Alimentação e fertilidade

Alimentação e fertilidade

Alimentação e fertilidade

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Você anda torcendo todos os meses para a menstruação atrasar e passou a acreditar que engravidar é um desafio?

Uma alimentação adequada e individualizada pode ser uma importante aliada para casais que estão tentando engravidar.

Sim, para os casais, pois tanto a mulher quanto o homem podem melhorar sua saúde através de hábitos alimentares mais adequados e, desta forma, melhorarem também a qualidade dos seus óvulos e espermatozoides.

Quando ganhamos alguns quilinhos podemos também ter novas doenças: pressão alta, diabetes, o excesso de colesterol/triglicérides, redução da função sexual e comprometimento da fertilidade, entre outros males!

E nesta situação caótica do nosso cotidiano, homens e mulheres que querem ter filhos podem se distanciar deste grande sonho!

Hábitos saudáveis

Hábitos saudáveis aliados à alimentação corretamente orientada estão diretamente relacionados com o perfeito equilíbrio e harmonia do nosso corpo e automaticamente à fertilidade.

O desequilíbrio de hábitos como sono adequado, atividades física, ingestão regular de água e evidentemente de uma alimentação saudável e equilibrada afeta diretamente o sistema reprodutor feminino e masculino. E para quem quer engravidar, o excesso de peso pode trazer prejuízo à ovulação (liberação do óvulo para se unir ao espermatozoide na trompa uterina). Este é o principal motivo da dificuldade para engravidar em mulheres com síndrome dos ovários policísticos.

Nos dias atuais, a obesidade, o diabetes, a pressão alta, o colesterol e o triglicérides alterados, estresse, resistência à insulina e o consumo elevado de agrotóxicos (através dos alimentos convencionais), industrializados e enlatados comprometem as chances do casal engravidar.

Além dos desequilíbrios citados, muitas vezes não existe o consumo adequado e qualitativo de alimentos que podem contribuir para melhora da qualidade dos óvulos e espermatozoides.

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Além da cessação do tabagismo e da ingestão de bebidas alcoólicas em excesso, a atividade física e o cuidado com a alimentação podem contribuir (e muito!) para a redução do peso e restauração da capacidade reprodutiva.

Tais hábitos podem desencadear ou potencializar doenças como endometriose, SOP e infertilidade sem causa aparente.

Dieta da fertilidade

Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, não existe um tipo específico de dieta que melhore a fertilidade. Entretanto, alguns alimentos em excesso podem piorar a capacidade reprodutiva do casal. É o caso do álcool e dos alimentos ricos em cafeína, tais como café, chás, chocolate, bebidas energéticas, refrigerantes, achocolatados, entre outras.

A alimentação também pode contribuir no estresse oxidativo, fenômeno já descrito em mulheres com endometriose e síndrome dos ovários policísticos, bem como em homens com alteração da quantidade e motilidade dos espermatozoides.

Durante o metabolismo do oxigênio que respiramos são liberadas substâncias oxidantes, os radicais livres. Como os radicais livres são tóxicos para a função da célula, o nosso corpo utiliza agentes antioxidantes para combater o efeito oxidativo. Quando não ocorre esta compensação, surge o predomínio dos radicais livres: o estresse oxidativo.

Estresse oxidativo

Como a principal fonte dos antioxidantes é o alimento que contém as vitaminas E, C, do complexo B e minerais como magnésio, cobre, selênio dentre outros encontrados emfrutas e vegetais, açafrão, curry, uma dieta com estes componentes específicos pode trazer benefício nos parâmetros do sêmen. Entretanto, estas informações ainda são controversas na infertilidade masculina e não se mostraram benéficas em mulheres que estão tentando engravidar.

Uma dieta pautada por escolha erradas de alimentos devido aos modismos ou industrializados, aliada ao baixo consumo de vegetais, frutas, verduras, grãos integrais diminuem a quantidade de antioxidantes no corpo.

Alimentação saudável para a vida!

O consumo de proteínas, açúcares e gorduras em excesso pode levar a falta de disposição, disbiose intestinal, falta de libido e insônia. Uma alimentação nutricionalmente adequada e individualizada é composta de frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas e gorduras de boa qualidade.

Fica a dica! Não dá para dizer que a dieta vai aumentar a fertilidade. Entretanto, mudanças na alimentação podem equilibrar o funcionamento de todo o organismo, restaurar a ovulação e diminuir o risco de doenças, preparando o seu corpo para receber um bebê de forma saudável e tranquila!

Por isso é fundamental manter o peso ideal de acordo com a sua altura, mas para isto é importante ter paciência, dedicação, planejamento, orientação de um nutricionista, além de parceria com seu médico especialista em fertilidade.

Quer saber mais sobre a fertilidade do casal? Acesse o artigo Infertilidade masculina e feminina: como isso afeta a vida do casal? e saiba mais.

Fontes:

  • Melo AS, Ferriani RA, Navarro PA. Treatment of infertility in women with polycystic ovary syndrome: approach to clinical practice. Clinics (Sao Paulo). 2015;70(11):765-9. doi: 10.6061/clinics/2015(11)09.
  • Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine in collaboration with the Society for Reproductive Endocrinology and Infertility. Optimizing natural fertility: a committee opinion. Fertility & Sterility 2015; 100 (3): 631–637.
  • Showell MG, Brown J, Clarke J, Hart RJ. Antioxidants for female subfertility. Cochrane Database Syst Rev. 2013;(8):CD007807.
  • Showell MG, Mackenzie-Proctor R, Brown J, Yazdani A, Stankiewicz MT, Hart RJ. Antioxidants for male subfertility. Cochrane Database Syst Rev. 2014;(12):CD007411.
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Prof. Dr. Anderson Sanches de Melo

Médico especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da HC FMRP-USP. CRM-SP 104.975
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