Gravidez homoafetiva feminina: veja quais são as opções

Gravidez homoafetiva feminina: veja quais são as opções

Gravidez homoafetiva feminina: veja quais são as opções

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A maternidade está entre os grandes sonhos de inúmeros casais, entretanto, para alguns deles essa possibilidade pode parecer um pouco distante. Esse é o caso de muitas mulheres que desejam vivenciar o processo da gravidez junto com suas parceiras.

Felizmente, os constantes avanços da reprodução assistida garantem algumas opções a esses casais. Pensando nisso, separamos a seguir algumas das principais informações sobre a gravidez homoafetiva feminina. Confira e descubra as melhores opções!

O que é a reprodução humana assistida?

Apresentada nos anos 70 como uma possibilidade real, a reprodução assistida vem evoluindo ao longo dos anos, viabilizando a realização do sonho da maternidade para inúmeros casais.

O primeiro bebê gerado a partir de uma técnica de fertilização in vitro nasceu em 1978, o que desencadeou uma grande popularização do procedimento, além de ter incentivado o desenvolvimento de várias outras técnicas ao redor do mundo. Dentre essas técnicas, podemos citar como as mais utilizadas nos dias de hoje a própria fertilização in vitro e a inseminação intrauterina.

Assim, a reprodução humana assistida configura todos os procedimentos laboratoriais que auxiliam ou induzem o início de uma gravidez em casais que apresentam problemas de fertilidade. Sua evolução ao longo dos anos garante um sucesso cada vez maior, além de uma diminuição progressiva dos custos dos procedimentos.

No que se refere a casais homoafetivos, essas técnicas foram revolucionárias, uma vez que permitem a gestação de filhos biologicamente relacionados a um dos parceiros. Com o recente respaldo jurídico da situação, muitos casais homoafetivos brasileiros têm conseguido realizar o sonho de gerar um filho.

Qual a legislação brasileira sobre tratamentos de reprodução assistida para casais homoafetivos?

Em 2013, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou uma resolução que regulamentava o direito de casais homoafetivos buscarem os recursos da reprodução assistida para gerarem filhos biológicos. Já em 2015 essa resolução foi ampliada, de modo que, hoje, casais femininos têm o direito legal de ter uma gestação compartilhada.

Dessa forma, o embrião será gerado a partir de células reprodutivas de um dos parceiros com os gametas de um doador anônimo. No caso das mulheres, esse embrião poderá ser  transferido ao útero da outra parceira, que será responsável por conduzir a gravidez pelos próximos 9 meses.

A gestação compartilhada significa um grande avanço nas gestações de casais homoafetivos femininos. De acordo com as regras antigas, no caso de uma separação, a doadora do óvulo poderia requerer a guarda da criança mais facilmente. Por outro lado, com a nova regulamentação há uma maior igualdade jurídica das duas mães em relação à criança gerada.

Vale lembrar que a possibilidade de que uma das mães doe o óvulo e a outra dê prosseguimento à gravidez não é obrigatória. Ou seja, é possível que apenas uma das parceiras realize ambas as etapas do processo.

Assim, é possível afirmar que a legislação vigente no país resguarda todos os direitos necessários para que um casal homoafetivo possa se utilizar de técnicas de reprodução humana assistida para gerar um filho.

Como funciona a coleta dos embriões para casais homoafetivos femininos?

Em um primeiro momento, o casal deverá decidir qual das duas parceiras doará os óvulos para dar início aos procedimentos de reprodução assistida. Para essa escolha, deve-se levar em consideração a idade da mulher, fator que apresenta grande importância no sucesso de uma gravidez saudável.

Diferentemente do homem, a mulher já nasce com todas as suas células reprodutivas pré-formadas, que serão liberadas mensalmente durante o processo denominado ovulação. Por estarem presentes no corpo ao longo de toda a vida, essas células acabam envelhecendo conforme a idade da mulher.

Dessa forma, as chances de problemas genéticos no embrião formado a partir do óvulo de uma mulher mais velha são maiores, aumentando as taxas de resultados negativos no tratamento. Por isso, a idade é considerada um fator essencial para a escolha da parceira doadora do óvulo.

Além disso, é necessário que a mulher que se submeterá à indução seja submetida também a uma avaliação médica bastante criteriosa. Dessa forma, a escolha poderá ser feita da maneira mais segura possível.

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Uma vez escolhida, a mulher começará a estimulação da ovulação por medicamentos hormonais. . Posteriormente, a coleta dos óvulos será feita em bloco cirúrgico.

Como ocorre a fecundação?

A fecundação do óvulo poderá ocorrer de maneiras diferentes, de acordo com a avaliação da equipe médica responsável pelo caso. Porém, é possível dizer que as técnicas de reprodução humana mais utilizadas nesses casos são a fertilização in vitro e a inseminação intrauterina.

A escolha do sêmen de doador é feita previamente, por meio de uma lista fornecida pelo Banco de Sêmen. Para essa escolha, é possível considerar características físicas e diversas outras informações do doador, como profissão e até mesmo seus hobbies.

Confira abaixo as principais informações sobre os dois procedimentos, assim como sua aplicação para a gestação para casais homoafetivos femininos:

Fertilização in vitro (FIV)

A técnica de fertilização in vitro diz respeito aos procedimentos de fecundação que ocorrem fora do corpo. Ou seja, o embrião será gerado em ambiente laboratorial, para só então ser implantado no útero de uma das mães.

A ICSI ou injeção intracitoplasmática de espermatozoide é a mais técnica utilizada para a fertilização in vitro. Nessa técnica, o espermatozoide é injetado diretamente no óvulo por meio de uma agulha e microscópio específicos.

Realizada a fecundação, os embriões serão armazenados em incubadora em condições similares ao útero humano. Esse período de incubação é necessário para que iniciem-se as divisões celulares que darão origem ao embrião, para que seja possível a sua transferência para o útero preparado de uma das mães. Essa transferência ocorrerá cerca de 3 a 5 dias após o início do desenvolvimento in vitro.

Após aproximadamente 14 dias da transferência do embrião será realizado um exame de gravidez para avaliar o sucesso do tratamento. No caso de insucesso, será marcada uma nova consulta para o casal, a fim de avaliar as condições para uma nova tentativa.

Inseminação intrauterina

O procedimento de inseminação intrauterina utilizará a mesma técnica de indução à ovulação adotada na fertilização in vitro. Dessa forma, a paciente retornará à clínica de reprodução assistida no período certo da ovulação.

Após a escolha do doador no Banco de Sêmen, será feito um processamento desse sêmen para selecionar os espermatozoides mais saudáveis e aptos para o procedimento. Após o processamento, os espermatozoides serão inseminados diretamente no útero de uma das mães, de modo que cheguem ao óvulo para que a fecundação ocorra de maneira espontânea.

O procedimento de inseminação intrauterina é realizado de forma rápida e indolor, de modo que a paciente pode ser liberada imediatamente para retornar às suas atividades normais.

Passados 14 dias após a realização da inseminação intrauterina, a mulher se submete a um exame de gravidez. No caso de insucesso, assim como na FIV, é possível realizar novas tentativas, de acordo com a orientação da equipe médica responsável.

Caso queira entender melhor a diferença entre as técnicas Fertilização in Vitro e Inseminação Intrauterina acesse esse artigo aqui.

Pensando em uma maneira fácil de explicar como funciona a gravidez homoafetiva feminina e os passos pelos quais as futuras mamães vão passar, criamos um infográfico que você pode fazer download aqui. Baixe e compartilhe esse material com a sua parceira.

Infográfico Gravidez Homoafetiva

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Mariana Assad

Bióloga Gerente de Controle de Qualidade do CEFERP
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Comentários (6)

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    ANGELA

    |

    boa tarde, gostaria de saber se ha algum programa social para gravidez homoafetiva?

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      CEFERP

      |

      Oi Angela,

      Obrigado por seu interesse, no momento não possuímos programa social, independente de ser gravidez homoafetiva, mas seria interessante que você viesse em uma consulta para que o médico possa explicar os tipos de tratamentos, valores e possibilidades.
      Se quiser agendar uma consulta entre em contato conosco: (16) 99302-5532 (WhatsApp) ou se preferir seguem os outros contatos:
      (16) 3877-7789
      (16) 3877-7784
      [email protected]

      Atenciosamente,

      Equipe CEFERP – Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto

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    Tatiana Michelle alves

    |

    Gostaria de saber se na gestação compartilhada existe riscos para mãe e bebê, que irá receber o embrião, com 02 dnas diferentes do dela?

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    • mm

      CEFERP

      |

      Oi Tatiana,
      Obrigada pelo seu comentário, esse tipo de problema não acontece, inclusive temos tratamentos com recepção de óvulos e recepção de embriões.
      Esperamos ter ajudado.
      Atenciosamente,
      Equipe CEFERP

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    Camili Lorenço Tavares

    |

    gostaria de saber de na fertilização in vitro é possível escolher o gênero do bebê.

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      Atendimento CEFERP

      |

      Olá Camili,
      Obrigado pelo seu comentário!

      Não é possível realizar a escolha do sexo do bebê, pois o Conselho Federal de Medicina não permite. Para entender melhor sobre isso, dê uma olhada neste link: É possível escolher o sexo do bebê na reprodução assistida?

      Atenciosamente.
      Equipe CEFERP – Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto

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