Comemorado em 25 de julho, Dia do Embriologista traz à tona os avanços da área, como a Análise Genética Embrionária, exame que permite diagnosticar possíveis alterações no embrião antes de implantá-lo no útero
Há 40 anos, em 25 de julho de 1978, o mundo se surpreendia com o anúncio do nascimento do primeiro bebê gerado pela fertilização in vitro (FIV) da história. A inglesa Louise Joy Brown nasceu para revolucionar a medicina e trazer esperanças aos casais que há muito tempo tentavam ter filhos.
Quatro décadas depois, no mesmo 25 de julho, agora celebrado como Dia do Embriologista, a medicina comemora os avanços da tecnologia nos métodos de reprodução assistida, principalmente aqueles que proporcionaram meios de garantir a saúde dos embriões e aumentar as chances de sucesso na gravidez, como a Análise Genética Embrionária.
“Essa análise permite diagnosticar possíveis alterações genéticas no embrião antes de implantá-lo no útero”, explica Marcelo Rufato, embriologista diretor dos Laboratórios de Fertilização in vitro e Andrologia do Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto (CEFERP). Segundo ele, antes de transferir o embrião ao útero é possível analisar todos os 46 cromossomos das células embrionárias e detectar doenças como a Síndrome de Down, por exemplo.
Normalmente, a realização da análise é indicada para mulheres acima de 40 anos, já que a partir dessa idade aumentam as chances do desenvolvimento de alguma alteração genética no embrião, e também para casais que tenham doenças genéticas no histórico familiar. “Se não houver uma indicação específica, o casal pode conversar com o médico sobre a possibilidade de realizar a análise genética dos embriões caso deseje”, afirma Rufato.
Outros avanços
A possibilidade de diagnosticar alterações genéticas no embrião também trouxe outros avanços na área de reprodução assistida com a redução dos casos de gestações múltiplas. “Como não havia conhecimento sobre a viabilidade dos embriões, era necessário realizar a transferência de muitos embriões para o útero para aumentar as chances de que pelo menos um tivesse sucesso”, diz Rufato. Porém, aumentava-se os casos de gestações de gêmeos, trigêmeos e até mesmo quadrigêmeos. “Estes tipos de gestações elevam os riscos tanto para as mães como para os bebês.”
Atualmente, a tendência é implantar o mínimo de embriões possível, de acordo com a idade de cada mulher, evitando, assim, gestações de risco.
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