Aborto após a FIV pode acontecer? Saiba por que acontece e o que fazer

Aborto após a FIV pode acontecer? Saiba por que acontece e o que fazer

Aborto após a FIV pode acontecer? Saiba por que acontece e o que fazer

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Fazer planos com a chegada de um bebê, mais ainda quando ele é tão desejado, faz parte da rotina de preparação para receber o novo membro, afinal, é a possibilidade desse sonho tornar-se real.

A FIV é o tratamento mais avançado de reprodução assistida, que a cada dia mais recebe avanços e melhorias. Porém, sabemos que infelizmente ela não garante o sucesso na primeira tentativa e não anula a possibilidade de um aborto espontâneo.

O que é o aborto espontâneo? Por que ele ocorre também na FIV?

O aborto espontâneo é a interrupção involuntária de uma gravidez antes de 20 semanas.

Espera-se que, após a transferência do embrião para a cavidade uterina, o organismo da mulher esteja preparado para ser terreno fértil e ajudar no desenvolvimento saudável desse embrião. Porém, sabemos que mesmo em um tratamento de FIV, onde diversas variáveis são controladas (característica do endométrio, uso de medicações hormonais para suporte da gravidez, entre outras) não é possível prever ou controlar todas as etapas da implantação e desenvolvimento embrionário. A partir da transferência do embrião, a tendência é que a gestação evolua da mesma forma de uma gravidez espontânea.

O que ocorre é que, devido ao fato de ser realizado acompanhamento de perto das etapas até a transferência e após, muitas vezes é possível diagnosticar a gravidez mais precocemente e, dessa forma, muitos eventos que passariam despercebidos em uma gravidez espontânea acabam sendo diagnosticados na gravidez pós FIV. Isso pode tornar o diagnóstico mais doloroso, principalmente considerando todo o investimento financeiro e emocional que essa família depositou no tratamento.

Apesar de relativamente comum, o aborto é uma condição que geralmente traz impacto inclusive psicológico para a paciente que, na maioria das vezes, estabeleceu uma conexão emocional com a vida sendo gerada em seu ventre.

Por que é importante um acompanhamento psicológico após passar pela experiência de um aborto espontâneo?

Quem se prepara para receber uma vida, nunca espera passar por uma experiência de perda.

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Quando acontece um aborto, existe um sofrimento que é real e precisa ser vivido. Muitas gestantes se sentem desamparadas, por não saberem lidar com a dor da perda de um filho que não puderam conhecer. 

Quando se fala em perda, se fala em luto. Esse luto é chamado perinatal, que é a perda de um filho no período gestacional ou logo após seu nascimento.

Não importa a fase em que houve essa perda. O sofrimento é real e a família precisa de um amparo psicológico para viver esse sentimento respeitando todo o processo.

Passar por esse momento carregado de lembranças de uma vida idealizada, mas que foi interrompida pelo aborto, é muito difícil. 

Para amparar a família em todos os momentos, a equipe do CEFERP dispõe de apoio psicológico, que é essencial para passar pelo luto, pois a psicologia ajuda a compreender esse sentimento e faz a paciente e sua família se permitirem viver o luto de uma gestação que não trouxe a vida.

Conheça as causas mais comuns de aborto espontâneo:

De cada 100 gestações, 15 a 20 podem vir evoluir para um aborto. Esta estimativa também se aplica às gestações pós tratamento de reprodução assistida, visto que, como falamos anteriormente, a evolução da gestação após a transferência se dá da mesma forma de uma gestação espontânea.

Diversos fatores podem se associar a possíveis causas de aborto espontâneo. O fator mais importante é o genético, ou seja, alterações genéticas no embrião que impedem a continuidade de seu desenvolvimento. Outras situações também podem impactar, como:

  • Idade da mulher (com o passar do tempo, a proporção de óvulos com alterações genéticas aumenta, aumentando o risco de formar embriões geneticamente alterados);
  • Alterações hormonais, como hipotireoidismo ou diabetes sem devido controle;
  • Presença de miomas ou pólipos volumosos que distorçam a cavidade uterina;
  • Presença de sinéquias (cicatrizes no endométrio);
  • Incompetência istmocervical (colo do útero incapaz de segurar o embrião);
  • Trombofilias;
  • Estilo de vida com hábitos prejudiciais à saúde, como tabagismo, uso de drogas, entre outros.

Cuide-se… esse é o seu momento!

O planejamento para uma gravidez deve incluir o cuidado com a saúde como um todo, independentemente de se tratar de gestação espontânea ou após tratamento de reprodução assistida. Aproveite o período de programação da gestação para manter bons hábitos, alimentação adequada, prática regular de atividade física e medidas para controle do estresse e ansiedade. Manter também possíveis comorbidades sob controle pode auxiliar na evolução adequada da gestação.
Cuidar da saúde física e psicológica é fundamental para tratar com amor o corpo que sustenta a sua vida.
Se você já vivenciou um ou mais episódios de aborto, ou infertilidade, não hesite em procurar avaliação de um especialista em reprodução humana! Dessa forma, você pode tirar dúvidas e seguir mais tranquila no planejamento reprodutivo. Entre em contato conosco e agende sua . 

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Dra. Camilla Vidal

Médica ginecologista com especialização em Reprodução Humana na HCFMRP – USP. CRM-SP 164.436
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