Conheça as taxas de sucesso dos principais tratamentos para engravidar

Conheça as taxas de sucesso dos principais tratamentos para engravidar

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Karina Bacchi, 42 anos, está na quarta Fertilização in vitro (FIV) para alcançar sua segunda gestação. Ivete Sangalo, 45 anos, engravidou na primeira FIV com óvulos congelados aos 42-43 anos. Ana Hickman, Carolina Ferraz, Fátima Bernardes são outras famosas que trilharam a jornada da reprodução assistida. Porque mulheres com características semelhantes têm taxas de sucesso diferentes?

Muitas mulheres decidem ter filhos na fase de declínio da vida reprodutiva (após os 35 anos) e podem precisar de tratamento para a infertilidade, algumas vezes, mais de uma tentativa. Além disso, a função reprodutiva pode ser diferente entre as mulheres de mesma faixa etária (o número de óvulos pode ser diferente). Outro ponto importante é que existem diferentes fatores que podem interferir na fertilidade masculina e feminina.

Neste post, elaboramos informações sobre as taxas de sucesso que você precisa saber antes de iniciar qualquer tratamento para a infertilidade. Vamos em frente!

Conheça as chances de gestação espontânea

Independentemente da idade, o ser humano tem limitações biológicas para engravidar. Mais da metade das gestações são interrompidas até o início da menstruação e a mulher/casal nem tem o conhecimento de que teve a gravidez.

Isso acontece porque temos uma particularidade reprodutiva: o número de embriões que produzimos com alteração genética é elevado se comparado com outras espécies de mamíferos. Por isso, a interação do embrião com o útero fica prejudicada e, na maioria das vezes, a gravidez não evoluiu — são as chamadas perdas gestacionais invisíveis: a mulher engravida, mas a gestação é interrompida antes do atraso menstrual.

Na figura abaixo estão as taxas de gravidez espontânea no primeiro mês de tentativa e após 12 meses de acordo com a idade da mulher. Ela demonstra que as taxas de gestação espontânea são de, no máximo, 18-20% para mulheres com 26 a 30 anos, e estes números caem pela metade dos 35 aos 40 anos. Isso acontece porque o número de embriões comprometidos geneticamente e a quantidade de óvulos diminuem conforme o avanço da idade da mulher.

Em contrapartida, após 1 ano, a taxa de gravidez aumenta em todas as idades porque todos os meses a mulher libera novos óvulos. Por isso, a chance de ter óvulo e embriões saudáveis aumenta ao longo de 6 meses a 1 ano.

Esse é o motivo pelo qual o ASRM (American Society for Reproductive Medicine) e o ESHRE (European Society of Human Reproduction and Embryology) recomendam tentar engravidar por 6 meses (mulheres com 35 anos ou mais) ou 1 ano (mulheres com menos de 35 anos). Após esse período, os casais devem buscar auxílio para o tratamento da infertilidade.

Tabela de chances de gravidez por ciclo menstrual

Todos os tratamentos para a infertilidade podem potencializar essas taxas, mas tenha em mente que engravidar tem limitações naturais (produção de embriões geneticamente alterados), que acompanham os casais em qualquer tratamento, uma vez que a reprodução assistida não modifica o patrimônio genético do óvulo e espermatozoide.

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É importante conversar com seu médico sobre possíveis estratégias para reduzir o tempo para alcançar a gravidez e proporcionar maior conforto e segurança durante o tratamento. Essa fase deverá ser de tranquilidade e alegria, afinal, você está em busca do seu bebê!

Porque as taxas de sucesso variam entre as clínicas e no mundo?

Existem diferentes formas de se avaliar as taxas de sucesso de um tratamento de reprodução assistida. Por isso, é possível verificar grande variação entre as clínicas de reprodução humana. Muitas delas têm considerado esse percentual com base no resultado positivo do teste de gravidez. Entretanto, essa informação não é considerada pelo ASRM, ESHRE, e não deveria ser utilizada como referência.

Outra forma de analisar o sucesso da FIV é a taxa de gestação clínica, ou seja, a visualização do saco gestacional e seu conteúdo na ultrassonografia realizada após 02 semanas do beta hCG positivo. Entretanto, a avaliação considerada internacionalmente é a taxa de nascimento de bebês, que varia entre 30 a 40% para mulheres com até 39 anos, 10-15% dos 40 aos 42 anos e é de 0 a 5% para mulheres com mais de 42 anos utilizando óvulos próprios. Se a reserva ovariana estiver diminuída, as taxas podem variar entre 0 e 15%, a depender da idade da mulher.

E o namoro programado? A inseminação artificial? As taxas são menores?

O namoro programado e a inseminação artificial são técnicas não invasivas que otimizam a fertilidade natural porque a fecundação do óvulo pelo espermatozoide é espontânea e ocorre dentro do corpo da mulher, na trompa.

Quando essas técnicas são bem indicadas, as taxas de nascimento de bebês são boas: 15% para mulheres com até 30 anos, 9-10% entre 35 e 39 anos e 2% para mulheres com 40 anos ou mais. Após 6 meses, as chances de sucesso podem atingir 30-50% a depender da idade da mulher. Por isso, casais que recorrem a esses tipos de tratamento devem pensar a médio e longo prazo (3 a 6 meses), pois a maioria precisará de mais de uma tentativa para engravidar.

Para otimizar o resultado do namoro programado ou da inseminação artificial é importante que a indicação dessas técnicas sejam adequadas. De um modo geral, o tempo de infertilidade menor do que 2 a 3 anos otimiza o sucesso dos tratamentos.

O namoro programado é uma boa opção para mulheres com a síndrome dos ovários policísticos ou para casais que têm incompatibilidade de horário (quando um dos cônjuges fica longe por muitos dias). A inseminação artificial pode ser a primeira escolha nos casos de esterilidade sem causa aparente, endometriose mínima ou leve ou mesmo nos casos de alterações leves do espermograma.

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Como escolher a clínica de reprodução quando eu receber as orientações sobre as taxas de sucesso?

Fuja de clínicas milagrosas! Verifique se o especialista informa as taxas de sucesso reais indicadas pelas grandes sociedades internacionais. Você pode acessar o site da Rede Latino-americana de Infertilidade e verificar se as taxas informadas pela clínica são semelhantes às descritas pelas Sociedades internacionais e pelas clínicas brasileiras (RedLARA).

Lembre-se de que o ser humano tem limitações para engravidar e nenhum tratamento é capaz de garantir a gestação. Entretanto, é obrigação da clínica tornar a jornada mais curta, segura e confortável, sempre com informação, honestidade e transparência!

Quer se aprofundar mais no assunto? Então baixe agora mesmo o nosso E-BOOK sobre os principais tratamentos de fertilidade!

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Prof. Dr. Anderson Sanches de Melo

Médico especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da HC FMRP-USP. CRM-SP 104.975
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