Trompas: a sua importância para a gestação

Trompas: a sua importância para a gestação

Trompas: a sua importância para a gestação

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As tubas uterinas, também conhecidas como trompas de falópio, são dois tubos que se localizam um de cada lado do útero e desempenham papel muito importante no aparelho reprodutor feminino.

As trompas são responsáveis por transportar o óvulo, desde o ovário, além de também ser onde ocorre o encontro do espermatozoide com o óvulo.

Leia o artigo completo e entenda o que são as trompas uterinas, qual a sua importância para a gestação e quais exames determinam sua permeabilidade.

Como é o funcionamento das trompas?

As trompas são como um tubo e desempenham função importante no sistema reprodutor feminino.

Neste canal acontecem quatro eventos importantes no processo de fecundação:

  • A captura do óvulo liberado pelo ovário durante o processo de ovulação;
  • O transporte do espermatozoide até o óvulo;
  • O processo de fertilização – encontro e fusão espermatozoide e óvulo;
  • O transporte do embrião formado até o útero onde ele se fixará – também conhecido como processo de nidação ou implantação.

Qual a importância das trompas para a gestação?

Como visto acima, as trompas são importantíssimas para que se obtenha a gravidez, seja de forma natural ou em tratamentos como a inseminação e o coito programado.

Algumas das causas ligadas à infertilidade feminina podem estar relacionadas aos fatores uterinos ou tubários.

O fator tubário ou tubo-peritoneal está relacionado com algumas das causas da infertilidade feminina, pois as alterações decorrentes da dificuldade de captação do óvulo e no transporte intra-tubário podem comprometer a fase de fertilização, o desenvolvimento e o transporte do embrião.

Algumas das causas mais frequentes de lesões nas tubas estão relacionadas a processos inflamatórios (salpingites) decorrentes de infecções pélvicas por agentes como Chlamydia, Mycoplasma, Gonococos, entre outros.

Dentre as causas não infecciosas, uma das mais comuns é por endometriose – presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. As lesões menos comuns podem estar relacionadas a pacientes que foram submetidas à laqueadura tubária, cirurgias anexiais ou pélvicas.

Logo, é de grande importância realizar a avaliação das tubas uterinas e assim identificar possíveis obstruções ou lesões que possam comprometer a mobilização e captação do óvulo.

Quais exames analisam a permeabilidade das trompas?

Existem duas maneiras de se detectar a permeabilidade das trompas, com exames importantes na investigação de quadros de infertilidade.

Uma delas é a histerossalpingografia (HSG), que trata-se de uma radiografia que avalia o colo do útero, ovários e as trompas. A HSG identificará casos de aderência, dilatações ou obstruções nas trompas. Por meio deste exame será possível analisar também o canal cervical, a cavidade e a permeabilidade uterina.

Já a histerossonossalpingografia é um exame de ultrassom que permite a visualização do útero e a identificação de possíveis lesões como miomas, endometriose, pólipo, também sendo possível analisar se as trompas estão obstruídas ou não, em casos de infertilidade.

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Por meio da realização desses exames é possível o médico indicar o tratamento mais adequado para a paciente.

Gravidez ectópica pode comprometer as trompas?

A gravidez ectópica ocorre quando há a implantação do embrião em um local anormal fora do útero. A maioria dos casos costuma ocorrer em uma das trompas na forma de gravidez tubária, mas também pode ocorrer em outros locais, como ovário, colo do útero e abdômen.

No processo natural, o óvulo é fertilizado nas trompas e se implanta no útero. Porém, caso a trompa esteja estreitada ou bloqueada, há a possibilidade de que o óvulo fertilizado não chegue ao útero, se implantando em tecidos fora do órgão, o que resultará numa gravidez ectópica.

Na gravidez ectópica o embrião não consegue se desenvolver, pois os tecidos fora do útero não podem proporcionar o fornecimento de sangue e suporte necessário para seu desenvolvimento.

Uma gravidez ectópica deve ser terminada assim que possível, pois muitas vezes ocorre o rompimento da estrutura que contém a gravidez, podendo gerar sérios riscos à saúde.

Atualmente, a cirurgia é a escolha para cerca de 60% dos casos para a remoção do embrião mal implantado. Nem sempre é possível reparar a trompa, que pode ser removida dependendo da situação.

No entanto, mesmo com a retirada de uma das trompas ainda há a possibilidade da mulher engravidar posteriormente caso a trompa do outro lado esteja saudável.

Caso não seja possível, o tratamento de fertilização in vitro é recomendado, pois o embrião será formado em laboratório e após implantado no útero. Neste caso é recomendado que a paciente procure um especialista em reprodução humana para que seja avaliada de forma individual.

Mulheres com laqueadura podem engravidar novamente?

A laqueadura é um procedimento realizado cirurgicamente para bloquear as trompas uterinas, ou seja, uma obstrução de modo voluntário e intencional, agindo como um método contraceptivo definitivo.

A reversão da laqueadura é possível, mas é importante destacar que as taxas de sucesso aumentam significativamente quando realizadas em clínicas que possuem a tecnologia necessária e com profissionais qualificados para realizar o procedimento.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, pois é importante que parte da tuba responsável por captar o óvulo esteja em bom estado. Alguns fatores que influenciam nas chances da mulher engravidar após reverter a laqueadura, estão:

  • idade da mulher;
  • reserva ovariana;
  • qualidade do sêmen do parceiro;
  • sucesso da técnica para reversão da laqueadura;

Logo, para mulheres que pretendem engravidar após uma cirurgia de esterilização, ou se identificaram algum dano nas trompas, é necessário consultar um especialista de reprodução humana, que é o profissional mais indicado para recomendar o tratamento ideal.

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Dra. Rebecca Pontelo

Médica Ginecologista - CRM 123.481 Curso Superior de medicina na Universidade Federal do Espírito Santo - 1999 a 2005 Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na FMRP-USP - 2006 a 2009 Especialização em Reprodução Humana pela FMRP-USP - 2009 a 2010 Tìtulo de especialista em Ginecologia Obstetrícia pela Febrasgo em 2009
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