Casais sorodiscordantes são aqueles em que um dos parceiros apresenta uma doença infectocontagiosa que pode ser transmitida sexualmente, enquanto o outro não contém a infecção.
Quais os riscos de ser um casal sorodiscordante?
Por ser uma doença infectocontagiosa, existe o risco de transmissão por meio de relações sexuais. Por isso, é importante que todo casal sorodiscordante utilize sempre preservativos. Além disso, dependendo da doença, é essencial que o parceiro não infectado atualize algumas vacinas.
ATENÇÃO: Nos casos sorodiscordantes, a reprodução por via natural é desaconselhada devido ao risco de contaminação do parceiro não infectado e também a possibilidade de transmissão da doença para o bebê.
Entre as doenças infectocontagiosas mais comuns, podemos citar aquelas causadas pelos seguintes vírus:
- HBV: causador da hepatite B;
- HCV: causador da hepatite C;
- HTLV: responsável por uma série de enfermidades que acometem o sistema neurológico;
- HIV: causador da AIDS.
Essas infecções virais citadas podem ser transmitidas tanto por via sexual quanto vertical, ou seja, de mãe para filho ainda no útero ou no momento do parto ou durante a amamentação. Por isso, frente a esse tipo de diagnóstico, é fundamental que o indivíduo faça um acompanhamento com um infectologista e que, no caso do desejo de ter filhos, recorra a um tratamento de reprodução assistida.
Possíveis tratamentos de reprodução assistida para casal sorodiscordante
Antes de iniciar o tratamento para casais sorodiscordantes, é essencial que o parceiro infectado faça um acompanhamento médico detalhado, incluindo a medição da carga viral no sangue e, se o homem for infectado, no sêmen. Paralelamente, o casal deve ser investigado quanto à fertilidade antes de qualquer tratamento de reprodução assistida, com exames hormonais, ultrassonografia, avaliação das trompas e espermograma.
Para casais sorodiscordantes que desejem engravidar, existem dois tipos de tratamento: Inseminação Artificial e Fertilização in vitro (FIV). A inseminação artificial envolve a colocação de espermatozoides móveis no útero durante a ovulação após a realização do PCR na amostra seminal, enquanto a FIV envolve a formação do embrião em laboratório antes da transferência para o útero.
A escolha do método depende de vários fatores, incluindo qual parceiro está infectado, idade da mulher, espermograma, permeabilidade das trompas, taxas de sucesso, estado emocional e condições financeiras.
Quando a mulher é a parceira infectada, há preocupação adicional com a transmissão vertical (da mãe para o bebê). No entanto, a gravidez pode ser segura com o uso de medicamentos, vacinas e, em alguns casos, evitando o parto vaginal e a amamentação.
Orientação da ANVISA
No Brasil, a ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária) exige que tratamentos para casais sorodiscordantes sejam realizados em serviços especializados com laboratórios preparados para evitar contaminação de amostras.
Se você se enquadra no contexto dos casais sorodiscordantes, agende uma consulta e receba mais informações de como ter um bebê de forma segura e humanizada. Entre em contato e agende seu atendimento!
Leia também:
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- HIV/aids – Organização Pan-Americana da Saúde
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