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Dra. Camilla Vidal

Médica ginecologista com especialização em Reprodução Humana na HCFMRP – USP. CRM-SP 164.436

No universo das preocupações sobre saúde reprodutiva, uma questão que frequentemente surge é se o uso prolongado de anticoncepcionais pode causar infertilidade. Vamos explorar essa questão, desmistificar alguns conceitos e compreender melhor a relação entre contraceptivos e fertilidade.

Como funcionam os anticoncepcionais

A maior parte dos anticoncepcionais, sejam eles pílulas, adesivos, injetáveis ou outros métodos, atuam principalmente impedindo a ovulação, podendo alterar também o muco cervical e o revestimento uterino.
Como esses mecanismos visam evitar a gravidez, surge uma dúvida: eles causam danos permanentes aos órgãos reprodutivos? Vamos entender melhor sobre o assunto a seguir!

O retorno à fertilidade após a interrupção

O efeito dos anticoncepcionais é transitório, portanto, quando uma mulher decide interromper o uso do anticoncepcional, o corpo geralmente retorna ao seu ciclo reprodutivo normal. A ovulação tende a ser retomada já no próximo ciclo. No caso de alguns anticoncepcionais injetáveis, esse prazo pode ser um pouco mais longo, devido ao fato de poderem levar um período maior para serem completamente eliminados do organismo e permitirem o retorno aos ciclos menstruais.

Dúvidas frequentes

Como pudemos ver, o anticoncepcional não traz danos à fertilidade futura. Então, por que muitas mulheres quando suspendem seu uso se deparam com problemas de fertilidade não diagnosticados anteriormente?
O que ocorre é que durante o uso do anticoncepcional a mulher não tem parâmetros de como é o seu ciclo, visto que são os hormônios do anticoncepcional que estão fazendo esta função. Portanto, quando a mulher suspende, é quando de fato ela irá conhecer seus ciclos, a regularidade, entender a ovulação, reserva ovariana, entre outras questões.

Além disso, o anticoncepcional, devido ao seu mecanismo de ação, pode mascarar a percepção de alguns sinais e sintomas de patologias como a síndrome dos ovários policísticos e a endometriose. Assim, quando a paciente suspende e se depara com um possível diagnóstico destas patologias, tende a acreditar que poderia ter relação com o anticoncepcional, quando na verdade elas só puderam ser melhor avaliadas e diagnosticadas após a suspensão.
Importante lembrarmos também que, além do uso de contraceptivos, outros fatores, como idade, saúde geral, estilo de vida e condições médicas preexistentes, podem influenciar a fertilidade de uma mulher.

Mantenha a calma e o acompanhamento médico

Apesar de termos percebido que alguns diagnósticos podem não ser estabelecidos durante o uso do anticoncepcional, isso não significa que as mulheres não devam utilizá-los. Assim como devemos nos preocupar com a fertilidade, o uso do anticoncepcional é uma ferramenta importante para auxílio do planejamento familiar da paciente ou casal.

O cenário ideal, então, é que a paciente mantenha acompanhamento médico regular. Assim, poderá avaliar com seu ginecologista questões sobre a sua saúde em geral e estabelecer seu planejamento reprodutivo.

Conclusão: mais do que anticoncepção, planejamento reprodutivo!

Vimos ao longo do texto que o uso prolongado de anticoncepcionais, quando prescritos e administrados corretamente, é considerado seguro e eficaz para o planejamento familiar. Não há evidências que sugiram que esses métodos causem infertilidade. Em muitos casos, eles podem ser uma ferramenta valiosa para promover a saúde reprodutiva e prevenir complicações ginecológicas.

O ponto importante a ser lembrado é que além da anticoncepção, devemos chamar atenção das mulheres para o planejamento reprodutivo, ou seja, não focarem apenas em evitar a gestação até o momento desejado, mas buscarem conhecer mais sobre sua saúde reprodutiva e avaliarem a possibilidade ou indicação de preservação da fertilidade. Sabemos que a tendência é que muitas mulheres busquem a gravidez em idades mais tardias, e os anticoncepcionais são ferramentas para evitarem a gestação antes deste período, porém, as medidas de preservação da fertilidade também são ferramentas importantes para otimizarem as chances de sucesso no futuro, caso haja dificuldade em gestação espontânea.

Portanto, busque cuidar da sua saúde de forma integral, inclusive da saúde reprodutiva!

Consultar-se com um médico especialista é a melhor maneira de identificar a condição única de cada mulher em relação à saúde reprodutiva e receber orientações sobre seu acompanhamento. Ficou com dúvidas sobre o assunto? Marque sua consulta no CEFERP!

A jornada da fertilidade é uma montanha-russa emocional, onde cada curva, subida e descida traz consigo a promessa de esperança e a possibilidade de desafios. Lidar com os resultados de tratamentos de fertilidade, seja um teste positivo repleto de felicidade, ou um resultado negativo que parece desafiar o coração, exige uma compreensão profunda de si mesma, e um olhar compassivo para o futuro.

A alegria do positivo

Um teste de gravidez positivo é um momento de celebração merecida. É mais um passo dado com sucesso rumo à realização do seu sonho! Portanto, permita-se sentir a alegria e abrace o presente da gravidez. Celebre cada pequena vitória ao longo dessa jornada, elas são prova da resiliência e a determinação que trouxeram você até esta conquista.

Embora a notícia positiva seja motivo de celebração, é compreensível sentir uma mistura de emoções. A cautela é uma companheira natural, e a própria insegurança acaba sendo um sentimento inerente à maternidade. Portanto, equilibrar a excitação com a consciência das etapas que estão por vir é fundamental. Confie no processo e use o fato de ter conseguido mais uma vitória como combustível para seguir no pensamento positivo!

A resiliência diante do negativo

Um resultado negativo pode desencadear uma gama de emoções, desde a tristeza até a frustração e o desânimo. É essencial permitir-se sentir essas emoções e reconhecer o luto pela expectativa que pode não ter sido atendida. A aceitação é um passo crucial para seguir em frente.

Compartilhar seus sentimentos com seu parceiro(a), amigos ou familiares pode também te ajudar neste caminho, caso você se sinta confortável para tratar do assunto com mais pessoas que não só seu parceiro(a). A comunicação aberta cria um espaço de compreensão e apoio, permitindo que você não apenas processe suas emoções, mas também consiga enxergar por outros pontos de vista a realidade, que muitas vezes vista de fora pode se apresentar de outra forma, e pode ser menos assustadora.

A busca de apoio

Em momentos de alegria ou desafio, o aconselhamento profissional pode oferecer uma perspectiva objetiva e orientação emocional. Psicólogos especializados em fertilidade podem ajudar a explorar sentimentos, estratégias de enfrentamento e planejamento para o futuro.

Outro ponto de apoio que pode ser de grande auxílio são pessoas que passaram por experiências semelhantes. Grupos de apoio e comunidades online podem oferecer uma rede de compreensão, conselhos práticos e, acima de tudo, a certeza de que não está sozinha nessa jornada. Porém, muito cuidado para evitar comparações e cobranças desnecessárias! Lembre-se que esta deve ser uma ferramenta de fortalecimento emocional, e não uma fonte de ansiedade e incertezas.

Abraçando o futuro com resiliência

Independentemente do resultado, lembre-se de que a jornada da fertilidade é um caminho complexo e individual. Cada um terá uma jornada diferente, com suas curvas mais ou menos acentuadas, mas todos com a beleza da vista do caminho até o destino final – o bebê nos braços!

Celebrar os sucessos e enfrentar os desafios com resiliência são elementos essenciais para avançar. Cada resultado, positivo ou negativo, é um capítulo na história linda que está sendo escrita, e que será contada para o futuro bebê.

Conte com o apoio do CEFERP nessa jornada. Estamos à disposição!

Doar óvulos é um gesto nobre, que proporciona a realização de sonhos e a construção de novas famílias

Durante a jornada da maternidade, existe um ato de generosidade que algumas mulheres tem a opção de realizar, e ele tem o poder de transformar vidas de maneiras extraordinárias: a doação de óvulos.

A doação de óvulos é um ato de solidariedade e empatia oferecido para as mulheres que, por razões diversas, não podem gerar com seus próprios óvulos, seja pela baixa reserva ovariana, a menopausa precoce, a idade avançada ou algumas doenças genéticas, por exemplo.

Por meio deste processo, elas encontram na generosidade de doadoras uma chance de experienciar a alegria de gerar um filho.

Quem doa, doa amor, doa esperança, doa a possibilidade de auxiliar na realização de um sonho.

Foi com esse olhar de solidariedade que surgiu o Programa “Sonhar Juntos”, criado pelo CEFERP para que mulheres possam ser doadoras de óvulos para outras pacientes, que por alguma razão não possam utilizar os seus próprios óvulos no tratamento de Fertilização in vitro.

Além disso, pensando em ampliar essa conscientização e incentivar esse ato de amor, é prevista pelo Conselho Federal de Medicina a possibilidade de doação compartilhada, onde a doadora e a receptora compartilham os óvulos e os custos do tratamento. Dessa forma, o tratamento pode se tornar mais acessível para as doadoras de óvulos. O processo é feito após uma consulta médica e avaliação do histórico de saúde pessoal, familiar, exames, entre outras avaliações da potencial doadora.

 

Processo seguro

É importante destacar que a doação de óvulos é um processo seguro e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), através da última resolução (RESOLUÇÃO CFM nº 2.320/2022). Neste documento, é prevista a doação de óvulos, seja por parente até quarto grau (desde que não ocorra consanguinidade) ou doação anônima. Também é estabelecido que a doação não pode ter caráter comercial. Instituições e clínicas especializadas são responsáveis por orientar e apoiar todas as partes envolvidas, garantindo que o processo seja conduzido com ética e respeito.

Ao realizar a doação dos óvulos, a doadora não tem qualquer direito sobre os bebês que possam ser gerados. Na doação anônima, a identidade dos bebês, de seus pais e da doadora de óvulos são preservadas e de posse da equipe de especialistas do CEFERP sob absoluto sigilo, também seguindo as regulamentações do CFM, garantindo total transparência e confiança nos aspectos que envolvem a ovodoação e ovorecepção.

 

Propósito de vida

Ao abraçar a importância da doação de óvulos, contribuímos para a construção de um futuro onde a fertilidade não seja um privilégio inatingível, mas sim algo possível a todos. Cada doadora é uma arquiteta da esperança, construindo pontes para sonhos que, de outra forma, poderiam parecer inalcançáveis.

 

Como me tornar doadora de óvulos no Programa Sonhar Juntos?

As candidatas a doação de óvulos precisam cumprir os pré requisitos estabelecidos pelo CFM. Um destes é a idade, portanto, a idade limite para a potencial doadora é de 37 anos. Para o Sonhar Juntos, a paciente que deseje ser doadora de óvulos deve preencher um cadastro, que será avaliado pela equipe CEFERP. Após o cadastro, será agendada uma consulta para avaliar se a paciente cumpre os demais pré requisitos para a doação (são necessários exames de imagem, como ultrassom, e exames de sangue – desde avaliações de sorologias a exames de cariótipo e eletroforese de hemoglobinas). Após esta consulta, anamnese e exames avaliando a aptidão para doação, caso seja prevista a doação compartilhada, é necessário que haja uma paciente com características físicas compatíveis para receber os óvulos doados. Dessa forma, a paciente doadora poderá iniciar seu tratamento.

Você tem interesse em saber mais sobre o Programa “Sonhar Juntos”? Entre em contato com o CEFERP.

Um tratamento de reprodução assistida pode envolver muitas expectativas, medos, ansiedade… portanto, ao realizar uma preparação para ele, você pode entrar nesta jornada mais fortalecida e confiante! Neste artigo, vamos apresentar passos importantes que podem ajudar na sua preparação para o início do tratamento!

1º Passo: Consulta com um especialista

O início de tudo se dá por uma consulta com um especialista em fertilidade. Nesta conversa, você poderá entender melhor os diagnósticos e possíveis tratamentos, chances de sucesso, permitindo assim a criação, em conjunto, de um plano de tratamento individualizado. Entender os procedimentos, os medicamentos envolvidos e os possíveis efeitos colaterais pode te deixar menos receosa durante estas etapas.

O CEFERP – Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto – é referência em Reprodução Humana no interior de São Paulo, sendo o único centro de Reprodução Assistida de toda a América Latina a conquistar o certificado de Acreditação Qmentum Internacional™, nível de excelência Diamante. Procurar uma clínica de confiança fará você estar segura de que todas as medidas de cuidado estão sendo tomadas, para que seu tratamento ocorra da melhor forma possível.

2º Passo: Exames médicos e avaliação de saúde

Após a consulta, possivelmente a equipe médica fará solicitação de alguns exames para avaliar melhor o contexto e possíveis diagnósticos que possam impactar nas opções de tratamento, ou que possam requerer abordagem específicas.

Certifique-se de que ambos os parceiros realizem as avaliações médicas completas concomitantemente: lembre-se de que a fertilidade não se mede apenas com o homem ou com a mulher, mas com o casal.

3º Passo: Estilo de vida saudável

Nossa saúde envolve todas as áreas da nossa vida. Portanto, adote um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada, exercícios regulares e a eliminação de hábitos prejudiciais como tabagismo e consumo excessivo de álcool. Estas medidas podem auxiliar não só a evitar exposição a fatores que possam interferir negativamente na fertilidade, como também podem auxiliar na sensação de bem-estar, controle da ansiedade e estresse.

4º Passo: Suplementos e vitaminas

Além da alimentação adequada, existem algumas vitaminas recomendadas para o período pré-concepcional, visando ao desenvolvimento saudável do feto e da gestação como um todo. Portanto, siga as orientações do seu médico e use as vitaminas regularmente. Você também pode realizar acompanhamento nutricional neste período.

5º Passo: Acompanhamento psicológico

Como vimos anteriormente, o tratamento por si só carrega um misto de sentimentos. Além disso, a própria infertilidade pode afetar a paciente ou casal em graus e aspectos variáveis. Portanto, o acompanhamento psicológico pode ajudar a desenvolver ferramentas para lidar melhor com esses sentimentos. Ele também pode ajudar a lidar com a ansiedade e o estresse associados ao tratamento de reprodução assistida, pois é importante estar emocionalmente assistido para diferentes cenários.

Cuide da sua mente para tornar mais leve a caminhada do tratamento.

6º Passo: Rede de apoio

Se você se sentir confortável para conversar com mais pessoas sobre o tratamento, construa um sistema de suporte com amigos e familiares. O tratamento de fertilidade pode ser emocionalmente desgastante em alguns momentos, e ter uma rede de apoio pode fazer uma grande diferença.

7º Passo: Planejamento financeiro

Entenda os custos envolvidos no tratamento de reprodução assistida e se programe para eles. Tenha certeza de que você compreendeu corretamente os gastos esperados, para evitar possíveis frustrações ou preocupações futuras. Ao iniciar um tratamento com este planejamento já feito, você retira uma fonte importante de preocupações da sua mente, e pode viver mais tranquilamente as etapas.

8º Passo: Planejamento de tempo

Esteja preparado para dedicar tempo ao tratamento. Consultas médicas, exames e procedimentos podem demandar um investimento de tempo. Muitas etapas podem ser otimizadas em uma clínica de reprodução humana, como a agilidade para realização de exames de ultrassom e espermograma desde a primeira consulta. Porém, outras etapas dependem da resposta individual do organismo, e alguns prazos precisam ser respeitados.

Esteja ciente de que chegar ao objetivo final pode levar tempo. Estar preparada para este fator também ajuda a manejar as expectativas e lidar melhor com a ansiedade.

9º Passo: Comunicação com a equipe médica

Mantenha uma comunicação aberta e transparente com a equipe que estará com você no tratamento. Pergunte sobre todas as suas dúvidas e preocupações. É natural que elas existam, e seguir o tratamento ainda com dúvidas pode te gerar desgastes ou frustrações desnecessários.

10º Passo: Tenha calma e evite comparações

Lembre-se de que cada pessoa e casal é único, e as necessidades específicas podem variar. Juntamente com a equipe médica, vocês irão traçar um plano personalizado que atenda às suas necessidades e circunstâncias individuais. Conhecer pessoas passando pela mesma situação e trocar experiências pode ser enriquecedor, porém é importante tomar cuidado para obtermos o que há de bom nestas trocas, mas evitar comparações excessivas que possam gerar insegurança.

Ao longo do texto, pudemos perceber que o suporte emocional, hábitos saudáveis, planejamento, e um bom alinhamento com a equipe desempenham papéis fundamentais no sucesso do tratamento de reprodução assistida. Não deixe de focar nestes pontos para a programação do seu tratamento!

Gostou do artigo? Saiba mais informações sobre procedimentos de reprodução humana e fertilidade no blog do CEFERP.

Menstruação prolongada ou intensa: será que isso pode afetar a capacidade de engravidar?

Para muitas mulheres, a menstruação é uma parte natural e previsível do ciclo menstrual. No entanto, quando a menstruação se prolonga por mais tempo do que o esperado, ou se apresenta com um fluxo aumentado, é comum surgirem preocupações sobre a fertilidade. Neste artigo, vamos entender se estes sinais na menstruação podem indicar problemas para engravidar e o que fazer caso isso seja uma preocupação para você.

O que pode ser considerada uma menstruação prolongada?

Não existe padronização única de normalidade para a duração e volume da menstruação, o primeiro passo é conhecer o seu padrão de fluxo e duração. De forma geral, podemos considerar o sangramento como prolongado quando ele se estende por mais dias do que o habitual, geralmente durando mais de sete dias. Esse sangramento pode ser mais intenso e acompanhar outros sintomas desconfortáveis, como cólicas e cansaço.

Mudanças no fluxo menstrual e fertilidade:

É normal se questionar se algumas mudanças no padrão de fluxo menstrual (duração ou volume de sangramento) podem ou não afetar a capacidade de engravidar. Na maioria dos casos, as alterações em si não são diretamente o fator que pode impactar na fertilidade. No entanto, elas podem estar associadas a condições subjacentes e, estas sim, a depender dos achados e sua gravidade, podem influenciar nas chances de concepção.

Possíveis causas de mudanças no fluxo menstrual:

Desequilíbrios hormonais: algumas alterações hormonais, principalmente se relacionadas à irregularidade menstrual, podem se associar também com mudanças no fluxo menstrual. Isso ocorre, por exemplo, em mulheres com síndrome dos ovários policísticos que possuem ciclos muito irregulares. Geralmente, quando há a menstruação nestes casos, ela tende a vir em maior intensidade e duração.

Miomas uterinos: miomas são tumores benignos que se desenvolvem no útero e, dependendo de seu tamanho e localização, podem causar sangramento intenso e/ou prolongado. Não são todos os miomas que podem trazer alterações na menstruação ou mesmo impacto na fertilidade e cada caso deve ser avaliado individualmente.

Pólipos uterinos: pólipos são crescimentos anormais no revestimento interno do útero, podendo estar presentes na cavidade ou até mesmo no canal que reveste o colo uterino. A presença do pólipo pode levar a sangramento aumentado ou prolongado, porém não necessariamente tem correlação com alteração de fertilidade.

Distúrbios da coagulação sanguínea: problemas com a coagulação do sangue podem levar a sangramento menstrual excessivo. Porém, nestes casos, geralmente o quadro tende a ser diagnosticado mais cedo, pois a mulher tende a apresentar estes sintomas desde os primeiros ciclos menstruais e em todas as menstruações, não como achados isolados. É importante que seja feito o devido diagnóstico e acompanhamento para evitar danos à saúde ou, até mesmo, riscos durante a gestação.

Tratamentos e cuidados:

O tratamento para as alterações de fluxo menstrual dependerá da possível causa subjacente. Nem todos os casos podem precisar de tratamento, pois algumas alterações menstruais podem ser esporádicas e não representar a tendência dos demais ciclos. Em alguns casos, pode ser necessário utilizar medicamentos para controlar o sangramento. A depender da possível causa associada às alterações de fluxo, podem ser indicados tratamentos de questões hormonais ou procedimentos cirúrgicos para remover pólipos, miomas, etc.

Se você está preocupada com a sua menstruação e notou mudança no seu padrão de fluxo menstrual, é importante procurar um médico ginecologista. O profissional realizará uma avaliação completa para tentar identificar a possível causa da mudança e verificar se há algum problema que possa estar afetando a fertilidade ou que necessite de acompanhamento e/ou tratamento.

Conclusão:

Alterações do fluxo menstrual podem ocorrer de forma esporádica e, não necessariamente, significarem algo patológico. Porém, principalmente nos quadros onde esta mudança se mantém, pode ser um sinal de que algo não está bem no organismo e merece atenção médica. Ao procurar orientação profissional, é possível entender se as mudanças percebidas no fluxo menstrual podem ter característica de alguma patologia que necessite de investigações adicionais e tratamento.

Com cuidados adequados e o acompanhamento médico necessário, muitas mulheres conseguem superar essas condições e alcançar o sonho de engravidar com sucesso. Lembre-se de que cada caso é único, e a consulta médica é fundamental para entender sua situação específica e tomar decisões informadas em relação à saúde reprodutiva.

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Quando se trata de tratamentos de reprodução humana, um procedimento relativamente comum a ser discutido é a laparoscopia. Mas o que exatamente é esse procedimento? Neste artigo, vamos explorar um pouco mais este assunto, abordando o que é a laparoscopia e qual sua importância na área da reprodução assistida.

 

O que é a laparoscopia?

 

A laparoscopia é um procedimento cirúrgico, realizado por meio de pequenas incisões na parede abdominal. Através dessas incisões, é inserida uma câmera fina e flexível, bem como instrumentais que permitam ao médico visualizar o interior do abdômen e realizar procedimentos cirúrgicos com precisão.

 

Em que situações a laparoscopia é indicada?

 

A laparoscopia pode ser indicada em casos de infertilidade quando há suspeita ou presença de certas condições que possam afetar a fertilidade. Abaixo, iremos mencionar algumas situações em que a laparoscopia pode ser recomendada:

 

Endometriose

A laparoscopia é considerada o padrão ouro para diagnóstico da endometriose, uma condição em que o tecido semelhante ao revestimento do útero cresce fora dele. Ela pode ser indicada caso haja suspeita desta condição, principalmente se associada a sintomas que impactem na qualidade de vida da paciente. Geralmente, antes de considerar a realização da cirurgia, são realizados exames de imagem para rastreamento da possível patologia. Importante ressaltarmos que não são todos os casos de endometriose em que há indicação de cirurgia, portanto, cada caso deve ser avaliado e orientado de forma individual, considerando-se as particularidades da paciente ou casal.

Alterações tubárias

Se houver suspeita de alterações nas trompas de Falópio, como a hidrossalpinge (uma dilatação das trompas), a laparoscopia pode ser usada para avaliar melhor a condição destas estruturas e realizar possíveis procedimentos corretivos. A hidrossalpinge é uma condição que pode impactar nas chances de gestação, e tem indicação de correção inclusive antes de transferência de embriões, em caso de tratamento de fertilização in vitro.

 

Cistos ovarianos

A presença de cistos ovarianos, a depender dos achados em exames de imagem, pode necessitar de investigações e abordagens adicionais. A laparoscopia é uma destas abordagens, já que permite a remoção do cisto, se necessário, para melhor investigar sua origem.

 

Anormalidades uterinas

Certas anomalias uterinas, como miomas (tumores benignos no útero) volumosos ou com componentes no interior da cavidade uterina, podem dificultar a implantação e a gravidez. A laparoscopia permite o diagnóstico e tratamento dessas anomalias, o que pode trazer benefício para a saúde uterina e a fertilidade.

 

É importante lembrar que a laparoscopia não é a primeira opção de tratamento para todas as situações de infertilidade. Na verdade, ela é considerada em casos específicos, onde não sejam possíveis abordagens com grau menor de intervenção. O primeiro passo quando há suspeita ou diagnóstico de infertilidade é buscar avaliação de um especialista, para que sejam feitos exames e avaliações necessárias para identificar a causa e as melhores opções de tratamento.

 

A decisão de realizar uma laparoscopia deve ser feita em conjunto com o médico especialista em reprodução humana, levando em consideração a história clínica, os sintomas e os resultados dos exames. O médico irá avaliar cuidadosamente cada caso e recomendar a laparoscopia quando acreditar que o procedimento possa ajudar a melhorar as chances de gravidez.

 

 

Como é feito o procedimento

 

Antes do procedimento, o paciente é submetido a uma avaliação médica completa. Serão realizados exames pré-operatórios e fornecidas orientações específicas sobre o procedimento. Geralmente, a laparoscopia é realizada com anestesia geral, para garantir que o paciente esteja confortável, seguro e sem dor durante o procedimento.

 

São feitas pequenas incisões na região abdominal. O número e a localização das incisões podem variar dependendo do tipo de laparoscopia e do objetivo do procedimento. Para melhor visualização da cavidade abdominal e para maior segurança na abordagem das estruturas, é realizada a introdução de um gás no abdome. Isso ajuda a afastar os órgãos abdominais da parede abdominal, permitindo que o cirurgião tenha uma visão clara e espaço para manobrar os instrumentos.

 

Após a conclusão do procedimento, os instrumentos e o gás são removidos e as incisões são fechadas com pontos ou fita cirúrgica. Em alguns casos, pode ser necessário utilizar um curativo ou bandagem na área das incisões.

 

Após a laparoscopia, o paciente é levado para a sala de recuperação, onde a equipe médica monitora sua recuperação pós-operatória. Após este período, a evolução e tempo de repouso dependem do grau de complexidade dos procedimentos realizados.

 

Em resumo, a laparoscopia é um procedimento que pode auxiliar na abordagem de fatores que possam afetar a fertilidade. Por meio de pequenas incisões, o laparoscópio permite ao médico visualizar e intervir nos órgãos reprodutivos de forma precisa e eficaz. Com seus benefícios em termos de recuperação mais rápida e menor risco de complicações, a laparoscopia desempenha um papel importante no cuidado da saúde reprodutiva.

 

Se você está considerando um tratamento de reprodução assistida, converse com seu médico sobre qual a melhor estratégia para o seu caso.

 

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Você já ouviu falar sobre criptorquidia? Trata-se de uma condição que afeta os meninos recém-nascidos, em que um ou ambos os testículos não descem para o lugar correto, ou seja, a bolsa escrotal. Essa situação aparentemente simples pode ter consequências importantes quando pensamos na fertilidade masculina. Neste artigo, vamos falar sobre a relação entre criptorquidia e a possível dificuldade em ter filhos.

 

O que é criptorquidia?

A criptorquidia é uma condição em que os testículos não fazem a descida normal para o escroto até o final do desenvolvimento do bebê. Durante a gestação, os testículos se formam na barriga do feto e, ao longo do tempo, eles deveriam migrar para o escroto, uma espécie de bolsa localizada abaixo do pênis. No entanto, em alguns casos, essa migração não acontece corretamente, e os testículos ficam retidos no abdômen ou no canal inguinal.

 

Como a criptorquidia afeta a fertilidade?

A relação entre criptorquidia e fertilidade é bem estabelecida. Os testículos têm um papel fundamental na reprodução masculina, pois são responsáveis por produzir os espermatozoides, as células que podem fertilizar o óvulo feminino. Quando os testículos ficam posicionados em local inapropriado, eles são expostos a fatores ambientais diferentes do ideal, principalmente quanto à temperatura, e isso pode impactar diretamente na produção de espermatozoides.

A temperatura na região abdominal é mais alta do que na região escrotal, e isso é um fator que pode impactar na formação dos espermatozoides em graus variáveis, desde uma redução na produção até, em casos mais severos, não serem encontrados espermatozoides no espermograma. Acredita-se que o calor excessivo, entre outros fatores, cause danos às células responsáveis por produzir os espermatozoides, o que afeta a quantidade, qualidade e capacidade de se moverem corretamente.

 

Além disso, é importante destacar que a criptorquidia não tratada pode aumentar o risco de desenvolvimento de outras complicações, como torção testicular, hérnia inguinal e até mesmo o câncer de testículo.

 

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da criptorquidia geralmente é feito pelo médico logo após o nascimento do bebê, durante o exame físico. Se o médico não conseguir sentir o testículo no lugar correto, ele pode solicitar exames de imagem, como a ultrassonografia, para confirmar sua localização.

O tratamento para a criptorquidia envolve principalmente uma cirurgia chamada orquidopexia. Essa cirurgia tem o objetivo de reposicionar o testículo no escroto. É muito importante que, caso ela seja indicada, seja preferencialmente feita o mais cedo possível, para tentar minimizar possíveis alterações de desenvolvimento do testículo e, com isso, poder maximizar as chances de produção adequada de espermatozoides.

 

Conclusão

Em resumo, a criptorquidia, quando não tratada, pode afetar a fertilidade masculina. Por isso, é essencial que os pais estejam cientes da importância de um diagnóstico precoce e de um tratamento adequado, como a cirurgia para reposicionar o testículo. Com uma intervenção oportuna, é possível minimizar as complicações futuras e o potencial impacto na fertilidade masculina.

Se você suspeitar que seu filho possa ter criptorquidia, é importante consultar um médico para uma avaliação correta e receber orientações adequadas. Lembre-se de que a detecção precoce e o tratamento apropriado são fundamentais para garantir o melhor prognóstico possível.

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A recepção de óvulos é um método que permite que mulheres com dificuldade de engravidar com os próprios óvulos, possam atingir a gestação e assim vivenciar todas as etapas do sonho de formar uma família.

A prática é totalmente respaldada no Brasil, e regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Ainda há muitas dúvidas e desinformação a respeito do tema. Pensando nisso, desenvolvemos esse artigo para responder os 5 principais mitos e verdades da recepção de óvulos. Boa leitura!

1.   A doação de óvulos no Brasil é paga

Mito. O gesto de doar óvulos é totalmente solidário e altruísta, e inclusive de acordo com as regras do CFM, não pode ser realizado envolvendo caráter lucrativo ou comercial.

As doadoras podem realizar o tratamento com o único intuito de doar os óvulos, assim como podem realizar a chamada doação compartilhada. Nesta última, a paciente doadora de óvulos também passará pelo tratamento de FIV, e compartilhará os óvulos obtidos na coleta com a paciente receptora.

Geralmente as receptoras de óvulos são mulheres que não tiveram sucesso em tratamentos anteriores, ou que já estejam na menopausa, seja pela idade ou por terem passado por retirada dos ovários, por exemplo.

Casais homoafetivos masculinos também necessitam recorrer à doação de óvulos. Nesse caso, o embrião é gerado com o óvulo da doadora e espermatozoide de um dos parceiros, e posteriormente, é transferido para o útero de uma barriga solidária, sendo que a mulher que gestará o bebê deve ter relação de parentesco de até quarto grau com um dos pacientes e já possuir pelo menos um filho vivo.

2.   O bebê não terá o DNA da mãe

Verdade. O embrião é formado através da união do óvulo ao espermatozoide, onde cada um contribui com metade da carga genética. Portanto, a carga genética (o DNA) do óvulo, virá da pessoa que o doou.

Porém, isso não significa que o bebê não terá as características da mãe. Inicialmente, porque quando buscamos uma doadora de óvulos, buscamos o máximo de características físicas semelhantes àquelas da paciente que irá recebe-los.

Outro fator para considerarmos é o de que o corpo humano tem uma maneira natural de ativar ou desativar alguns de nossos genes em resposta ao ambiente, ou estilo de vida que levamos, sem alterar a estrutura do DNA, fenômeno conhecido como epigenética.

O DNA funciona apenas como um manual de instruções para as células de nosso corpo. Então sim, o embrião conterá o DNA da mulher que realizou a doação do óvulo. Porém isso não significa que a mulher que irá receber o óvulo seja “menos mãe”, pois até mesmo a dieta que ela adotar durante a gestação irá influenciar na saúde do bebê.

Outro exemplo sobre a epigenética: se a doadora do óvulo for saudável, mas a receptora que irá gerar o bebê tiver hábitos de vida inadequados, a epigenética pode mudar a ativação de alguns genes, aumentando a chance do aparecimento de doenças.

Leia mais: Epigenética: entenda como funciona!

3.   A doadora terá acesso às informações de identidade da receptora

Mito. O Conselho Federal de Medicina exige que o processo se mantenha no anonimato e impõe medidas rígidas no processo de seleção das doadoras. A única exceção ao anonimato é nos casos de doação entre parentes. Atualmente, é permitido que pacientes recebam doação de gametas (óvulos ou espermatozoides) de parentes de até quarto grau. Nos casos onde foi realizada doação sem grau de parentesco, ela deve obrigatoriamente ser anônima.

Esta regra vale tanto para a identidade da doadora quanto da receptora. Isso permite que ambas as envolvidas tenham segurança durante o procedimento e também impede que a doadora tente reconhecer algum direito sobre o bebê gerado pela receptora.

4.   A chance de ter gravidez múltipla é maior que na gestação espontânea

Verdade. No tratamento da fertilização in vitro, podemos transferir mais que um embrião em alguns cenários. O número máximo de embriões que podem ser transferidos é regido pela Resolução do CFM. Também devem ser levadas em consideração questões clínicas, patologias de base, tentativas anteriores, etc. Quando transferimos mais de um embrião, acabamos aumentando a chance de gestação múltipla.

5.   É permitido utilizar óvulos de doadoras estrangeiras na FIV

Verdade. No Brasil a escolha da doadora é de responsabilidade da clínica em que será realizada a fertilização in vitro (FIV).

Algumas características físicas da doadora são disponibilizadas como: peso, estatura, cor de pele, cor e consistência do cabelo, cor dos olhos, para que seja buscado o maior grau de semelhança possível.

Além das doadoras que realizam o tratamento no Brasil, é possível recorrer ao banco europeu ou americano para doação de óvulos, caso haja desejo da paciente por alguma característica ou pesquisa específica a ser realizada na doadora.

Leia mais: É possível utilizar óvulos de doadora estrangeira na FIV?

Gostou do nosso artigo sobre mitos e verdades de recepção de óvulos? Se você quer saber mais informações sobre procedimentos de reprodução humana e fertilidade acesse o blog do CEFERP!

Quando o casal apresenta diagnóstico de infertilidade, é fundamental aconselhamento médico, com objetivo de realizar uma avaliação individualizada e discussão dos diversos tratamentos disponíveis.

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O tratamento de reprodução assistida, pode ser dividido em baixa e alta complexidade. A baixa complexidade refere-se à fecundação in vivo, ou seja, na mulher, podendo ser exemplificado pelo coito programado ou inseminação intrauterina (ou inseminação artificial). Já na alta complexidade, ocorre a manipulação e fecundação dos gametas em laboratório, como na FIV (fertilização in vitro) ou ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóides).

Cada tratamento possui indicações precisas, com diferenças nas taxas de sucesso e custos, sendo necessário levar em consideração diversos fatores no momento da escolha.


Quando a inseminação intrauterina é indicada?

Para realização da inseminação intrauterina, é fundamental que as trompas sejam pérvias e o espermograma com valores adequados de concentração e motilidade. Geralmente é recomendado em casais jovens, com curto período de tentativa, fator masculino leve ou sem causa definida de infertilidade (ESCA).

O tratamento consiste na estimulação ovariana, com baixas doses de gonadotrofinas ou medicamentos orais. Através da monitorização ultrassonográfica, o objetivo é o crescimento monofolicular, com disparo da ovulação quando o folículo atingir tamanho ideal. Em seguida, o sêmen é preparado e capacitado em laboratório, sendo injetado intrauterino, para encontro do óvulo na tuba uterina e fertilização do mesmo.

Nesse tratamento, o crescimento de mais de 3 folículos, pode levar ao cancelamento do ciclo, pois como a fertilização ocorre na mulher, sem controle laboratorial, há elevada chance de gemelaridade.

 

Como funcionam as técnicas de alta complexidade?

Nas técnicas de alta complexidade, as pacientes também são submetidas à estimulação ovariana controlada, com gonadotrofinas injetáveis em doses maiores. Nesse tratamento, o objetivo é o crescimento multifolicular, pois maior quantidade de óvulos representa maior número de embriões, com aumento da chance cumulativa de gravidez.

Após a monitorização e crescimento, é realizada a coleta de óvulos, através da punção ovariana, com aspiração do líquido folicular. O sêmen pode ser colhido por masturbação ou procedimento cirúrgico, caso paciente tenha indicação. Após esses procedimentos, ocorre a fecundação dos gametas em laboratório.

 

Ela pode ocorrer por dois processos:

  • FIV clássica: os espermatozoides são colocados próximos ao óvulo e são guiados para que ocorra a fecundação espontânea em placa específica;
  • ICSI: é realizada a injeção intracitoplasmática do espermatozoide no óvulo.

Após a fertilização, os embriões são formados e mantidos em cultivo para desenvolvimento. Eles podem ser transferidos para o útero ou congelados para uso posterior.

A alta complexidade é indicada em casos de infertilidade de longa duração, idade avançada da mulher, fator masculino grave, obstrução tubária, pós vasectomia ou laqueadura, menopausa precoce, endometriose profunda e falhas de outros tratamentos.

 

Qual a taxa de sucesso entre a FIV e a IIU?

Para se estabelecer a taxa de sucesso de cada técnica, é importante considerar alguns fatores como idade da mulher, reserva ovariana, qualidade seminal e causa de infertilidade do casal.

As taxas de sucesso da inseminação intrauterina variam de 10-15% por ciclo, com custos relativamente mais baratos, sendo considerado um tratamento com bom custo benefício, se indicação correta. Já o tratamento de alta complexidade possui maiores taxas de sucesso (aproximadamente 30% por ciclo de transferência), porém com custos mais elevados.

 

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Mesmo com todas as informações adquirida e pesquisas sobre o assunto, o médico especialista em reprodução humana é quem vai orientar o casal e o conduzirá ao início do tratamento adequado, solicitando exames específicos, com as análises necessárias para cada caso.

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Na corrida em busca da realização de um sonho, o primeiro passo é tão importante quanto a linha de chegada.

infertilidade

Infertilidade refere-se à incapacidade do casal de alcançar a gestação espontânea após um ano de tentativa, com relação sexual regular e sem método contraceptivo.

Estima-se que aproximadamente 15% dos casais sofrem com a infertilidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada seis casais, um tem ou terá dificuldade para engravidar. Essa condição pode estar associada a diversos fatores e requer investigação médica individualizada.

Se você quer entender mais sobre o que caracteriza a infertilidade e quais os fatores podem estar associados, leia o artigo completo!

Confira quais os principais tópicos que abordaremos neste artigo:

  • Quais fatores estão ligados à infertilidade?
  • Quais fatores podem levar à infertilidade feminina?
  • Quais fatores podem levar à infertilidade masculina?
  • Como é realizada a investigação da infertilidade?
  • Quais os tratamentos disponíveis?

Quais fatores estão ligados à infertilidade?

As causas de infertilidade podem estar relacionadas tanto a fatores masculinos como femininos. Estudos mostram que 30-35% são relacionados a fatores femininos e 30-35% masculinos.

Estima-se ainda que cerca de 20% dos casos podem ser de causas combinadas do casal. E que em aproximadamente 10% não é possível identificar a etiologia (esterilidade sem causa aparente).

A infertilidade pode ser primária (dificuldade para alcançar a primeira gestação) ou secundária.

Leia mais: Infertilidade masculina e feminina: como isso afeta a vida do casal?

Quais fatores podem levar à infertilidade feminina?

As causas ligadas à infertilidade feminina podem ser divididas:

  • Causas ovarianas:

As anovulações crônicas (como exemplo a síndrome dos ovários policísticos) e a insuficiência ovariana precoce (mais conhecida como menopausa precoce) são exemplos de patologias relacionadas às causas ovarianas.

Outro fator importante é a idade da mulher, que possui impacto na reserva ovariana. Ocorre redução considerável da contagem dos folículos com o avançar da idade.

Leia mais: Síndrome dos ovários policísticos (SOP) e a fertilidade feminina

  • Causas útero-tubárias

A obstrução nas trompas uterinas é uma causa importante de infertilidade e pode ser provocada pela endometriose, infecções pélvicas, aderências ou até mesmo laqueadura prévia.

Patologias uterinas podem prejudicar a implantação embrionária.

Leia mais: Trompas: entenda a sua importância na reprodução humana

  • Causas ligadas à fertilização:

Existem vários fatores que podem estar relacionados a fertilização do embrião, como alterações dos espermatozoides e/ou óvulos ou defeitos nos cromossomos ou nas outras estruturas que regulam a fusão dos dois gametas.

Assista abaixo o vídeo que a Dra. Camilla Vidal preparou sobre os embriões no tratamento de fertilização in vitro:

Quais fatores podem levar à infertilidade masculina?

A infertilidade masculina pode ter causas variadas, e assim como as condições ligadas ao fator feminino, requerem profunda investigação médica.

Entre as principais condições que podem estar relacionadas às causas da infertilidade masculina, estão:

  • criptorquidia: malformação identificada no nascimento do menino, caracterizada pelo posicionamento incorreto do testículo, prejudicando a produção de espermatozoides.
  • fatores genéticos;
  • fatores hormonais;
  • infecções, como prostatites, uretrites, infecções urinárias;
  • obstrução do canal por onde passam os espermatozoides;
  • varicocele (veias do testículo com dilatação anormal);

Leia mais: Infertilidade masculina: o que os futuros papais precisam saber?

Como é realizada a investigação da infertilidade?

Independente da causa de infertilidade, seja primária ou secundária, é fundamental que o casal busque aconselhamento médico especializado, para adequado diagnóstico e tratamento.

Já na primeira consulta, o médico poderá solicitar alguns exames, e com base em uma boa conversa irá levantar a história clínica, identificando as necessidades, frustrações e expectativas.

A investigação básica do casal infértil é baseada na avaliação ovariana, tubária e masculina.

Leia mais: A primeira visita ao CEFERP

Quais os tratamentos disponíveis?

As técnicas de reprodução assistida podem auxiliar casais que enfrentam o quadro de infertilidade.

Os tratamentos podem ser divididos em baixa complexidade (namoro programado e inseminação intrauterina) e alta complexidade (FIV, ICSI), sendo que a indicação médica depende dos exames diagnósticos e expectativas do casal.

A FIV trata-se de uma técnica complexa de reprodução assistida e com as melhores taxas de sucesso. Nesse procedimento, a fecundação do óvulo e espermatozoide é feita em laboratório, e após, o embrião formado é transferido para a cavidade uterina.

Leia mais: 7 mitos e verdades sobre a FIV que você precisa saber

Apesar da infertilidade ser um diagnóstico frustrante para o casal, a busca por uma clínica com profissionais capacitados para auxiliar e recomendar o tratamento mais adequado é essencial.

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No CEFERP a experiência e acolhimento de nossos pacientes faz parte da nossa missão. Além disso, a segurança é um dos nossos principais focos.

Somos a única clínica de reprodução humana da américa latina que possui o certificado de Acreditação Qmentum Internacional™ que garante que padrões de qualidade rígidos sejam seguidos.

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