Por que congelar embriões?

Por que congelar embriões?

Por que congelar embriões?

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Congelar embriões é algo que tem se tornado bastante comum. Dados do relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões – SisEmbrio, da Anvisa, mostram que entre 2018 e 2019, houve um aumento de 11,6% no número de embriões congelados no Brasil.

Isso ocorre devido a diversos fatores. Um dos principais é o excedente de embriões gerados nos tratamentos de fertilização in vitro. A preservação da fertilidade também tem feito com que casais, e mulheres interessadas em uma produção independente, recorram ao procedimento de congelamento.

Em 2020, devido à pandemia pelo coronavírus, a expectativa dos profissionais da área de reprodução humana é de que a porcentagem de embriões congelados salte consideravelmente, afinal, muitas pacientes precisaram ou até mesmo optaram por esperar por fazer a transferência em um momento futuro.

Para te ajudar a entender melhor por que congelar embriões pode ser uma alternativa para o seu caso, preparamos este artigo completo, com várias informações. Continue a leitura!

Quando congelar embriões é indicado?

Confira os principais casos em que há a indicação para congelar embriões:

  • Preservação da fertilidade

Casais em que um dos cônjuges passará por tratamento médico, como a quimioterapia, alguma cirurgia que possa influenciar na capacidade reprodutiva (ovários, próstata, dentre outros) podem optar pelo congelamento de embriões para a preservação da fertilidade. Esta pode ser uma alternativa ao congelamento de óvulos ou espermatozoides, separadamente.

Esta também é uma opção para casais que desejam ter filhos apenas no futuro, mas já se preocupam com os riscos de redução da fertilidade secundária à idade. Mulheres com a mesma preocupação, mas que preferem optar por uma produção independente, podem fazer o congelamento de embriões com sêmen de doador.

  • Produção excedente de embriões

Quando o casal produz mais embriões do que o permitido por transferência durante a FIV, é necessário fazer a criopreservação dos embriões excedentes para futuro uso, caso tentem nova gravidez por meio de reprodução assistida, ou se o tratamento não resultar em gravidez e novas tentativas sejam necessárias. A possibilidade de criopreservação dos embriões excedentes trouxe grandes vantagens no tratamento de fertilização in vitro, na tentativa de otimizar a estimulação ovariana para a produção de mais embriões, e consequentemente, poder buscar maiores taxas cumulativas de sucesso com as sucessivas transferências. Ou seja, o objetivo é que a mulher precise passar pelo mínimo possível de estimulações para obter os embriões necessários para atingir a gestação.

É importante ressaltar que quando ocorre a formação de embriões excedentes à transferência, o congelamento de embriões é obrigatório, e estes só poderão ser descartados após 3 anos, conforme resolução ética do Conselho Federal de Medicina (confira abaixo mais informações sobre a regulamentação). Portanto, nos casos em que o paciente não deseje o congelamento de embriões excedentes, é fundamental que esta informação seja fornecida antes do início do tratamento, para que se busque formação de menor número de embriões.

  • Em casos de síndrome de hiperestímulo ovariano (SHO)

Algumas mulheres podem apresentar uma reposta exagerada à estimulação ovariana controlada durante o processo da FIV. Além de poder ter o benefício de fornecer um número grande de óvulos, a SHO pode trazer sintomas como desconforto abdominal, náuseas e vômitos, além de acúmulo de líquido na pelve e aumento dos ovários.

Para estes casos o congelamento de embriões se faz necessário, pois evita a produção endógena (interna) de hCG durante a gravidez, o que agravaria o quadro de SHO.

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  • Pandemia pelo coronavírus

Os tratamentos de reprodução assistida sofreram algumas modificações durante a pandemia pelo coronavírus, pois muitos casais e pacientes precisaram aguardar para realizar o tratamento, ou mesmo a transferência embrionária. Porém, alguns casos, considerados “tempo-sensíveis”, ou seja, casos em que aguardar poderia ser mais prejudicial às chances de sucesso, puderam prosseguir.

Alguns casais têm optado por não realizarem a transferência dos embriões durante a pandemia do Covid-19, uma vez que gestantes e puérperas configuram grupo de risco da doença. Neste contexto, congelar os embriões pode ser a solução ideal, afinal, uma vez formados os embriões, eles podem ser congelados por tempo indeterminado, mantendo sua qualidade, dando autonomia e segurança para os casais aguardarem a transferência em momento oportuno, sem a preocupação de possíveis efeitos deletérios em adiar o tratamento.

Como é feito o congelamento de embriões?

O procedimento de congelamento de embriões é conhecido pelos especialistas em reprodução humana assistida como vitrificação. É uma técnica de criopreservação que se difere pela rapidez com que consegue atingir baixas temperaturas (aproximadamente -196 °C).

A rapidez para atingir esta temperatura impedirá a formação de cristais de gelo no interior dos embriões, o que preservará a qualidade, proporcionando um estado vítreo, minimizando os danos às células.

Quais as chances de engravidar usando embriões que foram congelados?

As chances de engravidar após uma transferência feita com embriões congelados são semelhantes às de uma transferência com embriões frescos. Não há razão para se preocupar. Outros fatores são mais importantes na definição das chances de sucesso, principalmente a idade da mulher que forneceu os óvulos para a formação dos embriões.

Apesar de serem mais resistentes ao processo de congelamento/descongelamento, quando comparados ao congelamento isolado de óvulos e espermatozoides (já que são estruturas celulares mais complexas e de desenvolvimento mais avançado), alguns embriões podem não sobreviver ao descongelamento e se tornam inviáveis para a transferência. Porém, este risco é pequeno, e se torna menor, quanto melhor era o embrião no momento do congelamento.

Embriões excedentes: entenda a regulamentação

Além de mantidos congelados para futuro uso em novas tentativas de gravidez, os embriões excedentes dos ciclos de fertilização in vitro podem ser doados para a realização de pesquisas científicas. A Lei da Biossegurança estabelece que é permitido utilizar células-tronco embrionárias obtidas a partir da fertilização in vitro para fins de pesquisa e terapia.

A doação de embriões também pode ser feita para casais com problemas de fertilidade, ou pacientes que desejem uma produção independente. De acordo com normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a doação não pode ter caráter comercial e os doadores não podem saber a identidade dos receptores e vice-versa.

Outra possibilidade para os embriões excedentes é o descarte. O CFM também estabelece que os embriões congelados devem permanecer nessa condição por, pelo menos, três anos, antes de serem descartados.

Ficou com alguma dúvida sobre congelamento de embriões? É só entrar em contato conosco que estaremos à disposição para te auxiliar e entender mais sobre o assunto!

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