Também conhecido como o hormônio da produção do leite humano, a prolactina é um hormônio naturalmente sintetizado pelo corpo humano, secretado pela glândula hipófise.
A prolactina tem a função de estimular o crescimento e o desenvolvimento das glândulas mamárias durante a gravidez, assim como a produção do leite materno.
Mas você sabia que caso ocorra uma disfunção na produção desse hormônio a fertilidade pode ser comprometida? Continue a leitura do artigo e entenda qual a relação da prolactina alterada e a fertilidade!
O que é a disfunção da prolactina no organismo?
Também conhecida como hiperprolactinemia, a produção elevada do hormônio da prolactina fora do ciclo gravídico-puerperal é encontrada em aproximadamente 0,5% da população geral e em aproximadamente 15 a 20% de mulheres que apresentam infertilidade.
A prolactina alterada no organismo pode comprometer tanto a fertilidade feminina como masculina, visto que este hormônio também é encontrado no organismo de homens em idade adulta e fértil.
As causas da prolactina alterada no organismo são:
- Estresse
- Atividade física
- Alteração do padrão do sono
- Tumores na glândula da hipófise
- Hipotireoidismo
- Insuficiência renal e hepática
- Síndrome dos ovários policísticos
- Queimadura da parede torácica
- Uso de medicamentos: metroclopramida, metildopa, domperidona, alguns antidepressivos e antipsicóticos
Qual os sintomas da prolactina alterada?
Os sintomas da prolactina elevada podem variar conforme cada caso, em mulheres muitas vezes a hiperprolactinemia pode apresentar-se assintomática ou alguns sintomas mais evidentes, como:
- Produção de leite sem gestação;
- Falta de libido;
- Infertilidade;
- Menstruação irregular ou ausência de menstruação;
- Aborto espontâneo;
- Dor de cabeça;
- Alterações visuais.
Qual a relação da alteração da prolactina e a fertilidade?
A prolactina é um importante hormônio regulador sexual. Caso esteja alterada, pode causar infertilidade, pois promove alterações na produção dos hormônios FSH (folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), hormônios responsáveis pela estimulação das gônadas – testículos e ovários. Como a prolactina inibe a secreção desses hormônios que são reponsáveis por estimular o crescimento dos folículos, a hiperprolactinemia pode desencadear ausência de ovulação, mesntruação irregular e infertilidade.
Como é feito o diagnóstico da hiperprolactinemia?
Para detectar alterações na prolactina tanto no homem como na mulher é preciso realizar a dosagem da prolactina no sangue.
Os valores de referência da prolactina podem variar conforme o método de análise. De um modo geral, valores considerados normais são até 20 ng/mL em homens e 30 ng/mL em mulheres não grávidas. Valores abaixo de 25 ng/mL costumam excluir a hiperprolactinemia.
Como funciona o tratamento?
O tratamento depende da causa da hiperprolactinemia. Na maior parte dos casos, o tratamento é realizado por medicamentos que normalizam os níveis de prolactina. Em alguns casos há a necessidade de fazer cirurgia ou radioterapia. Em outras situações é importante atuar na causa como, por exemplo, a hipotireoidismo. A suspensão/troca do medicamento associado ao aumento da prolactina pode conduzir a melhora do quadro.
Ao perceber algum desses sintomas, principalmente a infertilidade, é essencial que o casal que deseja engravidar procure auxílio médico para que o tratamento seja realizado com antecedência.
Gravidez e prolactina alterada
A prolactina alta é bastante comum na gravidez e na amamentação, sendo considerada normal sem a necessidade de tratamento.
Após o parto a prolactina é liberada pela hipófise como um sinal para a amamentação. A prolactina nesse período pode aumentar até 20 vezes em relação ao seu nível normal.
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Tags:fertilidade, prolactina alterada, prolactina alterada e fertilidade