Entenda como funcionam as etapas do desenvolvimento do embrião

Entenda como funcionam as etapas do desenvolvimento do embrião

Entenda como funcionam as etapas do desenvolvimento do embrião

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Etapas do desenvolvimento do embrião: como funcionam?

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de alta complexidade recomendada para casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Entre algumas das etapas da FIV está o cultivo embrionário, onde ocorre o desenvolvimento do pré-embrião.

Como a fecundação do embrião é realizada em laboratório, ou seja, fora do corpo feminino, o desenvolvimento do embrião é acompanhado de perto por embriologistas até o momento da transferência dos embriões para o útero ou o congelamento dos mesmos.

Entenda mais neste artigo como funcionam as etapas do desenvolvimento do embrião!

Fertilização ou dia zero

As etapas de desenvolvimento do embrião em laboratório acontecem durante o período de no máximo sete dias, até por fim serem transferidos para o útero (ou congelados). Essa fase de desenvolvimento e cultivo é muito importante e o monitoramento é fundamental para identificar possíveis alterações, e dessa forma, escolher o embrião mais viável para a transferência uterina.

O processo se inicia com a coleta dos gametas femininos (óvulo) e masculino (espermatozoide), onde se tem a formação do zigoto podendo durar em média de 2 a 7 dias. Esse processo de fertilização é conhecido como dia zero.

A fertilização pode ser realizada por meio da fertilização in vitro convencional onde é colocado uma quantidade de espermatozoides na placa que contém o óvulo, ou por meio da técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), que como o próprio nome diz, consiste na injeção de um espermatozoide dentro do citoplasma de um óvulo.

Como acontece o cultivo do embrionário

Depois da etapa da fertilização os embriões vão para o chamado cultivo embrionário. Nessa etapa do desenvolvimento do embrião, eles ficarão em ambiente controlado, no qual são reproduzidas as condições ideais de temperatura, pH e mistura de gases.

A combinação desses fatores é necessária para favorecer o desenvolvimento do embrião, sendo constantemente monitorado por embriologistas, profissionais altamente qualificados. Quanto mais adequado o ambiente e acompanhamento, maior será a taxa de sucesso do procedimento.

Logo, no dia um, após 16-18h da fertilização, já é possível verificar se o óvulo foi fertilizado e se é possível constatar por meio de estruturas morfológicas que há um pré-embrião. Confira aqui o vídeo sobre as etapas do desenvolvimento embrionário que produzimos com o diretor dos laboratórios do CEFERP, Dr. Marcelo Rufato.

Início do processo de divisão celular

No segundo dia das etapas de desenvolvimento do embrião é esperado que ocorra o processo de clivagem, que se trata da divisão celular do embrião. Nessa fase, o embrião pode ter em média de duas a quatro células (ou blastômeros).

No terceiro dia de desenvolvimento embrionário continuam as sequências do processo de divisão celular com a multiplicação das células. Nessa etapa será necessário o embriologista analisar o número de células, assim como o tamanho, simetria e a fragmentação do embrião, entre outros parâmetros que possibilitam verificar o desenvolvimento. Nessa fase, espera-se que o embrião tenha em torno de 8 células.

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Esses três dias de desenvolvimento embrionário são importantíssimos, pois constata-se uma média de fertilização de 80% e de embriões clivados de 90 a 95%.

Após o cultivo embrionário algumas possibilidades surgem: o congelamento do embrião (vitrificação) ou a transferência embrionária.

No quarto dia, caso o embrião não tenha sido transferido ou congelado ele seguirá o desenvolvimento na incubadora até o dia máximo de limite de desenvolvimento em laboratório. Sendo assim, as divisões celulares continuam, com o embrião se desenvolvendo em mórulas e blastocistos.

Condições favoráveis para o desenvolvimento do embrião

Com os avanços tecnológicos nas técnicas de fertilização in vitro e equipamentos, atualmente é possível levar o embrião ao máximo de desenvolvimento embrionário in vitro até ele ser transferido para o útero, podendo ser deixado em cultivo até o sétimo dia.

Isso é importante, pois quanto mais avançado é o desenvolvimento embrionário, maior a chance de gravidez por transferência, aumentando assim a chance do casal engravidar.

Durante o cultivo embrionário é possível selecionar os melhores embriões para a transferência.

Etapa de blastocisto

No quinto dia o embrião atinge a etapa de blastocisto, sendo o estágio máximo de desenvolvimento do embrião no laboratório, em alguns casos pode ser necessário aguardar até o sétimo dia.

Em todas essas etapas do desenvolvimento embrionário ainda não existe uma diferenciação celular em órgãos e tecidos complexos. Nessa fase, o embrião ainda é um amontoado de células onde temos a massa celular interna, que é possível prever a quantidade de células que vai dar origem ao bebê e o trofectoderma que dá origem à placenta.

Após o sétimo dia, caso o embrião não tenha sido transferido para o útero da mãe ele será criopreservado para uma transferência futura. Logo, o crescimento é pausado por tempo indeterminado.

Quantos embriões podem ser transferidos?

O número de embriões a serem gerados (máximo oito) e transferidos é determinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) de acordo com a idade da mulher:

  • mulheres até 37 anos: até 2 embriões;
  • mulheres acima de 37 anos: até 3 embriões.

Depois de 10 a 14 dias da transferência embrionária a mulher deve realizar um teste de gravidez. Caso o resultado seja positivo, cerca de 10 dias depois é possível realizar um ultrassom transvaginal que permite visualizar o saco gestacional e confirmar a ocorrência da gravidez.

Cada etapa da FIV é muito importante para o sucesso do tratamento. Graças ao procedimento muitos casais com dificuldade de engravidar conseguem realizar o sonho de gerar o seu bebê.

Gostou do nosso artigo sobre as etapas do desenvolvimento do embrião? Aproveite e baixe também o infográfico que fizemos com as etapas resumidas!  Continue acompanhando o blog do CEFERP para mais dicas e novidades!

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Marcelo Rufato

Embriologista Sênior e Diretor dos Laboratórios do CEFERP
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