Criptorquidia: A relação entre testículos não descidos e a dificuldade em ter filhos

Criptorquidia: A relação entre testículos não descidos e a dificuldade em ter filhos

Criptorquidia: A relação entre testículos não descidos e a dificuldade em ter filhos

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Você já ouviu falar sobre criptorquidia? Trata-se de uma condição que afeta os meninos recém-nascidos, em que um ou ambos os testículos não descem para o lugar correto, ou seja, a bolsa escrotal. Essa situação aparentemente simples pode ter consequências importantes quando pensamos na fertilidade masculina. Neste artigo, vamos falar sobre a relação entre criptorquidia e a possível dificuldade em ter filhos.

 

O que é criptorquidia?

A criptorquidia é uma condição em que os testículos não fazem a descida normal para o escroto até o final do desenvolvimento do bebê. Durante a gestação, os testículos se formam na barriga do feto e, ao longo do tempo, eles deveriam migrar para o escroto, uma espécie de bolsa localizada abaixo do pênis. No entanto, em alguns casos, essa migração não acontece corretamente, e os testículos ficam retidos no abdômen ou no canal inguinal.

 

Como a criptorquidia afeta a fertilidade?

A relação entre criptorquidia e fertilidade é bem estabelecida. Os testículos têm um papel fundamental na reprodução masculina, pois são responsáveis por produzir os espermatozoides, as células que podem fertilizar o óvulo feminino. Quando os testículos ficam posicionados em local inapropriado, eles são expostos a fatores ambientais diferentes do ideal, principalmente quanto à temperatura, e isso pode impactar diretamente na produção de espermatozoides.

A temperatura na região abdominal é mais alta do que na região escrotal, e isso é um fator que pode impactar na formação dos espermatozoides em graus variáveis, desde uma redução na produção até, em casos mais severos, não serem encontrados espermatozoides no espermograma. Acredita-se que o calor excessivo, entre outros fatores, cause danos às células responsáveis por produzir os espermatozoides, o que afeta a quantidade, qualidade e capacidade de se moverem corretamente.

 

Além disso, é importante destacar que a criptorquidia não tratada pode aumentar o risco de desenvolvimento de outras complicações, como torção testicular, hérnia inguinal e até mesmo o câncer de testículo.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da criptorquidia geralmente é feito pelo médico logo após o nascimento do bebê, durante o exame físico. Se o médico não conseguir sentir o testículo no lugar correto, ele pode solicitar exames de imagem, como a ultrassonografia, para confirmar sua localização.

O tratamento para a criptorquidia envolve principalmente uma cirurgia chamada orquidopexia. Essa cirurgia tem o objetivo de reposicionar o testículo no escroto. É muito importante que, caso ela seja indicada, seja preferencialmente feita o mais cedo possível, para tentar minimizar possíveis alterações de desenvolvimento do testículo e, com isso, poder maximizar as chances de produção adequada de espermatozoides.

 

Conclusão

Em resumo, a criptorquidia, quando não tratada, pode afetar a fertilidade masculina. Por isso, é essencial que os pais estejam cientes da importância de um diagnóstico precoce e de um tratamento adequado, como a cirurgia para reposicionar o testículo. Com uma intervenção oportuna, é possível minimizar as complicações futuras e o potencial impacto na fertilidade masculina.

Se você suspeitar que seu filho possa ter criptorquidia, é importante consultar um médico para uma avaliação correta e receber orientações adequadas. Lembre-se de que a detecção precoce e o tratamento apropriado são fundamentais para garantir o melhor prognóstico possível.

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Dra. Camilla Vidal

Médica ginecologista com especialização em Reprodução Humana na HCFMRP – USP. CRM-SP 164.436
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