7 sinais que podem indicar problemas de fertilidade

7 sinais que podem indicar problemas de fertilidade

7 sinais que podem indicar problemas de fertilidade

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A gravidez figura entre os maiores objetivos de muitos casais ao redor do mundo. Entretanto, a concretização do sonho de ser mamãe ou papai pode ficar distante devido à presença de doenças que reduzam a fertilidade. Outros casais adiam o sonho para o final da vida reprodutiva — quando há estabilidade emocional e financeira.

Com os avanços da medicina na área da reprodução humana é possível que muitos dos fatores associados à infertilidade não incapacitem de forma definitiva a possibilidade da gestação. É muito importante estar atento a alguns sinais de alerta que possam estar associados a dificuldade para engravidar. Pensando no assunto, separamos abaixo 7 sinais que podem indicar problemas de fertilidade conjugal. Confira a seguir e saiba tudo sobre a infertilidade na mulher.

1. O bebê não chega. Até quando esperar?

Apesar de não parecer, a maioria dos casais não engravidam nos primeiros meses de tentativa. Aproximadamente 20% das mulheres com menos de 30 anos obtém uma gestação após o primeiro mês de relações sexuais regulares sem uso de anticoncepcionais.Após 12 meses, 85% dos casais terão alcançado o tão sonhado teste de gravidez positivo! Essas taxas podem apresentar variações de acordo com a idade da mulher (15% para mulheres com 31-35 anos, 9% para o grupo de 36-40 anos e 5% para mulheres com 41 anos ou mais).

O tempo de espera para engravidar depende da idade da mulher e da presença de doenças que possam diminuir a fertilidade no casal.  A Sociedade Americana e a Sociedade Europeia de Medicina Reprodutiva fazem a seguinte recomendação:

  • mulheres com menos de 35 anos e sem doença ginecológica podem aguardar até um ano para engravidar;
  • mulheres com idade maior ou igual a 35 anos ou com alguma doença ginecológica (endometriose, anovulação, síndrome dos ovários policísticos) ou ainda com parceiro apresentando algum problema no espermograma necessitam procurar um especialista em infertilidade após seis meses de tentativa.

2. Menstruação irregular

O ciclo menstrual é composto por 02 fases:

  • a fase 01 é o período de desenvolvimento do folículo (estrutura no ovário que abriga o óvulo), tem duração variável e predomina a produção de estrogênio;
  • na fase 02 ocorre o preparo final do endométrio (camada interna do útero) para receber o embrião. A duração desta segunda fase é fixa em 14 dias e, neste momento, predomina a ação da progesterona.

A ovulação ocorre entre essas duas fases. Sua data provável pode ser calculada subtraindo-se a duração da segunda fase (14 dias) do número de dias de intervalo do ciclo. Por exemplo: uma mulher com fluxo menstrual que ocorre a cada 30 dias terá sua provável ovulação no 16º dia do ciclo. Em outra tentante que menstrua a cada 26 dias, a ovulação provável será no 12º. É importante lembrar que a data da ovulação só é possível ser estimada em mulheres com ciclos menstruais regulares (padrão de sangramento cíclico entre 21 a 35 dias com atraso ou antecipação de 3 dias).

A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (American Society for Reproductive Medicine) considera que a fertilidade do casal começa a se elevar por volta de 5 dias antes da ovulação, sendo máxima dois dias antes até o momento da liberação do óvulo. Este seria o período de fertilidade máxima do casal.

A avaliação da ovulação é clínica! Se você apresenta ciclos menstruais regulares, é bem provável que tenha ovulação. Além disso, a mudança no muco vaginal (torna-se menos viscoso e mais fino para receber os espermatozoides), dor no meio do ciclo na região da pelve (região inferior do abdome) e/ou sangramento vaginal no período peri-ovulatório são outros sinais clínicos que auxiliam na confirmação da ovulação! E também não podemos nos esquecer da tensão pré-menstrual. Quem tem TPM, tem ovulação!

A ausência de ovulação é a causa mais frequente de infertilidade feminina, representada pela síndrome dos ovários policísticos. Muitas vezes a mulher fica alguns meses sem menstruar. Nesses casos, é fundamental procurar um ginecologista para avaliar as possíveis causas na irregularidade do ciclo da mulher, de modo que o médico possa considerar a melhor conduta para sanar o problema.

3. Desequilíbrio hormonal

O desequilíbrio hormonal é um dos motivos que podem provocar problemas de fertilidade na mulher. Isso pode ser provocado por vários fatores, desde influência do ambiente em que a mulher vive até pela presença de alterações metabólicas.

Todos os processos metabólicos do organismo são mediados pela ação de hormônios e quando há falta ou excesso de liberação dessas substâncias, os processos não ocorrerão de maneira equilibrada.

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O desequilíbrio hormonal pode desencadear irregularidade no ciclo menstrual, alteração do humor, ganho ou perda excessiva de peso, manifestação clínica do excesso de androgênicos (aumento da quantidade de pêlos, acne), etc. Nestes casos, vale a pena procurar um especialista para realizar exames adequados para o estudo hormonal. A síndrome dos ovários policíticos, a obesidade e as disfunções da glândula tireóide são os prinicpais fatores relacionados ao desequilíbrio hormonal.

A SOP é um desequilíbrio hormonal que pode estar relacionado a diversas manifestações clínicas como infertilidade, acne (espinhas), aumento da quantidade pelos pelo corpo (hirsutismo), queda de cabelo (alopecia) e alterações metabólicas (obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 etc.).

4. Alterações nas trompas

O primeiro passo para a formação do embrião é representado pela fertilização do óvulo por um espermatozoide. O cenário para este encontro é a trompa uterina, um dos órgãos mais importantes para a fertilidade!

Aproximadamente 40% dos problemas femininos para engravidar são representados por alteração na permeabilidade/função das trompas.A obstrução tubária por infecção ou mesmo a laqueadura têm sido motivos relativamente frequentes de dificuldade feminina para engravidar. A suspeita clínica de obstrução tubária por infecção é muito limitada porque na maior parte dos casos a mulher não apresenta sintomas. O diagnóstico da alteração da permeabilidade das trompas só é possível com a realização de exames.

Já em relação à laqueadura tubária, mulheres com menos de 35 anos que não apresentam outros fatores relacionados a dificuldade para engravidar são as principais candidatas para alcançar nova gestação através da reversão da laqueadura. Nas outras situações, a FIV apresenta maior custo-benefício.

5. Endometriose

Endometriose é uma doença ginecológica caracterizada pela presença do endométrio (camada interna que reveste o útero) fora da cavidade uterina. Apesar de 90% das mulheres apresentarem fluxo menstrual retrógrado (do útero para as trompas e cavidade pélvica), apenas 10% destas mulheres apresentam predisposição para adesão das células endometriais fora do útero.

A causa exata deste mecanismo não é conhecida, mas fatores genéticos, imunológicos, relacionados ao sistema linfático, entre outros fatores, já foram associados à endometriose. O principal fator de infertilidade associado à endometriose é o tubário. Isso ocorre porque o processo inflamatório crônico da doença leva à alteração da anatomia e mobilidade das trompas. Consequentemente podem ocorrer dificuldade para a fecundação.

Os principais sintomas relacionados a endometriose são:

  • dor pélvica crônica (não relacionada ao fluxo menstrual);
  • cólica menstrual de forte intensidade;
  • dor durante a relação sexual;
  • alterações urinárias (dor, sangramento ao urinar  durante o período menstrual);
  • alterações intestinais (dor, sangramento ao urinar, obstrução do intestino);
  • infertilidade.

Apesar da possível presença de sintomas clássicos, é importante lembrar que até 20% dos casos podem ser assintomáticos, característica que pode estar associada ao atraso no diagnóstico e piora progressiva do quadro clínico.

6. Alterações masculinas

Algumas doenças e ou hábitos masculinos podem interferir na fertilidade. É o caso da exposição a altas temperaturas (profissões como operadores de caldeiras, por exemplo), uso de anabolizantes ou medicações hormonais que reduzam a produção/ação dos androgênios, presença de varizes na região escrotal (local onde ficam os testículos), presença de doenças crônicas que interfiram na função sexual, infecção, doenças hormonais ou genéticas etc.

A avaliação por meio do espermograma poderá informar o impacto destas diferentes condições sobre a fertilidade e masculina.

7. Problemas no útero

Algumas malformações uterinas ou mesmo alterações da sua forma pela presença de miomas ou adenomiose (presença do endométrio na parede do útero  — miométrio) podem interferir na possibilidade de alcançar e/ou manter a gestação. É importante consultar um especialista para avaliar o impacto destas condições sobre a fertilidade.

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Prof. Dr. Anderson Sanches de Melo

Médico especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da HC FMRP-USP. CRM-SP 104.975
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