos, é avaliar a reserva ovariana. Outros marcadores também são importantes para esta análise, como a idade da mulher, histórico de cirurgias ovarianas, presença de endometriose, endometriomas ou outros cistos ovarianos, dentre outros fatores.

Com o avançar da idade, além de ter grande diminuição na quantidade da reserva, também há a perda da qualidade do material genético. Por isso, é importante estar atento ao tempo de tentativas e procurar orientação médica caso o bebê não chegue após algum tempo.

A contagem de folículos esperada varia de acordo com a idade da mulher. Contagens abaixo do esperado são sugestivas de baixa reserva ovariana.

Além disso, a realização da ultrassonografia transvaginal permite fornecer outras informações, como características do útero, presença de miomas, pólipos, cistos ovarianos, hidrossalpinge, etc. Desta forma, o exame é de grande auxílio para a programação de qualquer tratamento para engravidar.

Opções de tratamento disponíveis

Já na primeira consulta, o especialista em reprodução humana poderá orientar ao casal quais os tratamentos disponíveis no centro de fertilidade, assim como as taxas de sucesso de cada procedimento. 

A definição do melhor tratamento a ser realizado deve ser tomada em conjunto entre o médico e o casal, levando-se em consideração diversos fatores como chances de sucesso, idade da mulher, tempo de tentativas, dentre outras questões. 

As causas de infertilidade são variadas, sendo aproximadamente 30 a 35% ligadas a fatores femininos, e 30 a 35%, masculinos. Além disso, cerca de 20% das causas da infertilidade podem ser por fatores combinados do casal. E ainda, em 10% dos casos não é possível identificar o fator causador da infertilidade (esterilidade sem causa aparente). 

Logo, cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada, devendo-se levar em consideração também as preferências e expectativas do casal. A escolha de uma clínica de fertilidade de confiança é essencial nesse momento decisivo para o futuro familiar. Assim você poderá se sentir mais confiante e tranquila em cada etapa.

Se você possui mais dúvidas a respeito da primeira consulta de reprodução humana, deixe nos comentários abaixo ou entre em contato conosco.
O CEFERP é uma clínica de fertilização completa, contamos com uma equipe qualificada e preparada para atender você!

Congelamento de óvulos

O congelamento de óvulos se trata de uma técnica avançada de reprodução assistida para a preservação da fertilidade, que funciona como uma espécie de ‘poupança’ possibilitando postergar a gravidez sem perder a qualidade do material genético.

Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo.

Seja por motivos profissionais ou pessoais, as mulheres vêm cada vez mais planejando uma gravidez tardia. Com isso os riscos de dificuldade aumentam gradualmente conforme a idade, pois já é comprovado que o potencial reprodutivo diminui após os 35 anos. 

Logo, o congelamento de óvulos é uma solução para mulheres que desejam postergar a gravidez ou apresentam algum risco de perda precoce da função ovariana.

Hoje vamos mostrar para você tudo sobre o congelamento de óvulos. Com esse guia ficará mais fácil decidir sobre a sua autonomia e possibilidade de engravidar no futuro. Confira abaixo os tópicos que serão abordados: 

  • O que é o congelamento de óvulos?
  • Como funciona o procedimento?
  • Para quem é recomendado o congelamento de óvulos?
  • Qual é a melhor idade para congelar os óvulos?
  • Quanto tempo o óvulo pode ficar congelado?
  • Quais as chances de engravidar com óvulos congelados?
  • Quantos óvulos a mulher deve congelar?
  • Porque buscar a preservação da fertilidade? 

O que é o congelamento de óvulos? 

O congelamento de óvulos, também chamado de criopreservação, é uma das técnicas de preservação de fertilidade regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Nesse procedimento, os óvulos da mulher são coletados por meio da indução da ovulação e após são congelados e armazenados em nitrogênio líquido por meio de vitrificação. 

O procedimento foi realizado pela primeira vez em 1986, e desde então vem progredindo cada vez mais. Nos primeiros anos a taxa de gravidez era muito baixa, de apenas 1%, pois era aplicada uma técnica que danificava as estruturas da célula. 

Após avanços na área da reprodução assistida e com a introdução da técnica da vitrificação em 2006, a taxa da qualidade e sobrevivência de óvulos após descongelamento aumentou em 95%

Leia mais: O que é vitrificação e como ela é usada na reprodução humana? 

A técnica de preservação de fertilidade é considerada um dos avanços mais importantes na área da reprodução assistida, tornando possível o adiamento da maternidade, trazendo maior autonomia e segurança na vida das mulheres

Como funciona o procedimento? 

O congelamento de óvulos é realizado em várias etapas. Após exames de rotina, como ultrassom e dosagem hormonal, será avaliado se futuramente a mulher possui condições de realizar uma fertilização in vitro (FIV). 

Após aprovada, a mulher passará por um processo que pode levar até 12 dias. Conheça abaixo como funciona o passo a passo: 

 

Estimulação ovariana 

Para a coleta dos óvulos é necessário que a mulher seja submetida ao procedimento de estimulação ovariana que tem como objetivo a coleta do maior número de óvulos possíveis para serem congelados e armazenados. 

Esse estímulo é feito por meio de medicações hormonais como as gonadotrofinas que promovem o amadurecimento dos folículos. 

Bloqueio da hipófise 

Essa etapa é necessária para que não ocorra uma ovulação antes do momento da coleta dos óvulos, além disso, ela garante maior acompanhamento e precisão no desenvolvimento folicular. Também ocorre por meio de medicações hormonais. 

Coleta dos óvulos  

Aqui uma agulha acoplada a um cateter aspira os folículos e o líquido é encaminhado aos embriologistas para que sejam separados os óvulos do conteúdo aspirado, e sejam selecionados os óvulos de melhor qualidade. 

Nesse procedimento é necessário que a paciente esteja sedada. 

Congelamento dos óvulos 

Para o procedimento de congelamento de óvulos é utilizada a técnica de vitrificação, como citamos acima. Ela é caracterizada pela rapidez com que se atinge temperaturas baixas. 

Após, os óvulos ficam armazenados em botijões de nitrogênio líquido e são mantidos a -196°C. Dessa forma, os óvulos ficam em um estado vítreo, que impede a formação de cristais de gelo que podem danificar as estruturas celulares. 

Descongelamento e fertilização

O descongelamento dos óvulos e a etapa de fertilização em laboratório e após a transferência do embrião para o endométrio são as etapas finais do tratamento de reprodução humana. 

A mulher é submetida ao procedimento de preparo do endométrio e após os embriões serem transferidos deve ser aguardado até 14 dias para ser realizado o exame de beta HCG para confirmar a gravidez. 

Assista abaixo o vídeo que realizamos com a Dra. Camilla Vidal, especialista de reprodução humana assistida sobre o procedimento:

Para quem é recomendado o congelamento de óvulos? 

Existem vários motivos em que o congelamento de óvulos é indicado, em geral, os mais comuns são: 

  • mulheres que pretendem adiar a gravidez após os 35 anos;
  • mulheres com histórico familiar de menopausa precoce;
  • mulheres que passarão por um tratamento oncológico envolvendo quimioterapia ou radioterapia;
  • mulheres que apresentem risco de perda da função ovariana precoce, seja por cirurgias ou doenças que reduzam a fertilidade;

 

Em nosso podcast Papo de Tentante, produzimos um episódio inteiro dedicado ao tema preservação da fertilidade. Ouça abaixo:

Qual a melhor idade para congelar os óvulos? 

Já é comprovado que por razões biológicas mulheres na faixa dos 20 a 30 anos estão no auge de sua fertilidade. 

O ideal é realizar o congelamento dos óvulos nesse período, a partir de 21 anos já é possível realizar o congelamento. 

É comum a busca pelo procedimento em mulheres na faixa dos 38 a 40 anos. Após os 35 anos as taxas de sucesso do procedimento de fertilização in vitro são reduzidas significativamente, pois a qualidade e quantidade dos óvulos são afetadas.

Leia também: Hábitos de vida e fertilidade 

Logo, a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRA) recomenda como idade limite para o congelamento dos óvulos até os 35 anos. 

Quanto tempo o óvulo pode ficar congelado? 

A criopreservação é um procedimento seguro e que não traz riscos à saúde da mulher ou do futuro bebê. 

Não existe um limite de tempo para o armazenamento dos óvulos congelados. 

A durabilidade do material dependerá se o congelamento foi feito de maneira correta, por isso é muito importante a busca por clínicas de fertilidade de confiança. 

Portanto, o mais importante não é o tempo de congelamento, e sim a técnica que foi utilizada. 

Não há limite para a utilização, quando a mulher decidir engravidar será necessário realizar o procedimento de fertilização in vitro com o espermatozoide do parceiro ou de doadores anônimos do banco de sêmen. 

Leia mais: Congelamento de óvulos, embriões e sêmen: existe diferença?

Quais as chances de engravidar com óvulos congelados? 

Tudo dependerá da idade da mulher e da qualidade dos óvulos congelados. Como falamos, não há riscos em congelar óvulos, logo, o embrião resultante do óvulo congelado terá a mesma qualidade do embrião formado por um óvulo fresco. 

Leia mais: Transferência de embriões: a fresco ou congelado?

Desde que a técnica de vitrificação foi descoberta por cientistas, a taxa de sobrevivência do óvulo após o descongelamento se aproximou de 95%. 

Ainda assim, não há nenhuma garantia de gravidez, pois são vários os fatores que influenciam para o sucesso do tratamento.

Leia mais: Conheça as taxas de sucesso dos principais tratamentos para engravidar 

Quantos óvulos a mulher deve congelar? 

O recomendado é que a mulher congele o máximo de óvulos possível, pois como falamos acima, a idade do congelamento ainda é fator determinante. 

Em geral, a recomendação é que sejam armazenados oito óvulos para cada tentativa de gravidez e cada caso deve ser avaliado individualmente. 

Porque buscar a preservação da fertilidade? 

Como foi possível compreender, o objetivo que leva mulheres em busca do procedimento é a preservação dos óvulos em uma idade em que eles ainda estão saudáveis, pois com o passar do tempo há uma redução da qualidade do material, ou previamente a algum tratamento ou procedimento que possa reduzir a reserva ovariana.

A preservação da fertilidade por meio do congelamento de óvulos é uma técnica segura e confiável que deve ser realizada com médicos especialistas em clínicas capacitadas

Ficou com alguma dúvida sobre como se preparar para o congelamento de óvulos? Comente abaixo ou envie no fale conosco

 

Sintomas após transferência

Após uma série de etapas que o casal passa na fertilização in vitro (FIV), desde a realização de exames, estimulação ovariana, coleta dos gametas femininos e masculinos, fecundação e transferência dos embriões, eis que surge o momento mais esperado, aguardar o tão sonhado positivo. 

Desde a transferência dos embriões até a confirmação da gestação, muitos sintomas podem surgir e deixarem dúvidas se são normais, preocupantes ou se são sugestivos de gravidez.

A gestação é um momento mágico, que envolve muitas mudanças fisiológicas e emocionais. Cada mulher pode experimentar sintomas diferentes, algumas podem demorar mais para sentir, outras podem não sentir nada, cada corpo irá reagir de uma forma. 

Entenda nesse artigo quais são os principais sintomas após a transferência e o que podem significar!

Quais sintomas podem surgir após a transferência? 

Desde o momento da transferência embrionária na FIV até a confirmação da gravidez por meio do exame de beta hCG, há uma janela de 14 dias. Neste período, alguns sintomas podem ser mais frequentes. Porém, algumas pacientes podem se manter assintomáticas até a realização do exame. Quando ocorre a interação adequada entre o embrião e o endométrio, após alguns dias da transferência, se inicia a nidação, fenômeno que marca o início da implantação e evolução da possível gestação. 

Existem alguns sintomas que podem estar associados à nidação. No entanto, eles podem variar de acordo com cada organismo, e não substituem de forma alguma o acompanhamento médico e a realização do exame beta hCG. 

Após a transferência embrionária, o processo de implantação se dá da mesma maneira a uma gestação natural. Portanto, os sintomas também podem ser os mesmos. Abaixo, vamos listar os principais sintomas e explicar melhor o porquê de, mesmo na presença deles, não necessariamente significarem gravidez ou alguma complicação após a transferência.

Cólicas ou dor abdominal

Quando ocorre a gravidez, o fenômeno de implantação exige que o embrião consiga penetrar de forma cada vez mais complexa o . Portanto, este processo pode levar a mulher a perceber cólicas ou desconfortos abdominais inespecíficos. 

Um leve desconforto e sensação de inchaço na região abdominal no primeiro trimestre podem ocorrer pelo início do crescimento do útero e também pelas alterações hormonais. 

Por outro lado, durante o tratamento de FIV, sabemos que são utilizadas diversas medicações hormonais que podem levar ao surgimento de cólicas, inclusive por alterações de hábitos intestinais. Importante lembrar também que em alguns casos a transferência de embriões ocorre poucos dias após a coleta dos óvulos, o que pode justificar a presença de desconforto abdominal devido ao estímulo e procedimento recente nos ovários.

Sangramento 

Quando acontece a nidação, outro sintoma que pode ser percebido é o surgimento de sangramento vaginal, geralmente com aspecto de “borra de café”. Ele ocorre pois a implantação necessita do rompimento de alguns vasos para que se forme a vascularização adequada para desenvolvimento do embrião.

No caso de pacientes pós transferência embrionária, ele também pode estar presente pela manipulação recente do útero e colo uterino (podendo ter manipulado estruturas delicadas que gerem sangramento leve) e também pela variação dos níveis hormonais das medicações utilizadas.

Tonturas e náuseas 

Durante a gravidez, as modificações podem levar a mudança na dilatação dos vasos sanguíneos, que resultam em quedas de pressão arterial, podendo ocorrer da mulher sentir tonturas e náuseas. Os enjoos, portanto, costumam ser comuns, tendendo a melhorar após o primeiro trimestre.

Existem várias teorias que tentam responder sobre o porquê mulheres grávidas sentem enjoos. A mais popular sugere que é uma reação do corpo devido ao aumento do HCG, o principal hormônio da gravidez. 

Quando se trata do momento após a transferência embrionária, estes sintomas também podem estar presentes devido ao uso dos medicamentos hormonais. Principalmente nos casos de transferências a fresco (logo após a coleta dos óvulos), é esperado que a mulher esteja em um ciclo com níveis hormonais acima do que estaria em condições fisiológicas, fazendo com que estes sintomas sejam mais presentes.

Mudança nas mamas

Outra alteração bastante comum na gestação é o aspecto dos seios, que costuma apresentar uma mudança no volume e sensibilidade devido à ação de hormônios que estimulam as glândulas mamárias, preparando a mulher para uma possível amamentação. 

Durante o tratamento, muitos destes hormônios também são administrados, podendo levar à percepção dos mesmos sintomas.

Sonolência e cansaço

O aumento repentino de sono e sensação de cansaço costumam ser frequentes no início da gestação. Isso também ocorre devido às alterações hormonais deste período, principalmente o aumento da progesterona. 

Para a transferência embrionária, a progesterona também desempenha papel fundamental para o preparo do endométrio e para a janela de implantação. Portanto, este hormônio é utilizado no tratamento, frequentemente em doses elevadas, associando-se em algumas mulheres a queixas de sonolência e cansaço, pelos mesmos mecanismos que ocorrem na gestação espontânea.

Como saber, então, se há gestação? 

Como pudemos perceber, muitos sintomas podem ser percebidos entre a transferência embrionária e o dia do teste de gravidez. Porém, a presença ou ausência destes acaba sendo inespecífica para predizer a evolução embrionária, já que podem se associar tanto à gravidez quanto ao uso de medicações hormonais e ao momento do tratamento.Dessa forma, a maneira mais segura de saber o desfecho da transferência é a realização do exame de beta hCG. Ele é o único capaz de diferenciar se os sintomas são devidos a uma possível gestação ou a outros mecanismos, como o efeito das medicações. Podem ser realizados testes de farmácia, mas o método mais confiável é a dosagem sanguínea que identifica o hormônio beta hCG. 

Sabemos que a espera por um bebê é um momento marcante para toda a família, portanto envolve muita ansiedade e expectativa. Para que esse momento se torne mais leve e agradável, é fundamental procurar manter pensamentos positivos e atividades que auxiliem a tirar o foco e, consequentemente, o peso da espera dos longos 14 dias. Conte sempre com uma equipe que possa te dar suporte e tirar as dúvidas para auxiliar neste período de angústias!

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folículos ovarianos

Os folículos ovarianos são pequenas bolsas de líquido que envolvem em seu interior a célula reprodutiva feminina, conhecida como oócito, armazenando assim, os futuros óvulos.

A mulher já nasce com o seu estoque de folículos completos, pois eles são formados ainda na vida intrauterina e são essenciais para a fertilidade feminina.

Se você quer conhecer mais sobre o que é o folículo ovariano e qual a diferença entre folículo e óvulo, continue a leitura e entenda mais sobre esse elemento fundamental para a reprodução humana.

O que são folículos ovarianos?

Os folículos se encontram nos ovários, são uma espécie de “bolsa”, onde ficam armazenados os óvulos. Estas estruturas são formadas por dois tipos celulares diferentes, com produções hormonais distintas, porém fundamentais para o funcionamento adequado das fases do ciclo reprodutivo.

Através destas células que formam os folículos, eles interagem com os hormônios chamados de gonadotrofinas (FSH e LH). Esta interação complexa permite o crescimento do folículo, o aumento da produção de estrogênio, a resposta ao pico ovulatório e formação do corpo lúteo. Todas estas etapas estão detalhadas e explicadas no nosso artigo sobre o ciclo menstrual, entenda melhor aqui.

Além disso, a produção hormonal dos folículos é importante para o devido preparo do endométrio para receber a possível gravidez.

Cada folículo ovariano armazena um óvulo ou nenhum. Portanto, ao longo do ciclo menstrual, como na maioria dos casos ocorre crescimento de um folículo, isso faz com que seja liberado potencialmente um oócito, diminuindo a possibilidade de gestação múltipla.

Qual a diferença de folículos ovarianos e óvulos?

O termo óvulo é utilizado comumente para designar a célula reprodutiva feminina. A rigor técnico, a nomenclatura correta é oócito, pois o termo óvulo é utilizado para tratar de um estágio bastante transitório, quando de fato já houve a fecundação do espermatozoide com o oócito. No entanto, neste artigo, para facilitar a compreensão e por ser um termo amplamente utilizado, vamos utilizar óvulo como sinônimo de oócito.

A diferença entre os folículos e óvulos, é que os folículos são as estruturas que armazenam o óvulo. Este último é, efetivamente, o gameta feminino. Fazendo uma analogia, os folículos são como pequenas bolsas repletas de líquido (fluido folicular), e que podem conter o óvulo em seu interior. Outra diferença é que os óvulos são constituídos por apenas uma célula, enquanto os folículos ovarianos são estruturas multicelulares, que contêm em seu interior o óvulo.

Quantos folículos em média as mulheres possuem?

Como falamos acima, todos os folículos que constituem a reserva ovariana de uma mulher são formados ainda na fase fetal. Após o nascimento não existe mais a produção de óvulos, eles apenas vão sendo liberados durante os ciclos menstruais com a chegada da fase da puberdade. Ao longo do tempo, os folículos não utilizados passam por um processo de atresia, ou seja, degeneram, o que explica a constante redução da reserva ovariana da mulher.

O número estimado de folículos ovarianos de uma menina recém-nascida é de 1 a 2 milhões, e com a chegada da puberdade este número já está em torno de 300 a 400 mil folículos. Este é um fenômeno inerente ao organismo da mulher, e não é possível adotar estratégia para parar esse gasto.

A cada ciclo menstrual estima-se que em torno de mil óvulos degenerem, e a qualidade dos óvulos também tende a diminuir até a chegada da menopausa, quando a fertilidade da mulher se encerra. Por isso a importância de uma adequada avaliação da reserva ovariana e discutir a possibilidade de preservação da fertilidade nos casos em que não haja previsão de tentar engravidar. Entenda mais sobre a preservação da fertilidade neste texto do nosso site!

Qual a relação do folículo ovariano com a fertilidade feminina?

O estoque de folículos é o que é chamado tecnicamente de reserva ovariana, que será consumido pelo organismo da mulher ao longo de sua vida, até que se chegue ao fim, na menopausa.

Dessa forma, a relação dos folículos ovarianos com a fertilidade feminina é direta, pois a integridade dessas estruturas é fundamental para o processo do sistema reprodutor da mulher, envolvendo a formação e liberação das células reprodutivas femininas (os óvulos). A redução dos folículos ovarianos com o passar do tempo, portanto, significa a redução da reserva ovariana da mulher. Porém, é importante tomar muito cuidado na interpretação do diagnóstico de baixa reserva ovariana, pois ele não significa infertilidade de forma isolada, e não podemos confundir o conceito de redução progressiva do estoque de óvulos da mulher com o diagnóstico da baixa reserva ovariana.

Qual a importância dessas estruturas para a reprodução assistida e gestação?

Os folículos ovarianos assumem um papel muito importante nas técnicas de reprodução assistida, pois fazem parte da etapa inicial, em que são estimulados por meio de medicações. Esta etapa é conhecida como estimulação ovariana.

A estimulação ovariana acontece por meio dos medicamentos hormonais e tem o objetivo de induzir a ovulação ou aumentar o número de óvulos maduros disponíveis no mesmo ciclo. O protocolo de tipo e dose das medicações utilizadas dependerá da técnica de tratamento indicada, podendo ser FIV (fertilização in vitro), namoro programado e IA (inseminação artificial).

Por isso, os tratamentos costumam iniciar na menstruação, para que seja realizada a contagem dos folículos por meio da ultrassonografia transvaginal logo no início do ciclo e, com isso, avaliar o potencial de resposta dos ovários ao tratamento no ciclo em questão.

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Implantação do embrião

A Fertilização in Vitro (FIV) é um dos tratamentos mais assertivos para casais que apresentam dificuldade em engravidar.

Mesmo com muitos avanços na FIV, é preciso levar em conta que o tratamento não é capaz de garantir a gravidez.

A taxa de sucesso no tratamento irá variar de acordo com diversos fatores, pois cada casal possui as suas particularidades, e estes fatores podem significar limitações menores ou maiores às chances de sucesso. Assim também ocorre com a falha na implantação do embrião.

É necessário um aconselhamento individualizado por parte de um médico especialista em reprodução humana, a fim de determinar se há indicação de exames adicionais e quais podem ser benéficos para cada cenário.

Neste artigo, relacionamos algumas das causas mais comuns que podem estar associadas à falha na implantação do embrião, confira abaixo!

O que é considerado como uma falha na implantação?

A falha na implantação ocorre quando por alguma razão o processo de implantação embrionária não foi bem-sucedido.

Sendo um dos grandes desafios na medicina reprodutiva, é preciso uma avaliação detalhada do caso para detectar as possíveis causas da condição, uma questão que envolve diversos fatores.

A falha recorrente da implantação pode ser definida de forma diferente de acordo com a referência de literatura selecionada, visto que alguns artigos classificam pelo número de transferências, número de embriões transferidos, qualidade morfológica ou outros fatores. Na maior parte das referências, é considerada quando há ausência de gestação após duas ou mais transferências embrionárias, geralmente totalizando quatro embriões transferidos, de boa qualidade morfológica.

As falhas na FIV são mais comuns do que parecem, pois o processo reprodutivo humano tem suas limitações, que também se expressam nos tratamentos de reprodução assistida. O entendimento destas limitações tende a facilitar a condução emocional durante a realização da FIV, pois possibilita ao casal entender que não é uma condição exclusiva dele, diminuindo a sensação de culpa e frustração.

No cenário da falha de implantação, realizar a pesquisa de outros fatores que também possam impactar nas chances de sucesso, quando indicado, também é uma ferramenta importante para a programação de uma gravidez bem-sucedida.

Abaixo, citaremos algumas condições para compreendermos melhor o diagnóstico da falha de implantação embrionária.

Fatores embrionários

No diagnóstico da falha de implantação, acredita-se que em torno de 70-80% dos casos estejam relacionados a limitações embrionárias, enquanto os outros 20-30% podem se relacionar a fatores endometriais ou de interação entre embrião e endométrio. Portanto, é importante entendermos melhor os fatores relacionados ao embrião. Para ter sucesso na implantação e, por seguinte na gravidez, o embrião precisa contar com uma carga genética compatível com a continuidade do seu desenvolvimento, expressá-la de maneira adequada e precisa ter o potencial celular necessário para continuidade no processo de divisão celular.

Algumas medidas podem auxiliar a compreender melhor o embrião, como conhecer o estágio de seu desenvolvimento (clivagem ou blastocisto), características morfológicas, disponibilidade de análise genética embrionária, entre outros.

A qualidade do embrião é impactada principalmente pela qualidade do óvulo e do espermatozoide, portanto, fatores como idade materna avançada, alterações severas do espermograma, entre outros, são importantes no aconselhamento das taxas de sucesso e investigações quanto à falha de implantação.

Idade materna avançada

A idade da mulher no momento do tratamento desempenha um papel essencial na qualidade dos óvulos e embriões que serão utilizados no procedimento. A probabilidade de gravidez tende a reduzir com o avanço da idade da mulher, principalmente após os 35 anos. Isso ocorre pois a reserva ovariana da mulher é limitada, e ela utiliza os óvulos que já havia formado durante o período embrionário. Dessa forma, com o passar do tempo, a quantidade e qualidade destes óvulos tende a cair, apresentando queda mais acelerada após os 35 anos.

Além disso, conforme mais avançada a idade da mulher, aumenta também a frequência de aneuploidias – situações em que ocorrem mudanças numéricas nos cromossomos da célula, levando a alterações genéticas.

Conforme ocorre adição ou perda no número de cromossomos, o equilíbrio existente nas células é afetado, em muitos casos não sendo compatível com a vida. Portanto, como a porcentagem de óvulos alterados aumenta com a idade, isto também ocorre com os embriões, e a depender das alterações genéticas na formação dos embriões, alguns cenários são possíveis, desde não evoluir, seja no organismo da mulher ou no laboratório, levando a um teste de gravidez negativo quando transferido ao útero, passando pelo risco de aborto ou nascimento de bebê com alguma síndrome genética.

Fatores masculinos

Além dos fatores femininos, os fatores relacionados aos espermatozoides também devem ser considerados na avaliação das possíveis causas da falha na implantação.

A baixa qualidade e/ou quantidade dos espermatozoides pode indicar necessidade de investigações adicionais no parceiro, como dosagens hormonais e inclusive pesquisa de alterações genéticas. Nos casos em que há detecção de alterações genéticas, é importante o devido aconselhamento quanto ao risco de formação de embriões acometidos por alterações, pois este fator pode se associar a falha de implantação ou abortos de repetição.

A idade do homem também pode influenciar na qualidade do espermatozoide, porém este impacto tende a ser menor em comparação ao impacto da idade na mulher. Como a produção de espermatozoides é um processo contínuo no homem, estas células são constantemente renovadas, diferentemente dos óvulos, que foram produzidos na vida embrionária e são os mesmos a serem utilizados durante todo o período reprodutivo. O passar da idade nos homens, portanto, pode trazer impacto na produção de espermatozoides com relação a motilidade, morfologia, dentre outros fatores, porém este impacto pode ocorrer em graus variáveis.

Fatores uterinos ou tubários

Quando acontece a falha na implantação no tratamento de FIV, além de avaliar os fatores relacionados aos óvulos, espermatozoides, e consequentemente à formação do embrião, pode também haver necessidade de avaliação de fatores uterinos. Vale lembrar que, como mencionamos acima, o principal fator que limita o sucesso do tratamento tende a estar relacionado aos embriões, porém 20-30% dos casos podem ter relação com o endométrio e interações entre embrião e endométrio.

Quando se trata da avaliação de útero e trompas, vários fatores podem ser pesquisados, como doenças ginecológicas (endometriose, adenomiose), alterações tubárias como hidrossalpinge, até exames mais específicos do endométrio, como a histeroscopia. Na literatura científica existe discussão acerca de diversos fatores pesquisáveis relacionados ao endométrio, como pesquisa da janela de implantação, marcadores de endometrite crônica, de alteração da flora endometrial, dentre outros. Ao se considerar a realização destas investigações, é importante discutir com o médico especialista quais as formas disponíveis de avaliação e quais os possíveis benefícios esperados, de acordo com os estudos científicos. Tudo vai depender de cada caso, quais sintomas a paciente apresenta, histórico dos tratamentos anteriores, suspeitas específicas em exames de imagem, ou seja, tudo dependerá de uma avaliação e aconselhamento individualizados, fator de extrema importância na busca pelo sucesso do tratamento.
A importância de adotar um estilo de vida saudável

Sabemos que os hábitos de vida adequados são importantes para todas as áreas relacionadas à saúde, física e mental. Portanto, na fertilidade não seria diferente. Algumas medidas são recomendáveis, como cessar o tabagismo, diminuir o consumo de álcool, manter uma dieta equilibrada e ter como objetivo se manter no peso ideal, buscar estratégias para melhor controle da ansiedade e estresse, entre outros.

O cenário da falha de implantação pode trazer angústia e desânimo, trazendo um desequilíbrio em algumas áreas da vida. Portanto, o acompanhamento de um médico especialista em reprodução humana e de uma equipe devidamente capacitada ajuda a passar por este processo com segurança e transparência, já que sabemos que para engravidar é preciso tranquilidade e paciência. Lembre-se sempre que as chances de sucesso no tratamento são cumulativas, ou seja, conforme o paciente/casal passa por mais tratamentos, as chances cumulativamente são maiores. E o fator mais importante: você não está sozinha(o) neste processo, toda a equipe do tratamento se empenha em conjunto, por um objetivo em comum: alcançar o sonho de aumentar a família!

Quer saber mais sobre fertilização in vitro e fatores relacionados às suas chances de sucesso? Baixe nosso ebook sobre a fertilidade no casal!

embrião

No tratamento de fertilização in vitro (FIV) todas as etapas são muito importantes para o sucesso do tratamento. No entanto, a seleção dos melhores embriões para serem transferidos no útero da paciente é crucial. Nessa fase, os embriões são analisados e classificados, para que o tratamento de Fertilização in vitro ocorra com maior probabilidade de implantação e por seguinte gestação.

Se você quer entender mais sobre o que é a qualidade embrionária, como são analisados os embriões no laboratório e como funciona a classificação, continue a leitura e entenda! 

O que é o laudo de qualidade embrionária? 

Cada clínica de fertilidade adota uma classificação da qualidade dos embriões.

Após a FIV, nós do CEFERP entregamos um relatório com todas as informações sobre os gametas (óvulos e espermatozóides) e embriões.

Consenso de Istambul

O CEFERP adota uma classificação internacional, o Consenso de Istambul, para análise embrionária, que permite com que qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo possa ter como referência o que foi adotado como nomenclatura.

O que é analisado na qualidade embrionária?  

No laudo de qualidade embrionária consta a avaliação morfológica realizada pelo embriologista.

Durante o desenvolvimento embrionário, o terceiro dia é um dos mais importantes para a realização da análise. Nesse dia é avaliada a quantidade de células formadas, como essas células estão (tamanho regular ou irregular) e se há fragmentação (quantidades de fragmentos presentes no embrião resultantes de divisões celulares anormais). Um embrião de boa qualidade deve possuir baixa quantidade de fragmentos.

Nesta classificação, temos dois números. O primeiro número se refere a quantidade de células, normalmente nesse estágio embrionário temos de 8 a 16 células. O segundo número, varia de 1 a 3, sendo 1 é a melhor classificação e 3 é a pior.

Assista abaixo o vídeo com o diretor de laboratórios do CEFERP, Marcelo Rufato que trata mais sobre o tema:

Classificação dos blastocistos

Outro momento muito importante do desenvolvimento embrionário é o quinto dia de cultivo, quando o embrião atinge o estágio de blastocisto, que é o último estágio de desenvolvimento embrionário antes da transferência para o útero ou congelamento. 

Leia mais: Entenda como funcionam as etapas de desenvolvimento do embrião 

Nessa observação é visualizado como estão dispostas as células, a quantidade e se elas possuem uma boa adesão. 

A classificação do blastocisto compreende três números. O primeiro número refere-se ao estágio embrionário, variando de 1 a 5, sendo 1 o blastocisto inicial e 5 um blastocisto já eclodido.

O segundo número refere-se ao trofectoderma, ou seja, as células que dão origem à placenta e o terceiro número refere-se às células que dão origem  à massa celular interna, o próprio embrião. Nos dois casos, o número varia de 1 a 3, sendo 1 é a melhor classificação e 3 é a pior.

Leia mais: 9 dúvidas sobre análise genética dos embriões 

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Beta HCG

Um dos momentos mais aguardados pelas tentantes é o resultado positivo do beta HCG!

Sintomas sugestivos de gravidez, como atraso da menstruação, cólica abdominal, mamas sensíveis e aumentadas, náuseas e enjoos, após relação sexual sem proteção, podem ser indícios de gestação e com isso a mulher deve realizar o exame para confirmar a suspeita.

Mas afinal, o que é o beta HCG? Como é realizado o exame? O resultado é seguro? Neste artigo responderemos essas e outras dúvidas a respeito.

O que é HCG?

O HCG trata-se do hormônio denominado Gonadotrofina Coriônica Humana. Na gestação, ele é produzido pelas células do embrião após o processo de nidação, ou seja, da implantação do embrião no útero materno.

A molécula do HCG possui mais de uma subdivisão, chamada de subunidade. A subunidade importante para o diagnóstico da gestação é a fração beta, daí a denominação do exame de beta HCG. Esta informação é importante pois caso haja avaliação apenas do HCG, de forma genérica, ele não é o exame específico para avaliação da gestação e pode inclusive ser considerado como marcador de câncer, até mesmo nos homens.

Na gestação, a função do beta HCG é manter o corpo lúteo e consequentemente, manter a produção de progesterona, hormônio essencial para a implantação embrionária e manutenção da gravidez. Entenda mais sobre este assunto no próximo tópico!

HCG durante a gestação

Durante uma gestação, o sistema endócrino age de forma muito importante, produzindo diversos hormônios, regulando várias funções essenciais para o desenvolvimento seguro da gravidez.

Na gestação, o HCG é sintetizado por uma estrutura do embrião denominada trofoblasto, a camada externa de células do embrião, que dá origem à placenta e anexos da gravidez. Sua principal função é a devida implantação e manutenção da gestação.

Durante os três primeiros meses de gestação o nível de beta HCG aumenta progressivamente. Portanto, logo nos primeiros dias de atraso menstrual, quando já se iniciou o processo de implantação e produção de beta HCG, espera-se que seja possível detectá-lo através de amostra de sangue ou urina. Porém, sempre tome cuidado ao interpretar o resultado de qualquer exame, pois a sensibilidade de detecção da molécula procurada pode ser maior ou menor dependendo do método do exame realizado, podendo ser recomendável repetir a avaliação em alguns dias. Importante enfatizar também que outros sintomas podem levar a maior ou menor suspeita de gravidez, auxiliando na interpretação dos resultados obtidos.

Beta HCG quantitativo

Existem duas maneiras de medir a presença da Gonadotrofina Coriônica Humana. A quantitativa e a qualitativa.

O exame de beta HCG quantitativo é realizado visando a detectar não apenas a presença ou ausência deste hormônio, mas também os níveis do beta HCG presentes no sangue. Essa medida pode ser importante para auxiliar na avaliação da evolução da gestação e compatibilidade com a idade gestacional esperada. Porém, é importante ressaltar que os valores não devem ser interpretados de forma isolada, visto que a capacidade de detecção da molécula do beta HCG e a forma de laudar o resultado podem variar de acordo com cada laboratório. A unidade comumente utilizada para informar a concentração de beta HCG no sangue é mUI/ml.

O resultado do exame de beta HCG quantitativo também pode auxiliar no acompanhamento de algumas alterações da gestação, como gravidez química, gravidez ectópica e aborto, visto que nestes casos o exame pode ser seriado (acompanhado) para auxiliar a compreender a evolução do quadro.

Beta HCG qualitativo

Outra maneira de avaliar a presença do HCG é por meio do beta HCG qualitativo, que geralmente é mais rápido e simples. Um exemplo de avaliação qualitativa são os testes de farmácia, que indicam o resultado como positivo ou negativo.

O teste de farmácia atualmente se apresenta de diversas formas. O mais comum é aquele realizado com uma espécie de caneta ou fita, que deve ser inserida em um pequeno frasco com urina. Após alguns minutos é possível realizar a leitura, o dispositivo indicará se há ou não gravidez conforme o manual que o acompanha.

Os testes de gravidez de farmácia possuem grandes chances de acerto e podem ser realizados já no primeiro dia de atraso menstrual. Não é recomendado que seja realizado antes por risco de resultado falso negativo. É importante lembrar que para ser detectado o beta HCG na urina, é necessária concentração alta o suficiente deste hormônio para ser excretada na urina e percebida na avaliação do teste!

Se você quiser entender mais sobre os testes de farmácia, leia mais em: Teste de gravidez de farmácia é confiável? Entenda aqui!

O exame beta HCG qualitativo também pode ser realizado em laboratório pela coleta de sangue, e geralmente, por ter uma metodologia um pouco mais simples, o laboratório libera o resultado em menor tempo em comparação ao quantitativo.

Mesmo após realizar o teste qualitativo, pode ser recomendado confirmar o diagnóstico (negativo ou positivo) por meio de uma dosagem quantitativa de beta HCG sanguínea. Isso porque, o resultado permite ter mais informações sobre o estado inicial da gravidez, e possibilita um comparativo futuro caso sejam necessárias novas dosagens.

O que é preciso fazer antes do exame?

Tanto para o exame de beta HCG qualitativo quanto para o quantitativo não costuma ser necessário preparo adicional ou jejum.

Em testes de farmácia, é importante prestar atenção em algumas questões:

  • verificar o prazo de validade do teste;
  • seguir as instruções de uso;
  • utilizar de preferência a primeira urina do dia;
  • não beber líquido demais antes do teste, pois pode diluir os níveis de HCG na urina;
  • utilizar um cronômetro para marcar o tempo correto de espera.

Em qual momento devo fazer o beta HCG?

O beta HCG sanguíneo é bastante sensível e pode detectar uma gestação de forma bem precoce.

Já nos testes de farmácia, é indicado realizar pelo menos após o diagnóstico de atraso da menstruação, e não antes do mesmo. Para garantir maior confiabilidade no resultado, é recomendado sempre receber orientação profissional e informar outros possíveis sintomas e dados que possam auxiliar na suspeita de gestação.

Qual a relação do HCG com os procedimentos de reprodução humana?

Nos procedimentos de reprodução assistida, o HCG pode ser administrado em ciclos de estimulação ovariana durante a FIV (Fertilização In Vitro) ou IA (Inseminação artificial). Nestes casos, o uso deste hormônio tem a finalidade de desencadear o processo da ovulação. Portanto, ao realizar tratamento de reprodução humana, é importante seguir as datas orientadas para realização do beta HCG, visto que caso seja realizado de forma muito antecipada, a própria substância administrada pode ser detectada na urina e levar a um resultado falso positivo. Sabemos que durante o tratamento as emoções encontram-se muito afloradas, portanto, evitar este possível desconforto se torna importante para tornar a jornada um pouco mais leve!

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