Os constantes avanços da medicina reprodutiva permitem que inúmeras pessoas realizem o sonho de ter filhos. A partir do uso dos antiretrovirais e de técnicas como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro (FIV), muitos casos de infertilidade têm sido resolvidos ao longo das últimas décadas. Entretanto, existem situações especiais que ainda geram muitas dúvidas, medo e insegurança sobre a sua saúde e do seu bebê durante a gravidez. Entre esses cenários, os casais sorodiscordantes podem ter receio sobre os planos para aumentar a família.
Pensando no assunto, separamos a seguir os principais pontos sobre reprodução assistida em casais sorodiscordantes. Acompanhe e descubra tudo sobre o tema!
Casais sorodiscordantes são aqueles em que um dos parceiros apresenta uma doença infectocontagiosa que possa ser transmitida sexualmente e o outro não tem a infecção. Em razão do risco de transmissão da enfermidade por meio de relações sexuais, é importante que todo casal sorodiscordante não abra mão do uso de preservativos e, dependendo da doença, é fundamental que o parceiro não infectado atualize algumas vacinas.
Nos casos sorodiscordantes, a reprodução por via natural é desaconselhada devido ao risco de contaminação do parceiro não infectado e também a possibilidade de transmissão da doença para o bebê.
Entre as doenças infectocontagiosas mais comuns, podemos citar aquelas causadas pelos seguintes vírus:
Vale ressaltar que as infecções virais citadas podem ser transmitidas tanto por via sexual quanto vertical, ou seja, de mãe para filho ainda no útero ou no momento do parto ou durante a amamentação. Por isso, frente a esse tipo de diagnóstico, é fundamental que o indivíduo faça um acompanhamento com um infectologista e que, no caso do desejo de ter filhos, recorra a um tratamento de reprodução assistida.
Antes do início de um tratamento para casais sorodiscordantes, é fundamental que o parceiro infectado faça um acompanhamento minucioso com um médico infectologista. Serão realizados a dosagem de células de defesa e a medição da carga viral sanguínea, além da carga do vírus no sêmen, no caso de o homem ser o parceiro infectado.
Antes de iniciar qualquer tratamento de reprodução assistida, o casal sorodiscordante deve ser submetido a investigação de possíveis fatores que possam interferir na fertilidade masculina e feminina. Esta investigação não é diferente dos casais sem infecção e inclui a dosagem de hormônios, ultrassonografia, avaliação das trompas e espermograma. Outros exames podem ser necessários, a depender da particularidade de cada cenário.
No caso dos homens infectados, o ideal é que a carga viral plasmática seja a mais baixa possível ou mesmo indetectável, a fim de minimizar a possibilidade de haver vírus no sêmen. Entretanto, é fundamental a realização da lavagem seminal e do PCR antes de utilizar a amostra seminal.
Existem dois tipos de tratamento para casais sorodiscordantes:
A escolha pela técnica mais adequada deve considerar qual parceiro apresenta a infecção. Além disso, a idade da mulher, o resultado do espermograma, a permeabilidade das trompas, as taxas de sucesso do procedimento, o estado emocional e as condições financeiras devem ser avaliadas para verificar qual a técnica mais adequada em cada caso.
Quando a pessoa infectada é a mulher, existe uma preocupação adicional, porque pode ocorrer a transmissão vertical (da mamãe para o bebê). Nesse contexto, deve-se analisar a situação clínica da mulher. Em casos em que a carga viral está suficientemente baixa, é possível evitar a contaminação vertical por meio do uso de medicamentos e, também, no caso da hepatite B, do uso das vacinas. Assim, a gravidez pode ocorrer de maneira segura e confortável. Além disso, o parto vaginal pode ser contraindicado em algumas mulheres infectadas pelo HIV, bem como a amamentação com o objetivo de reduzir a contaminação do bebê.
Segundo a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil, o tratamento dos casais sorodiscordantes não podem ser realizados em qualquer serviço. No caso da FIV, é obrigatório ter um laboratório preparado, que possa oferecer o PCR e que apresente local adequado para armazenamento de material biológico excedente (espermatozoides, óvulos e/ou embriões) a fim de evitar a contaminação de outras amostras e mesmo evitar a contaminação por outras infecções.
Se você se enquadra no contexto dos casais sorodiscordantes, agende uma consulta e receba mais informações de como ter um bebê de forma segura e humanizada. Entre em contato e agende seu atendimento!
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