Vender sêmen é permitido no Brasil? Não!

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Vender sêmen é permitido no Brasil?

No Brasil, a venda de sêmen humano é proibida por lei. O que é permitido é a doação de esperma, que deve ser voluntária, anônima e sem fins lucrativos, conforme regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diferentemente de países como os Estados Unidos e a Inglaterra, onde a doação pode ser remunerada, no Brasil qualquer forma de comercialização de gametas humanos, seja esperma ou óvulos, é considerada ilegal e antiética.

O que diz a legislação brasileira?

A Resolução CFM nº 2.320/2022 estabelece que a doação de sêmen deve ser:

  • Voluntária e gratuita: é vedada qualquer forma de remuneração ou compensação financeira.

  • Anônima: a identidade do doador e do receptor deve ser mantida em sigilo, exceto em casos específicos de doação entre parentes até 4º grau, desde que não haja consanguinidade.

  • Regulamentada: os doadores devem ter entre 18 e 45 anos e passar por exames clínicos, sorológicos e genéticos para garantir a qualidade e segurança do material.

Além disso, a Anvisa, por meio da RDC nº 23/2011, reforça que a comercialização de sêmen humano é proibida, e os bancos de gametas devem operar sob rigorosos critérios de controle e qualidade.

Por que a venda é proibida?

A proibição da venda de sêmen visa preservar princípios éticos fundamentais, como a dignidade humana e a prevenção da exploração comercial do corpo humano. Permitir a comercialização poderia transformar a doação em uma atividade mercantilizada, desvirtuando seu caráter altruísta e solidário.

Além disso, a venda poderia incentivar práticas ilegais e inseguras, como a oferta de sêmen por meios não regulamentados, colocando em risco a saúde de receptores e futuros filhos.

Riscos do mercado paralelo

Apesar da proibição, há relatos de comércio ilegal de sêmen pela internet e redes sociais, onde indivíduos oferecem o material em troca de dinheiro. Essas práticas são perigosas, pois não seguem os protocolos de segurança e higiene exigidos por clínicas especializadas, podendo resultar na transmissão de doenças e em complicações legais.

Ainda, a falta de controle sobre a quantidade de filhos gerados por um mesmo doador pode aumentar o risco de consanguinidade inadvertida, especialmente em comunidades menores.

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Como funciona a doação legal de sêmen?

Para doar sêmen legalmente no Brasil, o interessado deve procurar uma clínica ou banco de gametas autorizado. O processo envolve:

  1. Avaliação médica: inclui exames físicos, sorológicos e genéticos para assegurar a saúde do doador e a qualidade do sêmen.

  2. Coleta do material: realizada em ambiente apropriado, com posterior análise e criopreservação do sêmen.

  3. Período de quarentena: o sêmen é armazenado por um período (geralmente seis meses) e o doador é reavaliado para garantir a ausência de doenças transmissíveis.

  4. Distribuição: após aprovação, o sêmen pode ser utilizado em procedimentos de reprodução assistida, como inseminação artificial ou Fertilização in vitro.

É importante ressaltar que o doador assina um termo de consentimento, abrindo mão de quaisquer direitos ou responsabilidades sobre eventuais filhos gerados a partir da doação.

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Raphael Henrique Ferreira

CRM-SP 162.178 Médico Urologista (Andrologia e Saúde Reprodutiva Masculina).

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