Gravidez na primeira tentativa de tratamento é possível?

Gravidez na primeira tentativa de tratamento é possível?

Gravidez na primeira tentativa de tratamento é possível?

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Conseguir ter um filho está entre os sonhos de inúmeros casais ao redor do mundo. Infelizmente, muitos deles não conseguem realizar esse sonho engravidando naturalmente, o que é motivo de grande frustração e tristeza. Porém, os constantes progressos no campo da reprodução humana assistida proporcionam uma série de possibilidades para promover essa gestação.

Um dos principais recursos da medicina reprodutiva é a fertilização in vitro. Essa técnica, criada na década de 70, tem se tornado cada vez mais segura e com maiores probabilidades de êxito.

Mas será que é possível conseguir o positivo na primeira tentativa do tratamento? Leia este artigo e descubra os principais pontos sobre o assunto!

O que é a fertilização in vitro?

O procedimento de fertilização in vitro, ou FIV, é uma técnica de reprodução humana assistida utilizada amplamente nas últimas décadas. Nela, o embrião, ou seja, o resultado da fusão entre os gametas masculino (espermatozoide) e feminino (óvulo), é formado no laboratório, fora do organismo humano.

Inicialmente, a mulher recebe uma medicação específica para estimular o crescimento dos folículos e depois outra para a liberação dos óvulos, para que seja feita a coleta dessas células. Essa estimulação é realizada a partir de hormônios. Concomitantemente, a coleta dos gametas masculinos do parceiro ou doador também é necessária e geralmente é feita por meio de masturbação.

A partir da coleta de material reprodutivo masculino e feminino, é realizada a fecundação do óvulo pelo espermatozoide em ambiente controlado. Posteriormente, o desenvolvimento do embrião acontece em uma incubadora com as condições específicas, de modo que esteja no estágio correto para a transferência para o útero da mulher.

Uma vez atingido esse estágio, que se dá entre o terceiro (D3) e o quinto dia (blastocisto) da fecundação, é feita a transferência do embrião para o útero da futura mamãe por meio de um fino cateter. Esse procedimento, geralmente, não apresenta desconforto e não é necessário que a mulher mude sua rotina após a transferência.

O exame de beta HCG que confirma a gestação deve ser realizado após 14 dias da transferência, para determinar o sucesso ou não do procedimento, ou seja, se a mulher está ou não grávida.

Atualmente, a técnica de fertilização in vitro mais utilizada é a de ICSI — do inglês Intracytoplasmic Sperm Injection, ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Esse tipo de FIV consiste na seleção detalhada de espermatozoides mais aptos para a fecundação e, posteriormente, sua inserção no óvulo por meio de uma agulha específica.

Vale citar que o procedimento é realizado com o auxílio de um microscópio, que permite uma ampliação da imagem do espermatozoide em até 400 vezes.

Há, ainda, a chamada SUPER ICSI, que consiste no mesmo método, porém, com um maior grau de precisão. Para essa variação, é utilizado um equipamento óptico que aumenta 6300 vezes a imagem dos espermatozoides. Ou seja, é possível fazer uma seleção extremamente detalhada dos gametas masculinos, buscando potencializar ao máximo as chances de sucesso do procedimento.

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Quais as chances de engravidar na primeira tentativa do tratamento de fertilização?

Por mais que a tecnologia de fertilização esteja avançada, infelizmente, não existe garantia de sucesso no tratamento, inclusive na primeira tentativa. As chances de êxito nesse tipo de tratamento variam de acordo com as causas de infertilidade observadas no casal, que podem ter diversas origens, desde fatores hormonais a influências de sua carga genética.

Dessa forma, é importante que ambos os parceiros realizem os exames solicitados, a fim de determinar as causas de infertilidade, bem como estimar as chances de sucesso e o melhor tratamento de reprodução humana assistida para chegar na desejada gravidez.

No entanto, é sempre importante que haja um controle das expectativas do casal, uma vez que, mesmo em condições fisiológicas mais favoráveis, é possível que não haja sucesso na primeira tentativa de FIV.

Um casal que se submeta ao tratamento antes dos 35 anos de idade da futura mamãe, cujos gametas produziram um embrião de qualidade, tem aproximadamente 50% de chances de sucesso na primeira tentativa. Essas chances são bastante altas, mesmo quando comparadas à fecundação por meios naturais, que representa uma chance de cerca de 20% em pessoas jovens e sem alterações de fertilidade.

Progressivamente, com o aumento da idade da mulher, as chances de sucesso do positivo na primeira tentativa caem com o passar dos anos. Assim, entre os 35 e 40 anos, as chances de êxito do procedimento caem para aproximadamente 30% a 40%. Após os 42, são menores ainda, sendo consideradas próximas dos 10% de sucesso.

Dessa forma, é extremamente importante deixar claro para o casal que sua fisiologia ou mesmo a idade têm fator decisivo nas chances de sucesso do procedimento. Além disso, a orientação sobre mudanças de hábitos pode ser um caminho para maximizar as chances do casal ao longo do tratamento.

Qual a relação entre o estilo de vida e o sucesso da fertilização?

A relação entre a modificação do estilo de vida e as taxas de sucesso de tratamentos reprodutivos é frequentemente observada entre casais que se submetem às técnicas de fertilização. Podemos citar a perda de peso como uma medida importante nesse sentido.

A perda de 5% a 10% da massa corporal pode ter efeitos consideráveis na produção e secreção hormonais da mulher. Em casos de inibição da ovulação, por exemplo, um controle do peso nessa magnitude pode representar uma reversão completa do quadro.

Observa-se ainda que a redução de peso tem consequências benéficas no desenvolvimento da gestação e na formação do bebê. Portanto, estabelecer uma alimentação adequada e uma rotina de exercícios físicos regulares pode implicar não só a melhora nas chances de fertilidade, como também na saúde da mãe e do bebê.

Além disso, a utilização de drogas, cigarro ou mesmo álcool pode ter efeitos consideráveis tanto na fertilidade do casal quanto nas chances de sucesso do tratamento na primeira tentativa. Nesse sentido, é recomendável interromper o uso desse tipo de substâncias alguns meses antes das tentativas de fertilização.

Portanto, é extremamente interessante que a mulher tenha um acompanhamento multiprofissional, com médicos, nutricionistas e educadores físicos, para que haja de fato uma real mudança de hábitos de vida. Vale citar ainda a importância de um acompanhamento com psicólogos, com a finalidade de proporcionar uma maior estabilidade emocional tanto da mãe quanto do pai para lidar com as possíveis adversidades do processo.

Gostou de saber mais sobre fertilização? Entre em contato com o CEFERP e agende sua consulta!

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Dra. Rebecca Pontelo

Médica Ginecologista - CRM 123.481 Curso Superior de medicina na Universidade Federal do Espírito Santo - 1999 a 2005 Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na FMRP-USP - 2006 a 2009 Especialização em Reprodução Humana pela FMRP-USP - 2009 a 2010 Tìtulo de especialista em Ginecologia Obstetrícia pela Febrasgo em 2009
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