Cisto ovariano: saiba quais as causas e tratamentos

Cisto ovariano: saiba quais as causas e tratamentos

Cisto ovariano: saiba quais as causas e tratamentos

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O termo cisto no ovário pode se tratar de diversos achados, não necessariamente com caráter patológico. Portanto, ao receber este diagnóstico, é importante não se desesperar, pois ele pode, inclusive, se tratar de algo rotineiro do ciclo menstrual, em mulheres de diversas idades.

Existem vários tipos de cistos, sendo alguns dos mais comuns os cistos foliculares e de corpo lúteo. Ter um cisto ovariano na maioria das vezes não é um problema grave de saúde, podendo ocorrer em diferentes fases da vida.

Se você quer entender mais sobre o que são os cistos ovarianos, quais as causas mais comuns e se há alguma relação com a infertilidade, siga a leitura!

O que são cistos ovarianos?

Os achados no ovário que tenham característica cística (geralmente estruturas arredondadas, com conteúdo em seu interior), podem receber o nome de cistos na descrição do ultrassom. Portanto, podemos compreender que esta nomenclatura é inespecífica e pode significar condições diversas para a saúde feminina. A depender da causa do cisto, seu tamanho, dentre outros fatores, os sintomas podem variar. Muitas vezes, eles podem ser assintomáticos e vistos apenas aos exames de imagem. Em outros casos, podem estar acompanhados de desconforto abdominal, dores, irregularidade menstrual, dentre outros sintomas.

A melhor forma de diagnosticar a condição, entender quais as possíveis implicações do diagnóstico e os possíveis tratamentos, é consultando um ginecologista. Através da sua história clínica, conhecimento do seu ciclo menstrual, seus sintomas, associado a avaliação por meio de exames de imagem, o profissional pode identificar a presença ou não do cisto e indicar o tratamento mais adequado.

Tipos de cistos ovarianos e por que ocorrem

Alguns dos cistos mais comuns são os cistos de corpo lúteo e cisto folicular, como mencionado anteriormente. Ambos fazem parte do processo normal da fisiologia do ciclo menstrual e não costumam provocar sintomas, além de geralmente desaparecerem naturalmente.

O cisto folicular, como o próprio nome diz, refere-se ao folículo que cresceu em maiores proporções, e normalmente recebe este nome quando sua medida é maior que 3cm. Durante o ciclo menstrual, ocorre o crescimento do folículo ovariano para preparar o óvulo em seu interior até a ovulação, e quando este folículo cresce mais que o habitual, recebe o nome de cisto folicular. Este é um dos exemplos de achados não graves que podem ser vistos ao ultrassom, quando mencionado o diagnóstico de cisto.

O cisto de corpo lúteo, por sua vez, é o nome que se dá à estrutura do folículo que rompeu para a ovulação. Caso não ocorra a gravidez, ele tende a regredir e desaparecer em torno de duas semanas. Quando durante este processo de ovulação a ruptura do folículo ocorre juntamente com algum vaso sanguíneo, o corpo lúteo pode ser preenchido por sangue, e receber o nome de corpo lúteo hemorrágico ou cisto hemorrágico. Se quiser entender mais sobre o corpo lúteo, temos texto aqui no blog.

Outros tipos de cistos também podem ser encontrados nos ovários, como:

  • cisto dermoide ou teratoma;
  • fibroma ovariano;
  • cistoadenoma;
  • endometrioma, dentre outros.

Como é feito o diagnóstico?

Como existem diversas causas possíveis para o surgimento de cisto nos ovários, é importante que a análise seja feita por um médico especialista, como o ginecologista.

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Para o diagnóstico correto, é fundamental uma avaliação individual do caso, dos possíveis sintomas apresentados, antecedentes ginecológicos, exame físico, dentre outras investigações. Outro ponto fundamental é a realização de um bom exame de imagem, que geralmente é a ultrassonografia, porém que pode apresentar necessidade de complementação com outros exames, como a ressonância magnética, por exemplo. Em alguns casos, podem também ser solicitados exames denominados marcadores, como o Ca 125 e o CEA; eles podem auxiliar na análise das possíveis hipóteses diagnósticas.

É importante analisar detalhadamente o ciclo menstrual da mulher, observar se há sinais de irregularidade ou até mesmo atraso menstrual. Caso haja suspeita de gestação, pode também ser solicitado exame de Beta HCG para afastar que a imagem visualizada nos ovários possa corresponder também a gestação ectópica.

Os cistos no ovário podem causar infertilidade?

O cisto ovariano não é causa direta de infertilidade. No entanto, ele pode ser um sinal de algum distúrbio ginecológico que possa interferir no potencial reprodutivo; seja na reserva ovariana da mulher (como a presença de um endometrioma de grande volume no ovário) ou na regularidade da menstruação (como o achado ultrassonográfico sugestivo de ovários policísticos), por exemplo. Desta forma, caso a mulher enfrente dificuldades para engravidar é recomendável que faça a devida investigação para encontrar a melhor proposta de tratamento.

Em grande parte das vezes, o tratamento consiste em realizar um acompanhamento com um ginecologista para observar a evolução do cisto ao longo do tempo, visto que a depender da causa do cisto, a chance de regressão espontânea é alta.

Em alguns casos em que o cisto no ovário é muito grande e/ou causa sintomas, pode ser recomendada uma cirurgia para a sua retirada. Ela pode ser indicada também nos casos de achados suspeitos para malignidade à ultrassonografia ou outro exame de imagem, ou quando ocorre crescimento rápido da lesão.

Existe diferença entre cisto ovariano e a síndrome dos ovários policísticos (SOP)?

Sim! Estes dois termos são totalmente independentes. Ou seja, não é todo diagnóstico de cisto ovariano que sinaliza a síndrome dos ovários policísticos, assim como na síndrome dos ovários policísticos não é obrigatória a constatação de cisto ovariano ao ultrassom. O achado de cisto ovariano geralmente se refere a uma ou mais imagens isoladas encontradas nos ovários, de tamanhos variáveis, enquanto os “cistos” visualizados no diagnóstico da SOP são na verdade múltiplos folículos ovarianos (estruturas de até 10mm).

O diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos (SOP), inclusive, não deve ser dado apenas baseando-se no achado ultrassonográfico. Para definição de SOP, deve-se avaliar também a regularidade dos ciclos menstruais e presença de outras alterações, como oleosidade da pele, aumento da pilificação, ou aumento dos níveis de hormônios masculinos (androgênios).

Portanto, na SOP, outras manifestações podem também estar presentes, como: aumento de peso, hipertensão arterial, resistência à insulina, problemas de fertilidade, entre outros. Em nosso podcast, Papo de Tentante, temos um episódio só sobre SOP onde é possível entender mais sobre o diagnóstico desta doença e suas possíveis repercussões.

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Dra. Camilla Vidal

Médica ginecologista com especialização em Reprodução Humana na HCFMRP – USP. CRM-SP 164.436
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