Ovodoação Compartilhada: Evento gratuito em Ribeirão Preto abordará novas possibilidades para mulheres com dificuldade para engravidar
Para muitas mulheres com baixa reserva ovariana ou limitações financeiras, o sonho da maternidade pode parecer inalcançável. No entanto, com os avanços na medicina reprodutiva, práticas como a Ovodoação Compartilhada trazem uma nova esperança, facilitando o acesso à Fertilização in vitro (FIV) e promovendo a solidariedade entre doadoras e receptoras de óvulos.
Com o intuito de desmistificar esse processo, o Projeto Nós Tentantes e o CEFERP (Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto) promovem, no dia 26 de setembro, às 19h, no Auditório MultiSer, o Doadoras e Receptoras Day, um evento gratuito que reunirá famílias para um bate-papo interativo com especialistas em Reprodução Humana em torno do tema, mediado por Karina Steiger, do Nós Tentantes Projeto de Vida. Especialistas em Reprodução Assistida como o embriologista e presidente do CEFERP Dr. Marcelo Rufato, os ginecologistas Prof. Dr. Anderson Melo, Dra. Camilla Vidal e Dra. Rebecca Pontelo, além da geneticista Dra. Marcia Riboldi, CEO da Igenomix, e da nutricionista Bruna Fenerich, vão palestrar e poderão tirar dúvidas dos participantes.
O Projeto Nós Tentantes percorre o país com o evento Doadoras e Receptoras Day, levando esclarecimento em torno de uma questão que pode parecer muito delicada, mas, se bem orientada, pode ser a solução para muitas famílias que desejam realizar o sonho de aumentar a família. Durante o evento, que deve reunir dezenas de famílias de todas as configurações que queiram compreender o processo e até candidatar para o tratamento. “No campo da reprodução assistida, a prática da Ovodoação Compartilhada é um procedimento em que uma mulher submetida a tratamento de Fertilização in vitro (FIV) compartilha parte dos óvulos coletados com outra paciente que também está passando pelo mesmo processo.
Esta abordagem permite que a doadora utilize uma porção dos seus próprios óvulos e doe o restante para a receptora”, explica o Dr. Anderson. Nesse contexto, tanto a doadora quanto a receptora dividem não apenas os óvulos, mas também os custos do procedimento, tornando-o mais acessível para as doadoras. “A ovodoação compartilhada é um ato de solidariedade que oferece esperança às mulheres com dificuldades reprodutivas, unindo sonhos e possibilitando a maternidade por meio da transferência de óvulos saudáveis para mulheres com reserva ovariana reduzida ou comprometida”, explica o Dr. Anderson.
De acordo com o médico, o uso de óvulos de doadora é recomendado em duas circunstâncias principais: quando a paciente apresenta baixa reserva ovariana ou já está na menopausa, inviabilizando a quantidade necessária de óvulos para o tratamento; ou em casos de idade reprodutiva avançada, onde a qualidade dos próprios óvulos diminui, reduzindo as chances de concepção. Para a doadora, essa escolha ocorre quando, por alguma razão, ela não consegue engravidar naturalmente, mas possui capacidade para doar seus óvulos. Ele explica ainda que esse processo é conduzido após uma minuciosa consulta médica e avaliação do histórico de saúde pessoal e familiar, além de exames e outras análises para determinar a elegibilidade do potencial doadora.
A doação de óvulos é um procedimento regulamentado com segurança pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por meio da Resolução CFM nº 2.320/2022. “Essa resolução abrange tanto a doação por parentes até o quarto grau, desde que não haja parentesco consanguíneo, quanto a doação anônima, enfatizando a proibição de caráter comercial”, completa. Ele lembra que as instituições e clínicas especializadas têm a responsabilidade de guiar e amparar todos os envolvidos, assegurando a condução ética e respeitosa do processo.
“Durante a doação de óvulos, a doadora não detém qualquer direito sobre os possíveis bebês gerados. No caso da doação anônima, a identidade dos bebês, seus pais e da doadora de óvulos é preservada pela equipe de especialistas do CEFERP em absoluto sigilo, em conformidade com as normativas do CFM”, orienta o ginecologista. Ele completa que isso garante total transparência e confiança nos aspectos que circundam a doação e a recepção de óvulos.
Programa Sonhar Juntos
O CEFERP também possui o programa ‘Sonhar Juntos‘, com um olhar solidário, unindo mulheres dispostas a serem doadoras de óvulos para aquelas que, por diferentes motivos, não podem utilizar os seus próprios óvulos na Fertilização in vitro. Essa iniciativa facilita a doação compartilhada, onde doadoras e receptoras dividem óvulos e custos do tratamento, tornando-o mais acessível. Para se tornar doadora no Programa, as candidatas precisam atender aos critérios estabelecidos pelo CFM. “Para o Sonhar Juntos, a paciente que deseja ser doadora de óvulos deve preencher um cadastro, que será avaliado pela equipe CEFERP.
Após o cadastro, será agendada uma consulta para avaliar se a paciente cumpre os demais pré-requisitos para a doação (são necessários exames de imagem, como ultrassom, e exames de sangue – desde avaliações de sorologias a exames de cariótipo e eletroforese de hemoglobinas). Após esta consulta, anamnese e exames para avaliação da aptidão para doação, caso seja prevista a doação compartilhada, é necessário que haja uma paciente com características físicas compatíveis para receber os óvulos doados. Dessa forma, a paciente doadora poderá iniciar seu tratamento”, orienta o Dr. Anderson.
Evento Doadoras e Receptoras Day
Data: 26/09 (Quinta)
Horário: Das 19h às 22h
Endereço: Auditório MultiSer – Av. Coronel Fernando Ferreira Leite, 1540 – Alameda Gourmet Loja 196 C1 – Jardim – Ribeirão Shopping – Ribeirão Preto/SP
Inscrições: https://materiais.ceferp.com.br/doadoras-receptoras-day
Atendimento à imprensa
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