O que os futuros papais precisam saber sobre infertilidade?

O que os futuros papais precisam saber sobre infertilidade?

O que os futuros papais precisam saber sobre infertilidade?

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Enfrentar dificuldade para engravidar é uma situação mais comum do que parece. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada seis casais, um tem ou terá problemas com fertilidade. 

Estudos mostram que geralmente 30-35% das causas da infertilidade estão ligadas a fatores femininos e 30-35% a fatores masculinos. Além disso, cerca de 20% das causas da infertilidade podem ser de causas combinadas do casal. E ainda, 10% dos casos não é possível identificar o fator causador da infertilidade (esterilidade sem causa aparente).

Por isso, embora a infertilidade masculina ainda seja um assunto que gera muitas dúvidas e seja envolvido de preconceitos e tabu, é preciso que seja discutido para desmitificar o assunto a auxiliar no enfrentamento da doença. Vale lembrar que infertilidade e potência sexual são cenários que podem fazer parte da mesma doenças, mas ter dificuldade para gerar um bebê espontaneamente não reduz a sexualidade e/ou masculinidade. 

Quer entender mais sobre os aspectos gerais da infertilidade masculina e como funciona o tratamento? Então siga a leitura! 

Como é realizado o diagnóstico?

Casais com relações sexuais regulares (1-2 vezes/semana) que não conseguem engravidar tem o diagnóstico de infertilidade. Este tempo de espera deve ser de seis meses no caso de mulheres com 35 anos ou mais ou na presença de doenças que reduzam a fertilidade (endometriose, síndrome dos ovários policísticos, obstrução tubária unilateral, etc); a investigação deve ser imediata quando a mulher atinge 40 anos. As principais causas de infertilidade masculina são:

  • Idiopático (sem uma causa conhecida)
  • Varicocele (é a causa mais frequentemente diagnosticável)
  • Infecção
  • Endócrino
  • Iatrogênico (medicamentos, anabolizantes, etc)
  • Neoplasia (Câncer) e seu tratamento (quimioterapia, radioterapia)
  • Cirurgia – vasectomia
  • Genética (Síndrome de Klinefelter, Kallmannn)
  • Trauma
  • Hábitos inadequados (fumo, sedentarismo)

O diagnóstico é realizado pela história clínica e a realização do espermograma. Neste exame, a variável mais importante é a quantidade de espermatozoides móveis, pois são estas células que têm melhor potencial reprodutivo. 

Estudo genético (cariótipo), ultrassonografia dos testículos, biópsia testicular, dosagem de hormônios, fragmentação do DNA também representam exames que podem ser solicitados na investigação dos problemas na fertilidade masculina. 

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E a azoospermia?

Azoospermia é o termo para se referir à ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Para a obtenção da gestação, obrigatoriamente, o casal necessitará recorrer à injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Há dois tipos de azoospermia: 

  • Obstrutiva (os espermatozoides são produzidos normalmente nos testículos, mas não exteriorizam na ejaculação porque há obstrução nos condutos, impedindo a sua saída. É o caso de homens que foram submetidos a vasectomia, por exemplo); 
  • Não obstrutiva (há redução ou ausência na produção dos espermatozoides devido a alterações hormonais, fatores genéticos, criptorquidia (localização do testículo fora da bolsa escrotal), entre outros fatores). 

Dependendo do tipo de azoospermia, pode-se obter espermatozoides do testículo (órgão produtor dos espermatozoides) ou do epidídimo (órgão que armazena espermatozoides). Além disso, pode ser necessário fazer o estudo genético para verificar se o problema pode ser hereditário, inclusive com risco de transmissão para os filhos. 

As técnicas para a obtenção de espermatozoides são procedimentos ambulatoriais realizados sob sedação. Previamente ao procedimento, o médico indicará qual a técnica mais adequada para cada caso. Em alguns casos, será necessário realizar a PESA, TESA e TESE sequencialmente se em cada procedimento não for possível recuperar espermatozoides. 

A seguir será apresentado um resumo sobre outros procedimentos:

  • PESA: neste caso, o epidídimo será puncionado com uma seringa e uma agulha fina. O material será examinado no laboratório.
  • TESA: é realizada a aspiração do testículo com seringa e agulha fina. A amostra será avaliada no laboratório. 
  • TESE: realiza-se a retirada de fragmento testicular para análise no laboratório. 
  • Micro-TESE: é um procedimento cirúrgico aberto, ou seja, é realizada uma incisão no escroto. Para isto, é necessária internação (hospital-dia) com anestesia do tipo bloqueio (raqui ou peridural) ou anestesia geral.

Além da obtenção cirúrgica de espermatozoides, existem outros tratamentos?

O tratamento para a infertilidade masculina dependerá da causa do problema. Por exemplo, se detectada a varicocele, existe tratamento cirúrgico para a correção. O uso de hormônios pode ser uma estratégia no caso da síndrome de Kallmann.

O uso de vitaminas e hormônios apresenta resultados discutíveis e ainda não há consenso sobre o uso nos casos de infertilidade masculina. É importante consultar um especialista para uma avaliação personalizada. 

Se você possui dúvidas a respeito da infertilidade masculina e deseja realizar uma avaliação detalhada, entre em contato conosco. O CEFERP é uma clínica de fertilização completa, contamos com uma equipe qualificada e preparada para atender você!

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Prof. Dr. Anderson Sanches de Melo

Médico especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da HC FMRP-USP. CRM-SP 104.975
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